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16 de janeiro de 2016

16 de janeiro de 2016 por GenealogiaFB comentários
Tudo sobredito me incitou a que fizesse aqui este assento para que os que o lerem tenham entendido quão contrário nos foi em tudo este ano inimigo... é um sugestivo excerto do Pároco de Salvaterra do Extremo, Idanha a Nova, que pode servir de denominação comum a estas notas deixadas nos registos paroquiais para nós. Mas porque nem tudo são tristezas e desgraças, o interlúdio poético, vindo de Celorico de Basto, faz o contraponto nestes relatos dos Repórteres do Passado. 



A Natureza


Gaspar Duguet - Paysage d’orage - © Museu das Belas Artes, Chartres

Eclipse do sol - Convento de S. Domingos, Porto - 21/8/1560
Era de mil e quinhentos e sessenta anos aos vinte e um do mês de Agosto uma quarta-feira junto das onze horas do dia foi o sol eclipse em tanto que a lua cobriu o sol de todo e foi feito noite e escuridão que apareceram as estrelas no céu e durou este eclipse um quarto de hora do dia ...escuridão
-rec por José António Reis

Cheias - Pico de Regalados, Vila Verde - 28/2/1623
Terça feira 28 de Fevereiro do ano de 1623 às dez horas do dia pouco mais ou menos veio uma chuva em espaço de meia hora pouco mais e fez tal enchente que levou a ponte de Agrela, e muitas outras, e quantos moinhos havia nas ribeiras e levou muitas uveiras, e sementeiras, e fez grandes quebradas em campos, e tal destruição que pessoas muito antigas afirmavam que não recordavam outra semelhante, nem quando fora o dilúvio de Cabaninhas, nem em dia de Santa Catarina que houvera 27 anos foi outra cheia muito grande porém que nenhuma chegara a esta, nem dera tanta perda, ad memorium feci - Padre Pedro de Sousa, abade.
-rec por António José Mendes

Neve e geada - Pico de Regalados, Vila Verde - Jan/1624
O mês de Janeiro de 1624 foi seco e todo ele geou mui grossamente, e a 11 de Fevereiro continuando a mesma geada cobriu tudo de muita neve, e dado que nos baixos se derreteu nos montes sempre esteve, e foi continuando caindo de dois em dois dias, e de três em três cobrindo tudo, e nos dezanove amanheceu toda esta terra coberta de mui grossa neve, dizem os mais antigos que lhe não recorda semelhante ano de neve, e geada, porque além de durar muito ordinariamente caía neve e geada juntamente, e nos dezanove que foi Domingo digo 19 de Fevereiro e a segunda feira cobriu tudo de neve, e com ela jogaram aqueles dias as laranjadas* e quinta feira 11 de Abril cobriu outra vez tudo de neve porém logo se desfez no mesmo dia, e foi muito bom ano de pão e vinho.
-rec António José Mendes
*laranjadas - jogo/brincadeira associada ao entrudo e que consistia em atirar laranjas uns aos outros.

Tempestade - Pico de Regalados, Vila Verde - Dez/1641
No mês de Dezembro de 1641 no descente da lua, nevou, e choveu muitos dias com tempestade desfeita com ventos de poente; na primeira oitava de Natal de noite, houve grandes ventos, chuveiros com trovões, no dia seguinte que foi sexta feira pelas duas da tarde pouco mais ou menos, começou uma trovoada com muita saraiva, mui grossa, intrometida com algumas pedras do tamanho de bugalhos pequenos, e logo com outras maiores que os bugalhos grandes, outras tamanhos como ovos e muitas tamanhos como ovos de pata, isto sem encarecimento, porque quebraram os telhados, mataram galinhas, tordos, melros,?, mancaram ovelhas, e por cima do sombreiro fizeram inchaços na cabeça de algumas pessoas: durou este pedraço quase um quarto de hora, dizem pessoas antigas que nunca viram cair tão grandes pedras, isto para na verdade em fé e dela escrevi aqui - o abade Pedro de Sousa

-rec António José Mendes



Interlúdio Poético


Admirador de Camões - S. Romão do Corgo, Celorico de Basto, 1663

Um gosto que hoje se alcança,
Amanhã já não o vejo;
Assim nos traz a mudança
De esperança em esperança
E de desejo em desejo.
(da redondilha "Sôbolos rios que vão")

Horas breves de meu contentamento
Nunca imaginei quando vos tinha,
Que vos visse mudadas tão asinha
Em tão compridos anos de tormento.

As minhas torres, que fundei no vento,
o vento as levou que as sostinha;
Do mal que me ficou a culpa é minha,
Pois sobre cousas vãs fiz fundamento.
(do soneto  "Horas breves de meu contentamento")
-rec por Manuela Alves




