Repositório de recursos e documentos com interesse para a Genealogia

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  • Primeiros passos em Genealogia: como começar, onde pesquisar, recursos disponíveis e outras informações.

  • Apelidos de família: de onde vêm, como se formaram.

  • Índices de passaportes, bilhetes de identidade, inquirições de genere e outros.

17 de fevereiro de 2017

17 de fevereiro de 2017 por Paula Peixoto comentários

Relato de Captura
Carlos Olavo Correia de Azevedo (Alferes de Artilharia - 2ª Bateria ,7ª Regimento de Artilharia, 9 de Abril de 1918)

"São 11 da manhã [9 Abril 1918](...). Não há nada mais torturante, angustia maior do que esta incerteza (...). Uma ordenança que mandei ao 1º obus com uma ordem de fogo não voltou mais; dois homens que mandei a um paiol para trazerem umas granadas não voltaram mais! Tenho a certeza de que ficaram pelo caminho feridos ou mortos! (...) Os momentos que se seguiram foram de absoluto recolhimento. Tinha a certeza de que ia morrer. Pensei naqueles que longe chorariam a minha perda: a minha família, alguns amigos seguros, todos os que sofriam a minha ausência (...). Um soldado que tinha saído veio-me dizer que há alemães no Pont du Hem, quer dizer, à retaguarda da nossa posição, vindos dos lados de Laventie. Estamos perdidos, cercados, prisioneiros! (...) Nunca me senti tão desgraçado pelo inesperado de uma situação cuja probabilidade afastei sempre do meu destino. Vencido (...) resolvi sair à frente dos soldados que tinha. Confesso que me dominava um misto de humilhação e de tristeza, por me sentir vencido, sem meios de resistência (...). Quando os alemães me aperceberam, encaminharam-se na minha direcção e o oficial que os comandava apontou-me uma pistola (...). Marchei serenamente, direito a ele, sem um gesto, sem uma palavra (...). O boche baixou a pistola e indicou-me o caminho [para a retaguarda alemã]. Segui então, direito a Neuve Chapelle, pela estrada de La Bassèe (...). Em Neuve Chapelle, parei para ser enquadrado com outros prisioneiros (...) que nos haviam de guardar até o fim do nosso destino."
Fonte: http://www.momentosdehistoria.com/MH_04_03_Coragem.htm

Fonte: Ilustração Portuguesa, 2.ª série, n.º 647, 15 de Julho de 1918


Durante a 1ª Guerra Mundial milhares de pessoas, militares e civis, foram capturadas e enviadas para campos de prisioneiros.
Encontra-se disponível, no site do Comité Internacional da Cruz Vermelha, um arquivo digital sobre esses mesmos detidos e prisioneiros. A pesquisa pode ser feita por nome ou nacionalidade
https://grandeguerre.icrc.org/



13 de fevereiro de 2017

13 de fevereiro de 2017 por Manuela Alves comentários
O nosso amigo Carlos Silva acedeu em partilhar no nosso blog três capítulos de uma obra e cujo texto de apresentação, por ele escrito a nosso pedido, aqui transcrevemos:

A Casa de Assade é um estudo genealógico de João Dias Costa, muito referido entre os investigadores, por ser obra excelente, como fruto de investigação documental, sem ser´, contudo, de fácil consulta.
Faz parte daqueles estudos genealógicos que mais parecem rumor que realidade, de pouca difusão, e que por isso se podem perder, de todo, se o azar assim mandar.
Interessa , não apenas aos estudiosos das famílias do concelho de Barcelos, como também aos que investigam em Santo Tirso e Vila do Conde.
Esta cópia, de fraca qualidade faz partes dos pequenos tesouros inacessiveis e imperdiveis que o saudoso investigador portuense Amaury Machado Carneiro, na sua incansável cata para desencantar obras genealógicas mais discretas, deu a partilhar nessa corrida em revezamento que é a nossa investigação.
Ora partilhar é não só salvaguardar como também uma forma de homenagear o autor.


Sobre a Casa de Assade , património de Grimancelos, freguesia de Barcelos, poderão encontrar informação na página da Junta de Freguesia de Grimancelos.

10 de fevereiro de 2017

10 de fevereiro de 2017 por Maria do Céu Barros comentários

Por Márcia Helena Miranda de Sousa

Maria do Céu pediu-me para tentar responder perguntas recorrentes sobre “seus” imigrantes que vieram para o Brasil. Ficam aqui algumas dicas que poderão ser acrescentadas com outras que forem surgindo.

Os Imigrantes, por Angiolo Tommasi


1 - COMO COMEÇAR: ONDE PEDIR CERTIDÕES PARA SABER NOMES DOS AVÓS E BISAVÓS.

No Brasil os cartórios onde os registros são feitos são chamados de RCPN (Registro Civil de Pessoas Naturais). Uma mesma cidade pode ter vários RCPN e suas filiais, e dependendo de quantos tenha recebem sua numeração (1º RCPN, 2º RCPN, etc.), cada um com sua respectiva área de abrangência. Atualmente existem mais de 13.000 RCPN no Brasil, pelo que é essencial saber onde ocorreu o fato (nascimento, casamento ou óbito), para saber para qual RCPN pedir as certidões.

