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13 de junho de 2020

13 de junho de 2020 por Maria do Céu Barros comentários
Os sinais dos expostos constituíam um modo de identificar as crianças entregues à Santa Casa da Misericórdia, visando uma possível futura recuperação por parte dos seus pais. Trata-se de objectos deixados juntos com as crianças, marcando a sua origem e expressando o seu reconhecimento, ainda que sob anonimato (se bem que não todos pois alguns pais identificam-se), como elemento de uma família que esperava reunir-se com ela. 

N.º 306, marca de Rafael Cantido, exposto em 1805 (pág. 46)

Os motivos do abandono estão ligados sobretudo à pobreza que impossibilitava o seu sustento, mas também à censura moral e social imposta às famílias com filhos ilegítimos ou naturais. 

O documento que aqui partilhamos Sinais de Expostos - Exposição Histórico - Documental, trata da exposição realizada no Museu de S. Roque em Lisboa, por iniciativa da Santa Casa da Misericórdia, em 1987. A documentação faz parte do Núcleo dos Expostos e pertence ao Arquivo Histórico da Santa Casa de Lisboa cujo acervo é descrito no PDF. Incluí também um catálogo com fotografias dos sinais e transcrição das mensagens deixadas com as crianças. Na página do arquivo podem visualizar mais alguns sinais. A SCML possuí a maior colecção de sinais de expostos do mundo.

Imensas famílias têm um ou mais expostos na sua ascendência, frequentemente sem o saberem até iniciarem a pesquisa das suas Histórias de Família. O confronto com este passado, e a consciência de que nem todas estas pessoas terão sido bem tratadas, que tiveram de suportar, para além da pobreza, o estigma social - frequentemente eram classificados com o apelido Exposto - é doloroso. Visualizar estas imagens não o é menos, mas note-se que estes foram amados e, porventura, alguns voltaram aos seus progenitores.

N.º 18, marca de Gertrudes Tomásia, exposta em 1808 (pág. 52). Tecido e fita que seguram uma trança de cabelo escuro.


Sugerimos a leitura deste artigo na página da Misericórdia de Lisboa - Um bebé na roda, abençoado por Santo António e desta peça na página da TSF - A neta de Martim voltou à roda dos expostos para resgatá-lo.

O fundo não está digitalizado, mas pode ser consultado nas instalações do Arquivo Histórico.

Informação para contactos:
INFORMAÇÕES
Largo Trindade Coelho
1200-470 Lisboa
T: 213 235 741
arquivo.historico@scml.pt

Agradecemos à Manuela Ramos por nos ter indicado, e sugerido, a publicação deste Catálogo.

kwADLisboa

13 de dezembro de 2019

13 de dezembro de 2019 por Maria do Céu Barros comentários
São imensas as pessoas que têm um ou mais expostos nas suas árvores de família,  e são muito poucos os casos em que conseguem ultrapassar o silêncio em torno dessas origens e descobrir, num golpe de sorte, quem foram os seus pais. A maioria permanecerá, talvez para sempre, incógnita, mas não deixaram de ter mães na forma das amas, na sua maioria mulheres com pouquíssimos, ou nenhuns, recursos, o que tornava o pagamento pela criação dessas crianças uma ajuda essencial à sua sobrevivência. Da miséria e exploração desta triste condição dá-nos conta L.A. de Carvalho na sua obra «Os Mesteres de Guimarães - Mercadores e Mesteirais». O autor analisou os livros de vários mercadores dessa cidade e neles encontrou lançamentos que contam parte dessa história.


9 de novembro de 2017

9 de novembro de 2017 por Maria do Céu Barros comentários
Publicada no Boletim de Trabalhos Históricos, está online, na página do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, mas dividido em vários pdf's, uma lista de crianças expostas. O trabalho não tem indicação de autor, nem da fonte primária.

Os pdf's não são pesquisáveis e a ortografia é a da época, pelo que não é possível pesquisar dentro deles. Têm no entanto a vantagem de estarem ordenados cronologicamente.

Entrada dos engeytados da villa de Guimarães e seu termo, desde 1745 a 1850*

1745 a 1746 - Revista: Vol. XII, 1949-1950, p.160-192
1746 a 1747 - Revista: Vol. XIV, 1952, p.73-96
1747 a 1749 - Revista: Vol. XIV, 1952, p.161-192
1749 a 1750 - Revista: Vol. XV, 1953, p.158-179
1751 a 1751 - Revista Vol. XVI, 1954, p. 71-84
1751 a 1752 - Revista: Vol. XVI, 1954, p.180-192
1752 a 1753 - Revista: Vol. XVII, 1955, p.142-169
1754 a 1754 - Revista: Vol. XVIII, 1956, p. 129-142
1755 a 1757 - Revista: Vol. XIX, 1957, p. 108-135
1758 a 1761 - Revista: Vol. XX, 1958, p. 149-191
1761 a 1762 - Revista: Vol. XXII, 1962, p. 128-150
1763 a 1763 - Revista: Vol. XXIII, 1963, p. 58-69
1764 a 1765 - Revista: Vol. XXIV, 1964, p. 74-99
1766 a 1767 - Revista: Vol. XXV, 1965, p. 122-146
1768 a 1768 - Revista: Vol. XXVI, 1966, p. 237-246
1769 a 1769 - Revista: Vol. XXVII, 1967, p. 183-197
1770 a 1770 - Revista: Vol. XXVIII, 1975-1977, p.254-266
1771 a 1771 - Revista: Vol. XXIX, 1978, p.157-166
1772 a 1772 - Revista: Vol. XXX, 1979, p.305-317
1773 a 1773 - Revista: Vol. XXXI, 1980, p.241-253
1774 a 1774 - Revista: Vol. XXXII, 1981, p.204-216
1774 a 1744 - Revista: Vol. XXXIV, 1983, p.297-309
1775 a 1775 - Revista: Vol. XXXV, 1984, p.259-271
1776 a 1776 - Revista: Vol. XXXVI, 1985, p.349-359
1777 a 1777 - Revista: Vol. XXXVII, 1986, p.251-264
1778 a 1778 - Revista: Vol. XXXVIII, 1987, p. 247-259
1779 a 1779 - Revista: Vol. XXXIX, 1988, p.339-357
1780 a 1780 - Revista: Vol. XL, 1989, p.289-306

* Não encontramos mais publicações desta série posteriores a 1780

Actualizado em 15-06-2020
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