Guerra da Sucessão Espanhola

 Filipe V e Luis José I, duque de Vendôme, comandando as forças Franco-Espanholas 

Morreu o ano de 1704 - Salvaterra do Extremo, Idanha a Nova, 31/12/1704
Aqui fez termo e deu fim o infeliz e infausto e sempre digno de ser chorado (de todo Portugal) o ano de mil e setecentos e quatro, em o qual, no primeiro dia de Maio, entrou, por Salvaterra da Beira, Filipe Quinto, com um exército de Castelhanos e Franceses, tão infeccionado e apestado que a todas as povoações a que chegou com este pestífero contágio infeccionou; e mais que todos a esta Vila, que sitiou e conquistou, aonde se deteve dezoito dias; porque, tanto que nela o seu exército entrou, o seu pestífero contágio começou, com tantas vivas que, na freguesia de Sta. Maria, Matriz desta Vila, morreram trezentas e sessenta e uma pessoas grandes, que enterrou a tumba da Misericórdia na freguesia e, não havendo já nela covas, encheram o tabuleiro de defuntos, e, depois deste, o Adro ao longo da Igreja, com tal modo como, hoje em dia, se vai continuando. Na casa da Misericórdia, a esta Igreja anexa, foram tantos os pobres e necessitados a que a casa deu mortalha e sepultura, que não se acha hoje, no seu cemitério, lugar para enterrar nenhum defunto. Na Sra. da Vitória, também anexa, hospital que foi dos Padres Capuchos, se enterraram, no cemitério que ali se acha (com minha licença), muita gente de Marvão que, nas azenhas e casas das fazendas à roda, faleceram, aonde em cobertores e paninhos os traziam seus parentes e amigos, até que no tal cemitério os enterravam e cobriam. Pois se fizermos menção dos meninos, anjinhos e inocentes pelos quais se começou este contágio acharem os que morreram nesta Vila tantos, e com tão grande excesso que já não cabem no Claustro do Convento. Tudo sobredito me incitou a que fizesse aqui este assento para que os que o lerem tenham entendido quão contrário nos foi em tudo este ano inimigo, pois nele ficamos sem pão, sem gados, sem fazendas, só com temores, sobressaltos e ameaços de morte, a cada passo. Como melhor contarão os que deste ano escaparem àqueles que, com curiosidade lho perguntarem. Dezembro, trinta e um, de mil e setecentos e quatro.
Padre Carrilho de Sequeira
-rec António José Mendes


Invasões Francesas


Artilharia Francesa - Fonte da imagem

Memorandum - Lordelo do Ouro, Porto, 29/3/1809
Aos vinte, e nove dias de Março pelas 9 oras da manham deste dia infelizmente introu huma coluna do ezercito frances por esta freguezia de Lordelo matando todas as pessoa que incontrava não somente dentro de suas casas, mas tambem fora dellas, saqueando-as e roubando-as ao mesmo tempo, e fazendo todo o género de hostilidades, e mandando eu proceder na averiguação das pessoas, que morrerão pertencentes á esta minha freguezia, e que erão meos freguezes, que todos forão sepultados pellos campos, e caminhos desta mesma freguesia por ordem do governo francês, então dominante; achei serem os seguintes. Digo aos vinte, e nove de Março de mil oito centos, e nove. [segue-se a lista das vítimas]
ADPRT, Registos Paroquiais, fregª de Lordelo do Ouro, concº do Porto, Livro O-1, f. 21, 22 e 23.
- rec José António Reis


Batalha na serra do Carvalho - Aveleda, Braga, 20/3/1809
Aos vinte dias do mez de Março do anno de mil e oitocentos e nove, entrou o ezercito da Nação Francesa a roubar as igrejas e nellas a fazerem muitos ultrajens roubar as cazas por cuaze toda esta provincia do Minho houve hua grande vatalha na serra do Carvalho na qual falecerão as pessoas seguintes freguezes desta freguezia de Santa Maria de Aveleda a saber (...)

- rec António José Mendes





O flagelo dos incêndios - Andrães, Vila Real  - 31.8. 1688

Em o último dia do mês de Agosto do ano mil e seiscentos e oitenta e sete, às duas horas da tarde, se levantou neste lugar de Andrães um fogo tal, que bem exprimia a figura do dia do juízo, pois dentro de menos de uma hora, levantando-se com a primeira casa do lugar, da parte direita conforme a igreja, se queimaram trinta e oito casas, fora os quinteiros, dos bens que elas tinham e frutos recolhidos e veio a parar por misericórdia de Deus e virtude do Santíssimo Sacramento a que se acudiu com preces na casa da renda, que ficou ilesa, com mais quatro casas entre meio, que eram de telha, sem poder valer humana indústria alguma, nem trabalho muito dos moradores e lugares vizinhos de Constantim, Mosteirô, Fronteita, São Cibrão, Galegos e Carro Queimado e por ser tão notável para memória e Louvor do Santíssimo Sacramento fiz este, die ut supra.
 
  PT/ADVRL/PRQ/PVRL03/002/022 de Andrães Vila Real Imagem 3
  Transcrição de António José Mendes







Os textos aqui reunidos foram originalmente partilhados no Facebook.

7 de janeiro de 2016

7 de janeiro de 2016 por Paula Peixoto comentários

Registo Passaportes - ADB

Nota- as palavras encontram-se sem qualquer acentuação, tal como são apresentadas no Arquivo Distrital de Braga.


LIVROS DE REGISTO DE PASSAPORTES
Arquivo Distrital de Braga
DATA ÍNDICE
07/12/1868 A 11/04/1871 Excel
30/10/1873 A 20/11/1881 Excel
26/05/1877 A 04/07/1882 Excel
04/07/1882 A 31/05/1886 Excel
01/06/1886 A 23/10/1888 Excel
24/10/1888 A 20/11/1890 Excel
20/11/1890 A 02/11/1892 Excel
03/10/1893 A 01/02/1896 Excel
01/02/1896 A 06/02/1899 Excel
07/02/1899 A 27/10/1902 Excel
kwADBraga

5 de dezembro de 2015

5 de dezembro de 2015 por Maria do Céu Barros comentários
As inquirições de genere do Cabido da Sé de Lamego encontram-se na Torre do Tombo, ainda não tratadas arquivisticamente.

