Da Idade Moderna para a Contemporânea, a imagem da mulher veiculada pelas elites intelectuais passou da perversidade à patologia. Se no Barroco a mulher era encarada como aliada do demónio que era necessário confinar, controlar, disciplinar nos seus actos e pensamentos, preservando os homens da sua influência maligna, no século XIX, quando, gradualmente, a influência dos médicos se sobrepõe à dos teólogos, a mulher é cada vez mais a doente, a histérica, o ser frágil dominado pelo irracional que necessita do homem tutelar, com este texto inicia Maria Antónia Lopes, investigadora da Universidade de Coimbra, uma incursão no mundo dos recolhimentos femininos a que deu o sugestivo título de:
Dominando corpos e consciências em recolhimentos portugueses (séculos XVIII - XIX)
Publicado em: Condição Feminina, Recolhimentos femininos
0 comentários:
Enviar um comentário