Repositório de recursos e documentos com interesse para a Genealogia

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  • Primeiros passos em Genealogia: como começar, onde pesquisar, recursos disponíveis e outras informações.

  • Apelidos de família: de onde vêm, como se formaram.

  • Índices de passaportes, bilhetes de identidade, inquirições de genere e outros.

25 de fevereiro de 2016

25 de fevereiro de 2016 por Maria do Céu Barros comentários
Partilhado pelo autor, estas "notas biográficas e genealógicas das religiosas do Convento de Santa Clara de Portalegre", com o sugestivo título "Ramos Secos", para além de abordarem vários aspectos do ingresso neste convento, contêm um índice das freiras no período entre 1654 e 1829.

Soror Isabel do Menino Jesus, abadessa de Santa Clara (fonte da imagem)



O fundo deste convento pode ser consultado no Arquivo Distrital de Portalegre. Sobre o seu interesse genealógico, deixamos a palavra ao autor:

Sendo certo que o percurso destas existências silenciosas se resume, ao nível das fontes mais consultadas, a um único registo de baptismo, não é, porém, menos verdade que a documentação dos cartórios conventuais, matéria pouco estudada e, por essa razão, menos consultada, se pode revelar um excelente manancial de informação para o genealógico frequentemente confrontado com o esgotamento dos assentos paroquiais.



Descarregar o pdf

kwADPortalegre

22 de fevereiro de 2016

22 de fevereiro de 2016 por Maria do Céu Barros comentários
Para quem tem familiares farmacêuticos, o Centro de Documentação da Ordem dos Farmacêuticos (CDF-OF), disponibiliza o seu acervo online na plataforma Archeevo. Alguns documentos, tais como as carteiras profissionais, contêm fotografia.





«O CDF-OF foi inaugurado em 25 Setembro de 2012 e está aberto à comunidade em geral. Tem como missão fundamental a preservação de acervos documentais, fomentar a investigação, o conhecimento e a memória da História da Farmácia em Portugal, da profissão farmacêutica nas suas diversas áreas, e reservar, valorizar, recuperar e divulgar património cultural que contribua para a memória dos farmacêuticos portugueses.» 

19 de fevereiro de 2016

19 de fevereiro de 2016 por Maria do Céu Barros comentários
Importante salientar o interesse genealógico desta publicação, que inventaria os processos de justificação, os pedidos de segundas vias de justificação e o registo de atestações da série "Justificações de passaportes" existente no Arquivo da Companhia do Alto Douro para o período de 1805-1832: 

Pela análise deste fundo documental, foi possível recolher o nome dos titulares de passaportes, sexo, naturalidade, idade, profissão, estado civil, nome do cônjuge, número e nome dos acompanhantes, e ainda uma ou outra observação que entendemos interessante recolher para melhor conhecermos a identificação e as motivações daqueles que pretendiam embarcar para o Brasil.
- "Portugueses do Norte de Portugal com Destino ao Brasil (1805-1832)" - Fernando de Sousa e Teresa Cirne.

O documento é pesquisável, e pode ser descarregado no Repositório Aberto da Universidade do Porto. Para maior facilidade de leitura, incluímos aqui uma cópia já com as páginas na orientação correcta.

10 de fevereiro de 2016

10 de fevereiro de 2016 por Maria do Céu Barros comentários
Encontram-se no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT) vários livros de índices das diversas Chancelarias, alguns já digitalizados. Trata-se de índices manuscritos, ordenados pelo primeiro nome.

Todos os Índices da Chancelaria Índices Digitalizados

A listagem completa de todos os livros de índices existentes no ANTT tem a referência PT/TT/ID/1.

3 de fevereiro de 2016

3 de fevereiro de 2016 por Gnealogiafb2 comentários

Todos nós conhecemos, por experiência, as lacunas dos registos paroquiais, quando se trata de contextualizar a "arquitectura" genealógica ou de acrescentar ou cruzar informação, sobretudo no caso dos aglomerados populacionais mais vastos ou mais diversificados,em termos de complexidade sócio-profissional.
Ora as listas dos contribuintes fornecem preciosas indicações sobre as actividades profissionais, as relações de vizinhança próxima e até sobre o tipo de habitação, como se poderá comprovar nestas duas imagens do Livro das Décimas da freguesia de Santo Ildefonso, Porto, 1730-31 (clicar nas imagens para aumentar).