Código de referência : PT/TT/CSLM/037
Datas : 1636 a 1781


30 de novembro de 2015

30 de novembro de 2015 por Maria do Céu Barros comentários
A história da FBAUP remonta à Aula de Desenho e Debuxo, iniciada em 1780 com a finalidade de apoiar as indústrias da cidade do Porto. Em 1802, o pintor Vieira Portuense, por ocasião da abertura solene das aulas, que contavam já com 120 alunos inscritos, designa por Academia essa Aula de Desenho, tentando assim dignificar a instituição e apelando para uma formação mais completa, apoiada em sólidos e diversificados estudos teóricos, bem como em exemplos artísticos de qualidade.  


Atelier de Escultura - ESBAP (fonte da imagem)


A desejada reforma, contemplando um reforço do número de docentes e de disciplinas oferecidas, acontecerá em 1836, com a criação da Academia Portuense de Belas-Artes. A Academia oferecia aulas nas áreas da Pintura, Escultura e Arquitectura, e ainda um curso preparatório de Desenho. Ainda no século XIX a Academia dá origem à Escola Portuense de Belas-Artes e, a partir de 1950, é integrada no sistema de ensino superior com a denominação de Escola Superior de Belas-Artes do Porto conhecendo anos de grande prestígio pedagógico e artístico. São criadas oficinas de cerâmica, vitral, tapeçaria, gravura, pedra, etc. Na década de 70 é iniciado o curso de Design de Comunicação. 

Em 1979 a secção de Arquitectura ganha autonomia como Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Em 1994 a Escola Superior de Belas-Artes do Porto é integrada na Universidade do Porto com a denominação de Faculdade de Belas-Artes.
Fonte: Wikipedia

O arquivo da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, disponibiliza online listas de alunos e docentes entre 1886 e 2010, em formato pdf pesquisável.

Inventário geral Academia Portuense de Belas Artes (1836-1911)
Inventário alumni (1836-1957)
Inventário alumni (1950-2003)
Inventário pessoal docente (1836-2010)
Diretores da FBAUP: 1836-2014

Livros de Matrículas (1836-1911), com a digitalização dos livros.

Para quem estiver interessado na documentação que integra os processo dos alunos constantes na base de dados do Arquivo da Faculdade de Belas Artes do Porto, eis as informações: 

E-mail dirigido à Dr.ª Isabel Barroso (ibarroso@fba.up.pt), solicitando o acesso à informação pretendida, dando os dados constantes na base de dados e referindo o fim a que se destina.
Pela mesma via, será indicada a marcação do acesso, visto o arquivo ter horário restrito. 
Pode também ser pedida apenas a digitalização/fotocópia São estes os preços dos diversos conjuntos de documentos : 
1 a 5 - 5 €;
6 a 10 - 10€;
11 a 20 - 15€;
21 a 30 - 20€ (etc,).
Pode ser pago por transferência bancária.

11 de novembro de 2015

11 de novembro de 2015 por Maria do Céu Barros comentários
Índice Excel listando os registos paroquiais de terras particulares das localidades de Tombos, Ubá e Dores de Turvo.

Índice Excel do Livro de registro de Terra de Abre Campo de 1856 (zona Da mata Mineira Leste de Minas Gerais)

Os proprietários e posseiros deveriam declarar suas terras para que o Estado as separasse das terras públicas. Partilhado por José Baía, a quem agradecemos.
Os livros digitalizados estão disponíveis para consulta no Arquivo Público Mineiro, seguindo as ligações:

Tombos MG 1855-1857
Ubá MG 1855-1856
Dores do Turvo MG 1855-1856

Originalmente publicado em 12/11/2014


6 de novembro de 2015

6 de novembro de 2015 por Manuela Alves comentários
Partilhado por António José Mendes em Genealogia FB 6.11.2015

Clérigo “in minoribus” -  Esta expressão significa que ele recebeu ordens menores.
O sacramento da Ordem tinha vários graus, alguns dos quais são: prima tonsura, acólito, etc, até sub-diácono, diácono e presbítero.
Os primeiros destes níveis constituíam as ordens menores e os últimos as ordens maiores; nesta estão incluídos, pelo menos, o diácono e o presbítero.
Muitos jovens recebiam ordens menores, sem contudo alguma vez receberem as maiores. Esses eram os "clerigos in minoribus".
A primeira tonsura, suposto que não seja ordem, requeria a habilitação "de genere". Por ela se averiguava se o tonsurado era filho legítimo ou ilegítimo; se os seus ascendentes viviam nos princípios da religião católica; se não eram criminosos de lesa magestade, divina ou humana; e se tinham incorrido em alguma infâmia pública ou pena vil. O mais frequente, era a primeira tonsura ser simultânea com as Ordens Menores. Para estas, era também necessária a habilitação "de vita et moribus" (vida e costumes), i.e. a verificação de que não havia irregularidades na sua conduta

Qualquer homem para ser clérigo "in minoribus" tem de ter ao menos a "Prima Tonsura": é ela que introduz na clericatura. A seguir já poderá ser ordenado hostiário, depois leitor, de seguida exorcista e, por fim, acólito. São estas as ordens menores e todas têm de ser conferidas por um bispo e com elas se gozava do estatuto de Clérigo até à reforma do Código de Direito Canónico com Sua Santidade o Papa João Paulo II.

Giuseppe Maria Crespi, Ordenação (1712)
O subdiaconado, o diaconado, o presbiterado e o episcopado inserem-se nas ordens maiores.
O direito actual só consagra o diaconado o presbiterado e o espiscopado como ordens maiores, e, portanto, só se é clérigo, actualmente, depois da ordenação diaconal.