Os mais difíceis de encontrar são os óbitos, pois a pessoa pode ter passado a vida num bairro (freguesia), mas ter falecido num hospital em outro bairro.

O problema é que dificilmente sabemos onde os fatos ocorreram, e com isto surgem as demandas por pesquisas minuciosas e trabalhosas. Hoje existem vários sítios, que podem ser procurados no Google, oferecendo este serviço de busca e reprodução de registros dos RCPN, mas não posso atestá-los, pois nunca precisei utilizar tal serviço.

As áreas de abrangência destes RCPN mudam ao longo do tempo. Por exemplo, no Rio de Janeiro houve uma grande mudança em 2012, e com isto o 2º e 6º RCPN foram extintos e seu acervo passou para o 3º RCPN, que com isto também assumiu as respectivas áreas de abrangência.

Pesquisar no Brasil sem informações precisas é complicado, pois somos um país GIGANTE! PORTUGAL inteiro tem 92.090 Km2, e população estimada (2014) de 10.374.822. Apenas 6 dos 26 Estados brasileiros têm sua área menor que Portugal. RIO DE JANEIRO tem apenas 43.781,566 Km2 (menos que a metade de Portugal), mas sua população estimada (2016) é de 16.635.996.

O que sempre sugiro é que busque por mais informações em outras fontes, como na Hemeroteca Digital Brasileira, e outros sítios, para aí sim, saber onde procurar seu imigrante. Estes outros sítios de pesquisa sugeridos estão relacionados no blog, no post Pesquisar no Brasil - Lista de Ligações.


2 - IMIGRANTE PORTUGUÊS: ONDE OBTER INFORMAÇÃO SOBRE ESSA IMIGRAÇÃO (FAMILYSEARCH, NAVIOS, ETC.).

Depende de quando foi esta imigração, se é mais recente ou antiga; as mais antigas não existem! O Arquivo Nacional, que possui bancos de dados do Rio de Janeiro, não tem nada online de antes de 1842. Em jornais antigos (Hemeroteca Digital Brasileira) algumas vezes eram publicados os nomes das pessoas que estavam chegando nos barcos. Alguns (poucos) Estados brasileiros possuem sítios para busca destes imigrantes, e eles estão também relacionados no post Pesquisar no Brasil - Lista de Ligações.


3 - CASOS DIFÍCEIS, POR EXEMPLO, QUANDO A PESSOA APENAS TEM UM NOME.

Ter só o nome não é um caso difícil, é um caso impossível, pelas questões acima explicadas sobre a dimensão territorial brasileira; minha sugestão continua sendo buscar mais informações na Hemeroteca Digital Brasileira, ou nos outros sítios sugeridos.



Veja também:

8 de fevereiro de 2017

8 de fevereiro de 2017 por Maria do Céu Barros comentários
No próximo dia 16 deste mês de Fevereiro, sob os auspícios da Direcção-Geral do Património Cultural e da Embaixada do Brasil, será lançado na Sala do Capítulo do Mosteiros dos Jerónimos o livro “Pernambuco Revolucionário — Relações com a Coroa e vicissitudes de seus Bispos”, do qual é co-autor Hernâni Maia, membro do nosso grupo no Facebook, e colaborador também deste blog.

Trata-se duma biografia historiográfica rigorosa duma figura nascida no Porto - Frei José Maria de Araújo - e que se distinguiu, ainda que efemeramente, no historicamente denso e rico panorama socio-político de Portugal na viragem para o século XIX. Na elaboração deste trabalho foram usados e citados documentos do Arquivo Secreto do Vaticano, do Arquivo Nacional Torre do Tombo, da Fundação Biblioteca Nacional do Brasil (Projeto Resgate), entre outros, e também dos Arquivos Distritais do Porto, de Vila Real e de Viana do Castelo para o levantamento genealógico do biografado. 

Resumo:
Na viragem do séc. XVIII para o séc. XIX, sabe-se em Lisboa que existem em Pernambuco sementes de independência, em parte inspiradas na Revolução Francesa e na subseqüente tomada do poder por Napoleão Bonaparte. Nesse tempo estavam a chegar ao Recife licenciados pela Universidade de Coimbra trazendo consigo o sentido algo revolucionário e reformador do Marquês de Pombal, que passou a usar a Igreja como agente político e veículo de politização, para tanto baseado no novo acordo que fizera com a Santa Sé. A Coroa queria enviar para Olinda um bispo da sua confiança, do melhor que houvesse então em Portugal, para tentar re-encaminhar o Seminário no “bom sentido” dos interesses portugueses; Frei José Maria de Araújo foi o escolhido. Mas forças ocultas, eventualmente estimuladas pelo caráter autoritário e algo conflituoso do bispo cessante, manobraram na sombra para que este processo se atrasasse, dando assim tempo para que a ação do novo bispo fosse menorizada e neutralizada. Tudo viria afinal a culminar com a sua morte, acidental ou provocada, mas que de qualquer forma conviria para aqueles que defendiam a conspiração a favor da independência. São relatadas consequências de todo este imbróglio para o destino de uma família entre as muitas que foram apanhadas nos conflitos.