Estes livros de registo da fiscalidade encontram-se nos acervo documentais dos Arquivos Municipais e muitas vezes desconhecidos dos estudiosos da história das famílias de que descendem, e cuja falta de notoriedade sócio-política parecia ter condenado ao esquecimento nas brumas do Passado. A sua divulgação permite, como exemplificamos, trazer mais umas pedras para a construção do passado dos nossos avós, que algumas leituras dos especialistas  dos temas, que vamos indicando na Biblioteca, ajudam a compreender melhor e a colmatar lacunas na nossa própria formação. Aprende-se durante toda a vida e, cada vez mais, por meios mais diversificados.

Para as freguesias do Porto, elaborámos um índice das Décimas existentes no Arquivo Municipal do Porto, no período de 1707 a 1731.


Para saber mais
Originalmente publicado em 1/2/2016

kwADPorto

29 de janeiro de 2016

29 de janeiro de 2016 por Manuela Alves comentários
Uma das preocupações deste blog tem sido divulgar, junto dos interessados em investigar as suas raízes familiares, fontes documentais que lhes permitam a reconstrução contextualizada das gerações passadas, resgatando do limbo do esquecimento as memórias de gente humilde que deixou as suas pegadas em documentos esquecidos nos Arquivos, julgados de pouco interesse histórico fora do âmbito da comunidade científica.
Por outro lado, um novo entendimento de uma geração activa e interessada em valorizar os tempos deixados livres pelo termo das actividades profissionais ou das responsabilidades familiares, trouxe um público interessado pela genealogia familiar ou o conhecimento da histórica local, aproximando dos arquivos e das publicações científicas pessoas que, pela sua formação escolar ou profissional, estavam arredados desses meios.

A  estes novos interesses, os Arquivos têm  sabido corresponder com uma política de divulgação online dos seus acervos documentais, contribuindo para uma democratização cultural e de preservação patrimonial que nunca será de mais enaltecer.

Serve esta introdução para divulgarmos o Arquivo Histórico do Tribunal de Contas e a indicação de documentação com interesse genealógico.

Em praticamente todos os fundos documentais poderão ser encontrados elementos relevantes para estudos genealógicos como, por exemplo, nos livros de posse ou de ordenados dos vários organismos que antecedem o actual Tribunal de Contas. 

No entanto, destacamos especialmente os conjuntos da Décima da Cidade e Décima da Província cuja produção documental reflecte a aplicação do imposto da Décima, materializada em livros de prédios rústicos e de prédios urbanos, de maneio e de juros, contribuição de defesa e de novos impostos. Os livros eram escriturados por freguesias e dentro destas, rua por rua, prédio por prédio, discriminando os livros de arruamento não só o nome do proprietário do imóvel, mas também nas casas comuns, o de cada um dos inquilinos e respectiva renda paga e nalguns casos a profissão e o maneio, quando não existia livro próprio para o registo deste último imposto.

Para um melhor conhecimento desta documentação, sugerimos a consulta das respectivas listas disponíveis no website do Tribunal de Contas:

Décima (1762-1833):
Décima da Cidade (pdf) – lista ordenada alfabeticamente por freguesias da cidade de Lisboa com identificação das datas
Décima das Províncias (pdf) – lista ordenada alfabeticamente por comarcas e respectivas localidades  (Leiria, Santarém, Tomar, Torres Vedras) com identificação das datas.

Página inicial do Arquivo Histórico
Página inicial sobre o Arquivo Histórico e a Biblioteca do Tribunal de Contas
Acesso aos vários instrumentos de pesquisa disponibilizados online

O Arquivo Histórico e a Biblioteca do Tribunal de Contas dispõem de uma Sala de Leitura para atendimento presencial no edifício-sede do Tribunal de Contas (Av. Da República, 65, em Lisboa) que funcionam todos os dias úteis entre as 9h15m e as 17h15m.