Os clérigos seculares, depois, portanto da prima tonsura, ficam obrigados à santidade de vida, ao exercício da piedade (oração), obediência ao bispo, ao estudo das disciplinas sagradas, a usar o hábito eclesiástico (batina), a mandar abrir a tonsura na cabeça (sinal da sua escravidão a Deus). Ficam proibidos de coabitar com mulheres que não sejam suas parentes muito próximas (mãe, avós, irmãs, tias), proibidos ainda de tomar ofícios públicos civis, sem a autorização ou do bispo ou da Santa Sé Apostólica; proibidos de praticar artes indecorosas, de praticar a medicina e a cirurgia sem autorização, proibidos de negócios pecuniários e dos jogos de azar, proibidos de entrar e frequentar locais escandalosos. Não estão proibidos de possuir bens próprios (propriedade).
Gozam de privilégios:
- De protecção contra as injúrias;
- Privilégio de Foro, que lhes dá direito a serem julgados apenas em tribunal eclesiástico;
- Privilégio de Imunidade no que toca ao serviço militar e a qualquer serviço civil.

Com os clérigos regulares, as coisas são conforme à regra adoptada pela Ordem a que pertencem, embora gozem dos mesmos privilégios, obrigações e proibições, mas, com certeza, terão outras que a regra lhes recomenda.
por Paula Peixoto comentários

Aviso (17-10-2016): a versão 9030808 do iMacros, lançada em Agosto de 2016, contém diversos problemas que poderão impedir as macros de funcionar correctamente. Caso uma ou mais macros deixem de funcionar depois de actualizar o iMacros para esta versão, a solução é reverter para a versão anterior. Podem instalar versões anteriores a partir da página de extras do Firefox.



ACTUALIZAÇÃO 5/11/2015
As macros para o FamilySearch deixaram novamente de funcionar. Se já instalou o iMacros e as macros para download de imagens, e procura apenas as novas macros para o FamilySearch, pode obtê-las aqui, seguindo o link.  Extraia os ficheiros no zip para o mesmo local onde tem as antigas, normalmente em Documentos\iMacros\Macros, substituindo as antigas por estas.

Se é a primeira vez que vai instalar o iMacros e as macros, continue a ler.


O iMacros é um plugin gratuito para o Firefox, IE ou Chrome, que permite a automatização de tarefas repetitivas, como, por exemplo, o download de imagens dos livros paroquiais. No Chrome, a sua utilização é muito limitada, uma vez que a maioria dos comandos não está implementada para esse browser. Use-o com o Firefox (preferenciamente) ou o IE. 

Faça aqui o download das macros para os livros paroquiais.
Pode também transferir uma cópia do tutorial iMacros que aqui se publica.
Se utiliza bastante o sistema Digitarq e Archeevo, pode também usar estes dois JScripts para o iMacros para download de vários livros seguidos.

Se utiliza o Arquivo Distrital de Vila Real, com esta Macro poderá fazer download de imagens que se encontram no visualizador java do site ADVRL: paroquiais, notariais etc...

Se procura uma alternativa ao iMacros, experimente o GetLinks, uma ferramenta excelente que não exige instalação no browser.

Tutoriais

Clique nas imagens a seguir para visualizar instruções em vídeo

Tutorial em Pdf


Originalmente publicado em 19/5/2015
por GenealogiaFB comentários

Por António Júlio Trigueiros

Nos séculos XVII e XVIII, a liturgia barroca revestia-se de uma grande solenidade e o fausto que rodeava as exéquias, assim como o número de sacerdotes presentes num ofício, é um sinal indicador da qualidade social do defunto. Mas mesmo nos meios rurais, especialmente entre os lavradores mais abastados, eram frequente estes ofícios com duas ou três dezenas de padres.

Gustave Coubert, Funeral em Ornans (1849)


O ofício dos defuntos é parte integrante da Liturgia das Horas ou Ofício Divino, reformado segundo os decretos do Concílio Vaticano II e promulgado por Paulo VI, e compõe-se de quatro partes:
a) Ofício de leitura (que se podia rezar de noite ou de manhã muito cedo e substituiu a antiga hora de matinas)
b) Laudes (que se rezam geralmente no inicio do dia)
c) Hora intermédia (a meio do dia e que substituiu as antigas horas média, terça, sexta e nona)
d) Vésperas (rezadas ao entardecer).
Dentro destas horas há uma hierarquia. As Laudes e as Vésperas são as chamadas horas maiores, e por isso, a sua celebração revestia-se de maior solenidade.

Em que consistiam e consistem ainda estes ofícios? São normalmente cantados, ou apenas recitados, em alternância por dois coros de sacerdotes (daí a necessidade da presença de pelo menos 20 padres para constituírem dois coros) e compõe-se de um hino, dois salmos e um cântico, uma leitura breve (normalmente de uma epístola), um responsório breve, um cântico evangélico (o Benedictus nas Laudes e o Magnificat nas Vésperas), umas preces seguidas da recitação do Padre Nosso e uma oração conclusiva.

O Ofício de nove lições correspondia apenas ao ofício de Matinas, o actual Ofício de Leitura (após o Concílio Vaticano II) e designa-se deste modo porque era composto por nove leituras. Era rezado pelos monges de madrugada antes do romper da alva. Nas exéquias, e com o costume de velar o defunto por toda a noite, começava-se com esse ofício de nove lições o dia do seu enterramento.

Geralmente rezava-se ou cantava-se apenas uma destas horas litúrgicas, dependendo da hora a que se procedia às exéquias. Mas nas pessoas de maior qualidade e especialmente nos sacerdotes era frequente fazer-se todo o ofício. Nem sempre o ofício se fazia no dia das exéquias, podendo muitas vezes por conveniência dos sacerdotes ser celebrado depois.

