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18 de setembro de 2015

18 de setembro de 2015 por Maria do Céu Barros comentários
Há dias tivemos uma discussão muito interessante no grupo do Facebook associado a este blog, sobre organização, tratamento e arquivo de fotografias. A partir de uma ideia da Laura Santos, foram surgindo outras experiências e documentação que, dado o seu interesse e utilidade, achamos por bem partilhar aqui.

Fotografia do arquivo de Rafael Baker Botelho

Para além das ideias que surgiram, aprendemos que se deve ter em atenção os materiais utilizados. Os gases libertados pelo papel fotográfico podem reagir com os materiais usados para acondicionar as fotografias. Como se lê neste excelente artigo, cuja leitura aconselhamos:

Os materiais para acondicionamento de fotografia são essencialmente o papel e o cartão e o plástico (poliéster, polipropileno e polietileno). O cartão e o papel devem ter o pH neutro (6.5 – 7.5), ter um elevado teor de celulose, e serem isentos de lenhina, de reserva alcalina, de ácidos, e de colas prejudiciais.
As embalagens de plástico devem ser isentas de plastificantes. O poliéster é o material mais recomendado para a maioria dos acondicionamentos, com excepção de negativos com superfícies delicadas, dos materiais à base de vidro, de ferrotipos e filmes antigos.

Nesta Publicação do Arquivo Público do Estado de São Paulo abordam-se problemas e soluções. Embora seja um artigo mais técnico, é de leitura recomendada para quem quiser aprofundar mais este tema.

Os materiais adequados podem ser comprados nas papelarias, ou nas lojas online especializadas.

Organizar as fotos antigas da família - por Laura Santos

Organizar as fotos antigas da família foi para mim inicialmente um quebra-cabeças. Pensei bastante. Eu não queria gastar dinheiro ou gastar muito pouco, não queria estragar as fotos com colas e queria um sistema que facilmente pudesse ser reformulado caso a ordem das fotos não fosse a melhor. Também não queria os vulgares álbuns que têm uma capacidade muito limitada e as fotos eram muitas. Tive que ter em consideração que as fotos antigas têm diversos formatos e até espessuras. Por outro lado queria um sistema que me permitisse tomar notas de cada foto recuperando datas e dedicatórias. Encontrei esta forma que aqui documento e que tenho adotado sempre que preciso. 

Distribui as fotos de forma temporal , por categorias e até por formatos, da forma que me pareceu melhor.



Fiz ranhuras diagonais para entalar os cantos.





Por fim coloquei as folhas com fotos em micas e reuni-as num dossier.


Uma experiência na conservação de fotos antigas - por Rafael Baker Botelho

Sobre conservação de fotografias familiares, deixo aqui algumas imagens do que fiz a partir da leitura de manuais de conservação e de um curso que fiz em 2012.

VANTAGENS:
1) Preço - meus gastos se limitaram à aquisição do papel de ph neutro e cantoneiras "archival safe" (plástico e cola adequados à preservação de papéis e fotografias);
2) Flexibilidade - sendo o papel vendido por folhas do tamanho de uma cartolina, cortei-o nos mais variados tamanhos, de modo a acomodar adequadamente cada fotografia;

3) Facilidade de aquisição - o material utilizado (papel neutro, cantoneiras apropriadas, lápis, régua, tesoura, estilete e cortador de papel) é de fácil aquisição, usualmente disponível em lojas de papelaria e de materiais artísticos, além daquelas próprias para conservação. Lembro que, normalmente, o material adequado para conservação ("acid free", "archival safe") pode ser encontrado naquelas lojas que se dedicam ao "scrap book".


DESVANTAGENS:
1) Horas de trabalho - como cada envelope é feito sob medida e eu não sou dos mais prendados em habilidades manuais, despendi muitas horas marcando, cortando e dobrando. É preciso se munir de muita paciência ou angariar ajuda entre os habilidosos;
2) Falta de acesso imediato às imagens - para se visualizar cada fotografia, é preciso abrir individualmente os envelopes. No meu caso, o problema foi suavizado porque recebi as fotografias de minha avó já separadas em "coleções" por ramo familiar pelo meu avô. Mantive essa organização e as numerei, montando uma tabela no Excel com todas as informações que tenho sobre as fotos em colunas. Assim, quem quiser ver a coleção "Botelho Reis" (primos de meu avô), poderá pegar a pasta correspondente e somente terá que abrir um a um os envelopes ali guardados. Como quase todos os indivíduos estão identificados, é possível que o interessado vá diretamente àqueles envelopes em que o indivíduo está retratado;


3) Espaço - como explicado acima, a separação por envelopes individuais aumenta o volume de material a ser guardado. Além disso, tentei separar cada "coleção" em pastas, para facilitar a organização e o acesso. Se tiver que me mudar para um lugar pequeno, não sei bem como farei...


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