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15 de agosto de 2017

15 de agosto de 2017 por GenealogiaFB comentários

Por Madalena Campos

Sabia-me uma mulher ligada ao Rio Guadiana e seus afluentes, por genealogia materna, conhecendo muitas das suas aldeias e vilas.

Da genealogia paterna, Escurquela, em Sernancelhe, Beira Alta, era a referência, juntamente com as vizinhas Fonte Arcada e Riodades. Todas as outras terras que vi citadas nos assentos paroquiais, como lugares onde nasceram e viveram os avós mais distantes, foram surpresa e levaram-me a sentir um desejo incontido de as visitar.


Mal sabia eu que o Rio maravilhoso que me habituara a amar no Porto, era, afinal, junto com vários afluentes, tão meu como o grande Rio do Sul. 
O Alto Douro de Peso da Régua, Vila Real, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Lamego, Armamar, Tabuaço, São João da Pesqueira, Vila Nova de Foz Côa, afinal pertence-me, tal como ainda em Cinfães, Ferreiros de Tendais. 

Pensava ainda que o meu Mar era a Sul, desde a Albufeira natal até Vila Real, onde o Guadiana tem a foz. 
Acrescentei o mais encapelado Mar de Aveiro, cidade onde, na Rua Direita, viveram durante gerações alguns avós.
Juntei o Mar ao largo de Lisboa, capital onde bem no seu centro, viveram outros.

À ideia de que a Espanha fronteiriça que me dizia respeito era andaluza acrescentei a certeza de que a Espanha do Douro Internacional é raia que me toca também, lá para Freixo de Espada à Cinta.

A Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa Guarda e seu termo também vieram inscrever-se-me na pele.
Guimarães, que me encanta.
Póvoa de Lanhoso, que ainda não visitei.

Há dois Verões que o meu coração me leva a percorrer estes destinos, com a vontade de sempre regressar, com Escurquela a exercer o seu forte apelo, onde tenho bebido, com sede, junto dos poucos parentes da geração da minha avó e meu pai que ainda aí se encontram, informações fulcrais para seguir alguns ramos.
Neste lugar, ainda mais que nos outros, a emoção toma conta de mim, parece que os pássaros surgem em bando para me saudar com o seu canto, os aromas ficam mais enebriantes só para mim, o Rio que ali passa sussura-me segredos, as pinturas belíssimas do tecto da Igreja ganham todo o seu esplendor à minha entrada.


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2 comentários:

  1. Amiga Madalena! Que lindo texto. Como me dizias há tempos no Porto, és uma Mulher de todos os sítios, cada um mais bonito do que o outro. Continua a encantar-nos com as tuas emoções e põe-nos a descobrir e a percorrer contigo estes sítios tão bonitos que connosco partilhas em fotos! Parabéns! Um beijinho!

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