Nos séculos XVII e XVIII, a liturgia barroca revestia-se de uma grande solenidade e o fausto que rodeava as exéquias, assim como o número de sacerdotes presentes num ofício, é um sinal indicador da qualidade social do defunto. Mas mesmo nos meios rurais, especialmente entre os lavradores mais abastados, eram frequente estes ofícios com duas ou três dezenas de padres.

A esmola deveria ser estabelecida no testamento ou então pelos herdeiros (nos chamados bens de alma) e, muitas vezes, a família ou o pároco tinham ainda que dar a colação que consistiria em servir uma refeição aos oficiantes.
Convém não esquecer que os oficiantes (párocos e sacerdotes das povoações vizinhas) se deslocavam por vezes de longas distâncias. Havia o costume de mesmo durante essa colação/refeição, se rezar pelo defunto. Para tal, o pároco ou o presidente da mesa tomava um garfo e fazia uma oração pelo defunto e passava-o ao vizinho que fazia o mesmo até ao último... (cf. por exemplo, António Gomes Pereira, "Tradições Populares, Linguagem e Toponímia de Barcelos").

Um ofício de 60 padres no século XVII, nada tem de extraordinário. Havia muitos mais padres do que párocos e muitos destes sacerdotes, frequentemente chamados padres "misseiros", viviam precisamente dos estipêndios que recebiam nestes ofícios. Muitas vezes o defunto deixava estipulada a esmola que se deveria dar a cada sacerdote. Nem era necessário que o defunto vivesse à lei da nobreza, bastava ser um lavrador abastado ou um proprietário rural para mandar celebrar este tipo de ofícios.
Ainda nos nossos dias, e apesar da carestia de sacerdotes, é relativamente frequente (no Minho por exemplo) celebrarem-se ofícios de 15 e 20 padres, especialmente nos meios rurais, entre as pessoas mais abastadas.
Os mais ricos mandam celebrar um ofício que, julgo, deverá ter no mínimo 20 padres, e os menos abastados mandam celebrar meio ofício, com metade dos sacerdotes. O ofício muitas vezes começa a ser cantado ainda na estrada, antes de chegar á igreja, pelos sacerdotes revestidos de sobrepeliz, e resume-se hoje ao ofício dos defuntos. Julgo que no passado seria coisa mais solene. É contudo uma celebração cada vez mais em desuso, mesmo nas aldeias.

As missas cantadas, frequentemente referidas nos registos, são missas onde parte ou a totalidade do cânone romano é cantada pelo/s sacerdote/s. Revestem-se de grande solenidade e era e é costume fazerem-se em ocasiões de grandes celebrações, entre as quais se destacavam especialmente as exéquias. As primeiras missas ou missas novas (como se chamam no Minho) eram geralmente cantadas. Em dias de grandes festas religiosas também se costumavam cantar missas, daí a expressão zombeteira do povo "hoje tive sermão e missa cantada"...

5 de novembro de 2015

5 de novembro de 2015 por GenealogiaFB comentários

Por Lia F Sette

A pedido da Manuela Alves, deixo um mini-tutorial de como eu edito este tipo de imagens melhorando ligeiramente a sua leitura. O programa que uso é pago (Zoner Photo Studio) e por esse motivo deixo também uma alternativa muito básica com programa gratuito (PhotoScape).




O truque é sempre na manipulação do contraste e exposição da imagem embora os resultados com as mesmas percentagens não sejam idênticos em todos os programas.
Convido-vos para mostrarem aqui as vossas dicas de edição, caso procedam de forma diferente, pois não sou nenhuma expert nisto.

ZONER
Eis o link para o download do Zoner. Penso que a versão gratuita não tem todas as funcionalidades que usei:
https://free.zoner.com/

Passos na Edição:
1- Abrir a imagem no programa, escolher EDITOR.
2- No menu escolher ADJUST e no sub-menu escolher ENCHANCE COLORS
3- Diminuir o contraste para -75. OK
4- Voltar ao menu e escolher o sub-menu LEVELS (níveis)
5- Clicar em WHITE (ou seja vamos escolher na imagem a tonalidade que queremos que fique branca)
6- Clicamos na imagem no cinza mais claro que desejamos que se torne branco. OK
7- Guarda-se a imagem.

< clicar na imagem para aumentar

PHOTOSCAPE
Eis o link para o download do PhotoScape que é totalmente gratuito.
http://photoscape.en.softonic.com/
http://www.photoscape.org/ps/main/index.php

Passos na Edição:
1- Abrir a imagem no programa e escolher EDITOR DE FOTOGRAFIAS
2- Escolher o menu INICIO
3- Escolher o sub-menu CONTRA A LUZ
4- Clicar várias vezes até atingir a tonalidade desejada na opção 200%
5- Não esquecer que pode retroceder nos cliques dados clicando no botão ANULAR à direita.
6- Guardar a imagem.


Ainda no PhotoScape, outra alternativa será a manipulação da EXPOSIÇÃO e GAMMA BRILHO. Os valores não serão iguais para todas as imagens, sendo necessário experimentar pequena oscilação de valores até obter o melhor resultado.




Outros programas gratuitos:
Paint.Net - http://www.getpaint.net/download.html
Picasa - https://picasa.google.com/


31 de outubro de 2015

31 de outubro de 2015 por GenealogiaFB comentários
Os acontecimentos ao longo da vida de um indivíduo, suficientemente relevantes para serem registados em campo próprio, são denominados Eventos pelos programas de genealogia. Todos os eventos devem incluir a respectiva fonte. Neste tutorial, que não pretende ser exaustivo, mas apenas oferecer algumas ideias genéricas sobre registo de fontes nos programas de genealogia, tentaremos dar resposta a perguntas que surgem frequentemente nos espaços de discussão online.