Qualquer pedido de informação poderá também ser dirigido para o endereço electrónico do Arquivo Histórico e Biblioteca do Tribunal de Contas – dadi@tcontas.pt

Agradecemos vivamente ao Arquivo Histórico do Tribunal de Contas as informações que nos  enviaram.

16 de janeiro de 2016

16 de janeiro de 2016 por Manuela Alves comentários





 Um milagre de S. Vicente em 1698

Em 12.6.1701 casaram em Sequeira, Braga,  João de S. Vicente enjeitado, assistente na freguesia há 3 anos para onde o trouxeram sendo menor e  aleijado, andando de muletas e Isabel de Pina. Narra o celebrante do casamento o milagre que, por intercessão de S. Vicente, alcançou  o  noivo e que aqui se reproduz em tradução resumida livre, com o auxílio prestimoso do Abílio Carvalho e do António José Mendes: Sonhando algumas vezes com o dito santo, João  se fez em romaria a sua capela com grande trabalho por ser distante desta freguesia. Sucedendo-lhe passar da capela para a fonte, incapaz de subir um altinho, largou as muletas e deu um salto e se achou com as pernas estendidas que dantes tinha as barrigas das pernas coladas às coxas desde o seu nascimento que nem se lembrava de andar de outra sorte.  Isto sucedera no dia 1 de Maio de 1698,  quando ele teria cerca de dezoito anos.
Fonte: Imagem 234 do Batismos, matrimônios, óbitos 1575-1865 do Family Search
por GenealogiaFB comentários
Tudo sobredito me incitou a que fizesse aqui este assento para que os que o lerem tenham entendido quão contrário nos foi em tudo este ano inimigo... é um sugestivo excerto do Pároco de Salvaterra do Extremo, Idanha a Nova, que pode servir de denominação comum a estas notas deixadas nos registos paroquiais para nós. Mas porque nem tudo são tristezas e desgraças, o interlúdio poético, vindo de Celorico de Basto, faz o contraponto nestes relatos dos Repórteres do Passado. 



A Natureza


Gaspar Duguet - Paysage d’orage - © Museu das Belas Artes, Chartres

Eclipse do sol - Convento de S. Domingos, Porto - 21/8/1560
Era de mil e quinhentos e sessenta anos aos vinte e um do mês de Agosto uma quarta-feira junto das onze horas do dia foi o sol eclipse em tanto que a lua cobriu o sol de todo e foi feito noite e escuridão que apareceram as estrelas no céu e durou este eclipse um quarto de hora do dia ...escuridão
-rec por José António Reis

Cheias - Pico de Regalados, Vila Verde - 28/2/1623
Terça feira 28 de Fevereiro do ano de 1623 às dez horas do dia pouco mais ou menos veio uma chuva em espaço de meia hora pouco mais e fez tal enchente que levou a ponte de Agrela, e muitas outras, e quantos moinhos havia nas ribeiras e levou muitas uveiras, e sementeiras, e fez grandes quebradas em campos, e tal destruição que pessoas muito antigas afirmavam que não recordavam outra semelhante, nem quando fora o dilúvio de Cabaninhas, nem em dia de Santa Catarina que houvera 27 anos foi outra cheia muito grande porém que nenhuma chegara a esta, nem dera tanta perda, ad memorium feci - Padre Pedro de Sousa, abade.
-rec por António José Mendes

Neve e geada - Pico de Regalados, Vila Verde - Jan/1624
O mês de Janeiro de 1624 foi seco e todo ele geou mui grossamente, e a 11 de Fevereiro continuando a mesma geada cobriu tudo de muita neve, e dado que nos baixos se derreteu nos montes sempre esteve, e foi continuando caindo de dois em dois dias, e de três em três cobrindo tudo, e nos dezanove amanheceu toda esta terra coberta de mui grossa neve, dizem os mais antigos que lhe não recorda semelhante ano de neve, e geada, porque além de durar muito ordinariamente caía neve e geada juntamente, e nos dezanove que foi Domingo digo 19 de Fevereiro e a segunda feira cobriu tudo de neve, e com ela jogaram aqueles dias as laranjadas* e quinta feira 11 de Abril cobriu outra vez tudo de neve porém logo se desfez no mesmo dia, e foi muito bom ano de pão e vinho.
-rec António José Mendes
*laranjadas - jogo/brincadeira associada ao entrudo e que consistia em atirar laranjas uns aos outros.