Pelo material nele contido e citado, este livro poderá vir a constituir uma contribuição de referência para a história do relacionamento entre Portugal e o Brasil, relativo à época a que se reporta. Nele são referidas as Invasões Francesas no Porto e em Lisboa, a Revolução Francesa, a Maçonaria, a transferência da Família Real para o Brasil, a prisão dos Papas, a crise na exportação do vinho do Porto, em suma, o ambiente de enorme incerteza e instabilidade económica, social e política que se viveu durante as investidas de Napoleão Bonaparte.

O livro foi prefaciado por Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque, autora brasileira de vários livros incidindo sobre a História de Pernambuco, em ligação com a biografia dos seus antepassados, fundadores e colonizadores desta parte do Brasil e, mais tarde, promotores da Revolução Pernambucana de 1817 que precedeu a independência do Brasil. O livro está recomendado como uma das leituras associadas com a Celebração do Bicentenário da Revolução, cuja cerimónia de abertura terá lugar no próximo dia 12 de Março no Recife.

A natureza deste trabalho torna-o interessante também para muitos genealogistas de Portugal e do Brasil. O índice do livro pode ser consultado no Repositório da Universidade Católica Portuguesa.

Publicado pela LF Editorial, de São Paulo, infelizmente, não está a ser comercializado em Portugal, embora tenham sido importados livros em quantidade suficiente para a sua divulgação e venda, durante este lançamento em Lisboa e uma apresentação que terá lugar em 4 de Abril na Reitoria da Universidade do Porto, mas que ainda se encontra em preparação.
Os genealogistas brasileiros que estiverem interessados poderão adquirir o livro na LF Editorial de São Paulo e também em algumas livrarias brasileiras que o anunciam online.

A sessão de lançamento será aberta, pelo que aqui publicamos também o Convite para a apresentação do livro (clicar na imagem para aumentar).

2016, Hernâni L.S. Maia, Raquel Gonçalves-Maia, Gilda Whitaker Verri e Eduardo Duque, "Pernambuco Revolucionário — Relações com a Coroa e vicissitudes de seus Bispos", LF Editorial, São Paulo, Brasil

4 de fevereiro de 2017

4 de fevereiro de 2017 por Manuela Alves comentários
Uma das dificuldades que deparamos quando consultamos os registos paroquiais é a localização geográfica das referências feitas pelas párocos. Com efeito, muitas vezes as referências são feitas com base nas divisões eclesiásticas ou nos oragos, com que estavam naturalmente mais familiarizados, e isso traz-nos embaraços, pois nem sempre é fácil encontrar informações sobre o assunto. Seria injusto não referir os esforços feito por alguns Arquivos, no sentido de enriquecer as descrições arquivísticas dos seus fundos, ao apresentar historicamente enquadrados os conjuntos documentais disponibilizados.
Partilhamos, na estante Geografia Histórica ,um trabalho sobre as freguesias da Diocese do Porto, da autoria do Padre Domingos A. Moreira. publicado no Boletim Cultural da Câmara Municipal do Porto em 1972. Além dos oragos, inclui uma lista de designações paroquiais diferentes das habitualmente conhecidas (uma preciosa informação).

Esta partilha é do documento tal com estava guardado no meu computador. Os interessados no artigo completo, que inclui a bibliografia consultada pelo autor, podem recorrer à Biblioteca  dos Assuntos Portuenses do Arquivo Histórico Municipal do Porto ou solicitar fotocópias (fazem orçamento e é pagável por multibanco).
A diocese do Porto compreende 26 concelhos: 17 pertencem ao distrito do Porto, 8  ao distrito de Aveiro e 1 ao distrito de Braga.


por Manuela Alves comentários
Foi colocada na Biblioteca do Blog uma nova estante  intitulada "Geografia Eclesiástica" 
Nela pretendemos reunir publicações disponibilizadas on line, devidamente identificadas, que permitam aos nossos seguidores contextualizar as suas investigações genealógicas dentro dos princípios que nos norteiam desde o início: de forma gratuita e respeitadora dos direitos dos seus autores, publicando a sua proveniênca, sem subterfúgios, e utilizando meios gratuitos, exigidos pela nossa recusa de qualquer forma de patrocínio.
Assim, e com o  intuito de melhor gerirmos os recursos disponíveis, adicionamos unicamente excertos de obras de maior folêgo, como por exemplo teses universitárias, das quais seleccionamos apenas os capítulos relevantes para os objectivos do blog - fornecer informação de interesse genealógico de forma acessível, aproximando,  o mundo do saber especializado do público  comum e democratizando, por este meio, a Cultura. A identificação da obra original  permitirá aos interessados a leitura integral da mesma on line

João Rocha Nunes. A reforma católica na diocese de Viseu. (1552-1639). Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. 2010:
Capítulo 1 - O espaço diocesano 
III PARTE Capítulo 2 - A reforma do clero
2.7 - Os registos paroquiais pp. 210-215 



3 de fevereiro de 2017

3 de fevereiro de 2017 por GenealogiaFB comentários
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