REFERÊNCIAS ÀS FONTES

Para além de permitirem provar a ocorrência dos factos, o registo das fontes serve também de auxiliar de pesquisa. São usadas pelos genealogistas para determinar o nível de confiança a atribuir à informação veiculada, comparar informação recente com informação mais antiga, ou ainda, localizar e consultar a fonte a fim de formarem uma opinião independente. Se a fonte não é indicada, a informação e conclusões passam a representar a opinião pessoal do autor, sem qualquer suporte para além da sua hipotética credibilidade.

A fim de tirar o máximo partido das funcionalidades dos programas de genealogia, deve-se evitar colocar a fonte em notas do evento, excepto em casos pontuais, ou temporariamente, quando queremos apenas anotar rapidamente para não esquecer. Logo que possível, deve-se adicionar a fonte no local próprio. Desta forma, será mais fácil listar, ordenar e editar as fontes, para além de permitir padronizar a forma como as fontes são impressas nos relatórios, quer em rodapé quer na bibliografia.

Os programas de genealogia, em regra, dividem o registo de fontes em 3 partes: repositório, fonte e citação. 



REPOSITÓRIO
O Repositório é o local onde se encontra a fonte, também chamado de Entidade Detentora, e pode ser de diversos tipos (arquivo, biblioteca, cemitério...). Incluí campos para morada, correio electrónico, telefone e página online.
Cota - Dependendo da tradução, este campo pode aparecer como “Número de catálogo”, “Número de chamada”, ou outro. É aqui que deve ser introduzida a cota da fonte utilizada pelo respectivo repositório.
Suporte – refere-se ao meio através do qual a fonte está acessível (livro, microfilme, jornal, lápide …)

FONTE
A fonte é a origem da informação. Num inquérito realizado em 19/10/2015, no grupo do Facebook associado a este blog, obteve-se a seguinte lista das fontes mais consultadas pelos membros do grupo:

Paroquiais
89
Notariais
33
Jornais e Revistas
25
Cemitérios
18
Arquivos de família
17
Genealogias e Nobiliários
19
Bases de Dados
18
Transmissão oral
16
Eclesiásticos
12
Monografias
11
Teses e Dissertações
10
Artigos em repositórios
6
Registos militares
4
Passaportes
5
Livros Electrónicos (e-books)
4
Censos
4
Judiciais
4
Informação Publica ou disponível publicamente
2
Honras
2
Listas Fiscais
1
Anuário Comercial
1

O registo da fonte engloba os seguintes campos:
Título – No caso de fontes paroquiais, notariais e semelhantes, não há uma regra específica. O mais importante é identificar os livros de forma a serem rapidamente localizados na lista de fontes e que, na impressão de relatórios, apareça de acordo com a preferência de cada um.

     Alguns exemplos:
  1. ADB PRQ Espinho B-450 Livro Misto 1563/1691 (iniciais do arquivo, paróquia, cota, tipo de livro, datas)
  2. PT/UM-ADB/PRQ/PBRG12/001/0001 Misto 1563/1691 (Referência do livro, tipo de livro, datas)
  3. PT/UM-ADB/PRQ/PBRG12 Espinho Misto 1563/1691 (Referência da paróquia, nome da mesma, cota, tipo, datas)
  4. ADB/PRQ/PBRG12 B-450 Misto 1563/1691
Note-se que no exemplo 2, como se trata de um livro misto, a referência dá a indicação de que são baptismos. Os casamentos do mesmo livro têm a referência PT/UM-ADB/PRQ/PBRG12/002/0010 e os óbitos PT/UM-ADB/PRQ/PBRG12/003/0019. Isto pode tornar-se confuso e obrigar à criação de 3 ou 4 fontes para o mesmo livro. Se quisermos criar apenas uma fonte para o misto, será melhor usar um título semelhante ao exemplo 1, 3 ou 4. 

A informação no título está relacionada com a informação de autor. Se em Autor se puser o nome da paróquia, não será necessário repeti-la no título.

Autor – o autor, ou autores, da obra citada. Podem ser indivíduos ou colectividades (Câmara Municipal de Esposende, por exemplo).  Se forem múltiplos autores, nada impede que se use apenas o nome do primeiro autor seguido da expressão et al. Para os paroquiais pode colocar-se aqui o nome da paróquia.
Abreviatura – uma abreviação do título, útil para títulos longos, é também usada por alguns programas para simplificar a listagem interna das fontes. Por exemplo, se o título da fonte for “Particularidades do Parentesco Português: A Memória do Nome de Família Feminino e a sua Outorga aos Filhos”, podemos abreviar para apenas “Particularidades do Parentesco Português”, sem perder a referência ao título completo.
Publicação – informação relativa ao local onde foi publicada a obra, ano da publicação, editora, quando se aplica.
URL – endereço da página web onde pode ser consultada a fonte. Exemplo: http://pesquisa.adb.uminho.pt/details?id=1002803
Repositório – Se já existir na base de dados, apenas será necessário seleccioná-lo, caso contrário, pode-se adicionar um novo a partir da janela da fonte.
Galeria – local onde é possível adicionar objectos multimédia. A galeria da fonte é mais apropriada para adicionar multimédia relacionada com a própria fonte. Para as imagens das referências a eventos e indíviduos dentro da fonte, como é o caso de um assento de baptismo, é preferível usar a galeria da Citação.