Tempestade - Pico de Regalados, Vila Verde - Dez/1641
No mês de Dezembro de 1641 no descente da lua, nevou, e choveu muitos dias com tempestade desfeita com ventos de poente; na primeira oitava de Natal de noite, houve grandes ventos, chuveiros com trovões, no dia seguinte que foi sexta feira pelas duas da tarde pouco mais ou menos, começou uma trovoada com muita saraiva, mui grossa, intrometida com algumas pedras do tamanho de bugalhos pequenos, e logo com outras maiores que os bugalhos grandes, outras tamanhos como ovos e muitas tamanhos como ovos de pata, isto sem encarecimento, porque quebraram os telhados, mataram galinhas, tordos, melros,?, mancaram ovelhas, e por cima do sombreiro fizeram inchaços na cabeça de algumas pessoas: durou este pedraço quase um quarto de hora, dizem pessoas antigas que nunca viram cair tão grandes pedras, isto para na verdade em fé e dela escrevi aqui - o abade Pedro de Sousa

-rec António José Mendes



Interlúdio Poético


Admirador de Camões - S. Romão do Corgo, Celorico de Basto, 1663

Um gosto que hoje se alcança,
Amanhã já não o vejo;
Assim nos traz a mudança
De esperança em esperança
E de desejo em desejo.
(da redondilha "Sôbolos rios que vão")

Horas breves de meu contentamento
Nunca imaginei quando vos tinha,
Que vos visse mudadas tão asinha
Em tão compridos anos de tormento.

As minhas torres, que fundei no vento,
o vento as levou que as sostinha;
Do mal que me ficou a culpa é minha,
Pois sobre cousas vãs fiz fundamento.
(do soneto  "Horas breves de meu contentamento")
-rec por Manuela Alves




Guerra da Sucessão Espanhola

 Filipe V e Luis José I, duque de Vendôme, comandando as forças Franco-Espanholas 

Morreu o ano de 1704 - Salvaterra do Extremo, Idanha a Nova, 31/12/1704
Aqui fez termo e deu fim o infeliz e infausto e sempre digno de ser chorado (de todo Portugal) o ano de mil e setecentos e quatro, em o qual, no primeiro dia de Maio, entrou, por Salvaterra da Beira, Filipe Quinto, com um exército de Castelhanos e Franceses, tão infeccionado e apestado que a todas as povoações a que chegou com este pestífero contágio infeccionou; e mais que todos a esta Vila, que sitiou e conquistou, aonde se deteve dezoito dias; porque, tanto que nela o seu exército entrou, o seu pestífero contágio começou, com tantas vivas que, na freguesia de Sta. Maria, Matriz desta Vila, morreram trezentas e sessenta e uma pessoas grandes, que enterrou a tumba da Misericórdia na freguesia e, não havendo já nela covas, encheram o tabuleiro de defuntos, e, depois deste, o Adro ao longo da Igreja, com tal modo como, hoje em dia, se vai continuando. Na casa da Misericórdia, a esta Igreja anexa, foram tantos os pobres e necessitados a que a casa deu mortalha e sepultura, que não se acha hoje, no seu cemitério, lugar para enterrar nenhum defunto. Na Sra. da Vitória, também anexa, hospital que foi dos Padres Capuchos, se enterraram, no cemitério que ali se acha (com minha licença), muita gente de Marvão que, nas azenhas e casas das fazendas à roda, faleceram, aonde em cobertores e paninhos os traziam seus parentes e amigos, até que no tal cemitério os enterravam e cobriam. Pois se fizermos menção dos meninos, anjinhos e inocentes pelos quais se começou este contágio acharem os que morreram nesta Vila tantos, e com tão grande excesso que já não cabem no Claustro do Convento. Tudo sobredito me incitou a que fizesse aqui este assento para que os que o lerem tenham entendido quão contrário nos foi em tudo este ano inimigo, pois nele ficamos sem pão, sem gados, sem fazendas, só com temores, sobressaltos e ameaços de morte, a cada passo. Como melhor contarão os que deste ano escaparem àqueles que, com curiosidade lho perguntarem. Dezembro, trinta e um, de mil e setecentos e quatro.
Padre Carrilho de Sequeira
-rec António José Mendes


