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30 de março de 2020

30 de março de 2020 por Manuela Alves comentários
Mulheres para um império : orfãs e caridade nos recolhimentos femininos da Santa Casa de Misericordia (Salvador, Rio de Janeiro e Porto - seculo XVIII)
GANDELMAN, Luciana Mendes. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Campinas

Resumo: Ao longo do século XVIII um número crescente de instituições, tanto no Reino como em Ultramar, voltou-se para o recolhimento e dotação de meninas órfãs. A maioria destes recolhimentos estava sob a administração da irmandade da Misericórdia. As Santas Casas da Misericórdia eram irmandades leigas, de direto patrocínio régio, restritas a homens que se organizavam em torno da realização de obras de caridade. Criada originalmente em Portugal, sua influência e poderio se espalhou por todo império português, tornando-as palco das disputas em torno da expressão da caridade pessoal, de estratégias locais de poder e clientelismo e de projetos de colonização. Através da comparação dos casos dos recolhimentos do Rio de Janeiro, Salvador e Porto a presente tese procura discutir o auxílio prestado às órfãs conjugando as implicações religiosas e morais, os valores e as relações de poder e hierarquia social que estavam em jogo no estabelecimento e funcionamento dessas instituições de recolhimento e casamento de meninas órfãs presentes no Reino e no Ultramar


por Manuela Alves comentários

LOPES, Maria Antónia — “Transgressões femininas no Recolhimento da Misericórdia do Porto, 1732-1824”. In Saúde, Ciência e Património. Actas do III Congresso de História da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Porto: Santa Casa da Misericórdia do Porto, 2016.  p.95-123.


Joaquim Vilanova - Desenho de 1833

Resumo
A conduta das mulheres enclausuradas em conventos e recolhimentos era vigiada pelas autoridades masculinas externas com visitas e interrogatórios, num afã de disciplinamento muitas vezes inglório. Também assim se procedia no Recolhimento da Misericórdia do Porto, o Recolhimento de Órfãs de Nossa Senhora da Esperança.
Com a exploração sistemática dos registos de tais inspecções, procurar-se-ão aspectos do quotidiano dessas mulheres, comparando-os com os de outras comunidades cujas vivências conhecemos através desse tipo de fontes.
Os Capítulos de Visitações do Recolhimento da Misericórdia do Porto (1732 -1824) não são ricos em informações, se comparados com outros, e já foram parcialmente usados como fontes. Mesmo assim, é possível ir mais um pouco longe na sua exploração e é isso que se tentará fazer.

Fotografia actual

25 de fevereiro de 2016

25 de fevereiro de 2016 por Maria do Céu Barros comentários
Partilhado pelo autor, estas "notas biográficas e genealógicas das religiosas do Convento de Santa Clara de Portalegre", com o sugestivo título "Ramos Secos", para além de abordarem vários aspectos do ingresso neste convento, contêm um índice das freiras no período entre 1654 e 1829.

Soror Isabel do Menino Jesus, abadessa de Santa Clara (fonte da imagem)



O fundo deste convento pode ser consultado no Arquivo Distrital de Portalegre. Sobre o seu interesse genealógico, deixamos a palavra ao autor:

Sendo certo que o percurso destas existências silenciosas se resume, ao nível das fontes mais consultadas, a um único registo de baptismo, não é, porém, menos verdade que a documentação dos cartórios conventuais, matéria pouco estudada e, por essa razão, menos consultada, se pode revelar um excelente manancial de informação para o genealógico frequentemente confrontado com o esgotamento dos assentos paroquiais.



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kwADPortalegre

18 de outubro de 2015

18 de outubro de 2015 por Manuela Alves comentários
Da Idade Moderna para a Contemporânea, a imagem da mulher veiculada pelas elites intelectuais passou da perversidade à patologia. Se no Barroco a mulher era encarada como  aliada do demónio que era necessário confinar, controlar, disciplinar nos seus actos e pensamentos, preservando os homens da sua influência maligna, no século XIX, quando, gradualmente, a influência dos médicos se sobrepõe à dos teólogos, a mulher é cada vez mais a doente, a histérica, o ser frágil dominado pelo irracional que necessita do homem tutelar, com este texto  inicia Maria Antónia Lopes, investigadora da Universidade de Coimbra, uma incursão no mundo dos recolhimentos femininos a que deu o sugestivo título de:

Dominando corpos e consciências em recolhimentos portugueses (séculos XVIII - XIX)

por Manuela Alves comentários
Situado extramuros da cidade do Porto, fora da Porta do Olival, o Recolhimento da Rainha Santa Isabel do Anjo foi fundado pela viúva D. Helena Pereira, em 1672, com o apoio dos poderes episcopal, municipal e régio. A instituição destinava-se ao acolhimento de mulheres desamparadas (orfãs, jovens donzelas, senhoras casadas e viúvas). O principal objectivo deste trabalho foi aferir a vocação assitencial do Recolhimento, a partir do estudo do seu universo social. Por conseguinte, depois de uma parte introdutória de delimitação do objecto de estudo, problemática, conceitos, fontes e metodologias, no primeiro capítulo analisam-se questões relacionadas com a fundação e com o suporte económico da comunidade. O segundo capítulo incide nas vivências do quotidiano da instituição, enquanto que o terceiro se centra na análise do universo das recolhidas e das suas redes familiares/sociais, sendo igualmente abordadas questões relacionadas com os conceitos de pobreza e fragilidade femininas.
 Fonte Sinopse de Elisabete Maria Soares de Jesus, ob. cit.
Legenda Apresentava, logo a seguir ao Cerco do Porto, o aspecto que o Barão de Forrester nos deixou e que (...) reproduzimos.O Recolhimento do Anjo é a habitação do lado esquerdo sendo a Igreja e o campanário, os edifícios mais altos do conjunto.
Fonte Imagem e texto legenda  https://marabo2012.wordpress.com/

Poder, caridade e honra : o Recolhimento do Anjo do Porto : 1672-1800 -  Jesus, Elisabete Maria Soares de
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