CITAÇÂO
Uma única fonte pode conter informações relativas a vários eventos, ou a vários indivíduos. Por esse motivo, a estrutura da fonte, nos programas genealógicos, incluí um mecanismo para diferenciar múltiplas referências dentro da mesma fonte. São as chamadas “Citações”, ou “Detalhes da fonte. O seu propósito é apontar para uma parte específica da fonte onde se encontra a informação. É aqui que devem ser registadas as informações relativas ao volume, capítulo, página ou fólio, que inequivocamente localizam a informação. Se a fonte se encontra online, pode-se também incluir o número da imagem. Exemplo: fl. 135v, assento nº 3, img 138

Data de registo na fonte – útil, sobretudo quando a data em que a informação foi registada na fonte é diferente da data em que ocorreu o evento, por exemplo: um baptismo realizado num determinado ano, mas registado no livro vários anos mais tarde.
Confiança – refere-se à qualidade da informação e está relacionada com o tipo de fonte. Pode ser primária ou secundária e, dentro destas, a qualidade pode ser maior ou menor. Normalmente os programas oferecem várias opções de escolha.
Texto – campo para a transcrição do texto da fonte.
Galeria – local onde podem ser adicionadas as imagens (imagem do registo paroquial citado, por exemplo).

Programas diferentes podem incluir outras opções. Note-se que nem todos os campos correspondem a etiquetas padrão do GEDCOM. O software pode criar etiquetas próprias para gravação no ficheiro ged.  Os programas podem ainda ter abordagens diferentes, alguns mais elaborados, outros mais simplificados, mas todos incluem as opções fundamentais para a correcta identificação e localização da fonte.

SOBRE AS IMAGENS
Evento – Esta secção é onde se colocam as imagens relacionadas directamente com o evento, tais como as fotografias de um baptizado, ou casamento.
Fonte – Normalmente não há necessidade de adicionar imagens na fonte, mas há situações em que pode ser útil. As imagens de uma Inquirição de Genere, caso nos interesse guardar todo o documento, podem ser adicionadas aqui, uma vez que todo o documento constituí uma fonte. Pode-se, inclusive, criar um documento PDF com essas imagens e adicionar apenas este ficheiro. Este documento pode ser a fonte de vários eventos. Como já existe na fonte, não será necessário adicionar imagens dele nas citações, apenas o nº. de página onde consta o evento. Outra situação em que poderá ser útil é nas fontes de arquivos pessoais, digitalizadas pelos proprietários e que, normalmente, não se encontram disponíveis publicamente e nem sempre estão acessíveis físicamente a todos os familiares.
Citação – É o local ideal para adicionar a imagem a que a citação se refere, como é o caso dos assentos paroquiais.

SOBRE AS COTAS
Alguns arquivos usam a mesma cota para várias fontes. É o caso do Arquivo Distrital de Braga que repete a cota para vários livros paroquiais de freguesias diferentes. Nestes casos, a cota não chega para identificar a fonte no arquivo, sendo necessário indicar também a paróquia.
Por vezes, pode ser necessário registar também a cota antiga. Se nos servimos de uma fonte publicada há algum tempo (como é o caso de trabalhos de genealogistas), é possível que as cotas referidas sejam as antigas. Ao registá-la, evitamos perder tempo a procurar a cota nova, caso volte a ser necessária no futuro.

EXEMPLO - REGISTO PAROQUIAL
Uma vez que as fontes paroquiais são as mais utilizadas, localizámos um registo paroquial num livro existente no Arquivo Distrital de Braga, de onde foram colhidas as seguintes informações:

• Arquivo Distrital de Braga
• Contactos: (....)
• Página online: http://www.adb.uminho.pt/
• Paróquia de Espinho
• Baptismos 1811/1854
• Refª. : PT/UM-ADB/PRQ/PBRG12/001/0005
• Cota: B-454
• Suporte: livro
• URL: http://pesquisa.adb.uminho.pt/details?id=1008512
• Fólio 67, Registo 1, Imagem 68
• Data de registo na fonte: 23/7/1853
• Texto: (...)
• Imagem:

Esta informação foi inserida da seguinte forma no programa de genealogia (clicar na imagem para aumentar):

Em jeito de conclusão, relembramos que, acima de tudo, a única regra é identificar e permitir localizar, inequivocamente, o documento citado. O formato a adoptar será aquele que melhor se adapta à preferência de cada um, não esquecendo que a consistência ajuda a manter uma base de dados de fontes funcional e de rápido acesso. Dada a grande variedade de programas, o ideal é começar por estudar a forma como o software escolhido processa as fontes e, a partir daí, optar por um modelo abrangente, que se adapte a todo o tipo de fontes.

28 de outubro de 2015

28 de outubro de 2015 por GenealogiaFB comentários

Por Luís Salreta

Para quem está à vontade com os ficheiros e sua manipulação, o EXCEL e um pouco dos comandos DOS.

1 - Faça COPIAR (COPY) da pasta onde estão os ficheiros a renomear e depois faça COLAR (PASTE) - aparece uma nova pasta com o nome seguido de "- Cópia" (esta pasta não deve ter subpastas).

1a – Em alternativa copie todos os ficheiros que pretende renomear para uma nova pasta.

2 - Sobre a nova pasta faça clique direito do rato e AO MESMO TEMPO carregue na tecla ^ (SHIFT) e seleccione o programa "Abrir janela de comando aqui" (Open command window here).

3 - Aparece a janela de comandos em DOS. Clique sobre o fundo preto e digite : dir /b > index.txt seguido de ENTER. Isto criará um ficheiro index.txt dentro da pasta cópia.


4 - Abra o EXCEL

5 - Importe o ficheiro index.txt criado, para o EXCEL (também pode COPIAR o conteúdo do ficheiro e COLAR numa folha do EXCEL. Se usar esta opção, vá para o passo 7)

6 - Na coluna (assumimos que é a coluna A) onde estão os nomes dos ficheiros existentes na pasta, elimine a linha que tem index.txt .

7 - Na coluna a seguir à referida anteriormente (assumimos que será a coluna B) e para cada ficheiro, introduza o novo nome. É aqui que se podem utilizar as vantagens do EXCEL, nomeadamente propagando nomes, criando sequências numéricas, etc.
IMPORTANTE: não esquecer de incluir a extensão do ficheiro no novo nome.

8 - Na coluna a seguir à anterior (assumimos que será a coluna C) digite na célula da linha do 1º ficheiro ="ren " & A1 & " " & B1 e propague esta formula até ao ultimo ficheiro.

9 - Na coluna deverá aparecer um comando do tipo “ren fichAA fich001”

10 – Abra o ficheiro de texto index.txt e elimine todo o conteúdo.

11 – No EXCEL seleccione toda a coluna C e faça COPIAR (COPY).

12 – No ficheiro de texto index.txt faça COLAR (PASTE).

13 – Guarde o ficheiro e encerre-o. Em seguida, na pasta onde está o ficheiro clique uma vez sobre ele e altere a extensão .txt para .bat e faça Enter 2 vezes.

14 – Clique 2 vezes sobre o ficheiro index.bat.


RESULTADO (se tudo correr bem) – Todos os ficheiros foram renomeados. Agora pode fazer com eles o que quiser. ATENÇÃO que estes são cópias, pelo que os originais estão intactos.




26 de outubro de 2015

26 de outubro de 2015 por Manuela Alves comentários
«As principais funções dos Familiares estavam ligadas à máquina policial do Santo Ofício, cabendo-lhes executar as prisões de suspeitos de heresia, sequestrar os bens dos condenados, nos crimes em que coubesse confisco, e efectuar diligências a mando dos inquisidores. Havia ainda Familiares médicos, que examinavam os presos e avaliavam sua resistência à tortura.

No Arquivo Nacional da Torre do Tombo encontram-se os processos de habilitação dos Familiares do Santo Ofício português, incluindo os do Brasil. Esses processos incluíam diligências exaustivas sobre o sangue e a conduta do postulante, de sua esposa (caso a tivesse) e dos seus parentes até os avós. Um simples rumor apurado nessas diligências poderia prejudicar a habilitação, havendo casos de indeferimento por "sintoma de mulatice" em algum parente, ou por "nódoa de sangue judaico" na família. Os que passavam pela prova obtinham, além da familiatura, privilégios consideráveis, como a isenção de certos impostos, além do prestígio social - expresso na ostentação da medalha de Familiar - de ser alguém de confiança da Inquisição.»
in Wikipedia

O Dr. Jorge Hugo Pires de Lima, então Conservador no ANTT, publicou, em  datas que não tive ainda ensejo de averiguar,  na  Revista do Arquivo de Aveiro  ( public. trim.  1935 – 1976)  "O Distrito de Aveiro nas habilitações do Santo Ofício"  que agora se disponibiliza aqui em ficheiro PDF. São mais de 2000 registos, ordenados por ordem alfabética dos nomes próprios, onde constam a filiação e avoenga, além de outros dados de interesse genealógico. Não estão registados só os naturais do distrito de Aveiro, mas todos os que a ele estiveram ligados, por filiação, por casamento ou por funções que nele tenham exercido. 
O PDF é pesquisável: carregue nas teclas ctrl+f para abrir a caixa de pesquisa. Tecle lá o nome a procurar.
Uma última nota para chamar a atenção para o facto de freguesias do concelho de V.N.Gaia, do Distrito do Porto, terem pertencido ao Distrito de Aveiro.

Publicado pela primeira vez em 28.07. 2014

kwADAveiro

25 de outubro de 2015

25 de outubro de 2015 por Manuela Alves comentários
Nada melhor que as palavras de Iva Cabral, a autora desta tese de doutoramento, para apresentar esta obra de inegável importância para o conhecimento da historia e da genealogia de Cabo Verde, espaço da lusofonia a merecer destaque merecido neste blog:


Na tese, que agora se apresenta, ocupamo-nos da formação e desenvolvimento da elite, que, desde o século XV até ao século XVII, evoluiu num processo em que se evidencia uma  vincada  mudança  social.  Durante  o  primeiro  século  da  História  do  arquipélago,  os “homens brancos honrados” de Santiago ocuparam a cimeira da sociedade da ilha. Estes homens, -brancos/reinóis, muitas vezes nobres, armadores, comerciantes e funcionários da administração central -formaram a primeira elite do arquipélago que estruturou a sociedade cabo-verdiana conforme os seus interesses económicos, as suas práticas culturais, políticas e ideológicas.  Acontece  que  esta  elite  se  organiza,  se  fortalece,  e  desaparece,  não propriamente  porque  é  desalojada  numa  ruptura  abrupta,  mas  porque  é substituída  num processo  pacífico.  É este  processo  que  consideramos  específico  da  sociedade  cabo-verdiana  e  procurámos  esclarecer  na  tese  apresentada.  
 Antiga Ribeira Grande, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde. Vista aguarelada. Atlas de Leonardo de Ferrari, 1655. Arquivo Militar de Estocolmo, Krigsarkivet, (Handritade Kartverk, cota 51-36 1655), Suécia.

 A PRIMEIRA ELITE COLONIAL ATLÂNTICA Dos «homens honrados brancos» de Santiago à“nobreza da terra”(Finais do séc. XV- início do séc. XVII)

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