Invasões Francesas


Artilharia Francesa - Fonte da imagem

Memorandum - Lordelo do Ouro, Porto, 29/3/1809
Aos vinte, e nove dias de Março pelas 9 oras da manham deste dia infelizmente introu huma coluna do ezercito frances por esta freguezia de Lordelo matando todas as pessoa que incontrava não somente dentro de suas casas, mas tambem fora dellas, saqueando-as e roubando-as ao mesmo tempo, e fazendo todo o género de hostilidades, e mandando eu proceder na averiguação das pessoas, que morrerão pertencentes á esta minha freguezia, e que erão meos freguezes, que todos forão sepultados pellos campos, e caminhos desta mesma freguesia por ordem do governo francês, então dominante; achei serem os seguintes. Digo aos vinte, e nove de Março de mil oito centos, e nove. [segue-se a lista das vítimas]
ADPRT, Registos Paroquiais, fregª de Lordelo do Ouro, concº do Porto, Livro O-1, f. 21, 22 e 23.
- rec José António Reis


Batalha na serra do Carvalho - Aveleda, Braga, 20/3/1809
Aos vinte dias do mez de Março do anno de mil e oitocentos e nove, entrou o ezercito da Nação Francesa a roubar as igrejas e nellas a fazerem muitos ultrajens roubar as cazas por cuaze toda esta provincia do Minho houve hua grande vatalha na serra do Carvalho na qual falecerão as pessoas seguintes freguezes desta freguezia de Santa Maria de Aveleda a saber (...)

- rec António José Mendes





O flagelo dos incêndios - Andrães, Vila Real  - 31.8. 1688

Em o último dia do mês de Agosto do ano mil e seiscentos e oitenta e sete, às duas horas da tarde, se levantou neste lugar de Andrães um fogo tal, que bem exprimia a figura do dia do juízo, pois dentro de menos de uma hora, levantando-se com a primeira casa do lugar, da parte direita conforme a igreja, se queimaram trinta e oito casas, fora os quinteiros, dos bens que elas tinham e frutos recolhidos e veio a parar por misericórdia de Deus e virtude do Santíssimo Sacramento a que se acudiu com preces na casa da renda, que ficou ilesa, com mais quatro casas entre meio, que eram de telha, sem poder valer humana indústria alguma, nem trabalho muito dos moradores e lugares vizinhos de Constantim, Mosteirô, Fronteita, São Cibrão, Galegos e Carro Queimado e por ser tão notável para memória e Louvor do Santíssimo Sacramento fiz este, die ut supra.
 
  PT/ADVRL/PRQ/PVRL03/002/022 de Andrães Vila Real Imagem 3
  Transcrição de António José Mendes







Os textos aqui reunidos foram originalmente partilhados no Facebook.

7 de janeiro de 2016

7 de janeiro de 2016 por Paula Peixoto comentários

Registo Passaportes - ADB

Nota- as palavras encontram-se sem qualquer acentuação, tal como são apresentadas no Arquivo Distrital de Braga.


LIVROS DE REGISTO DE PASSAPORTES
Arquivo Distrital de Braga
DATA ÍNDICE
07/12/1868 A 11/04/1871 Excel
30/10/1873 A 20/11/1881 Excel
26/05/1877 A 04/07/1882 Excel
04/07/1882 A 31/05/1886 Excel
01/06/1886 A 23/10/1888 Excel
24/10/1888 A 20/11/1890 Excel
20/11/1890 A 02/11/1892 Excel
03/10/1893 A 01/02/1896 Excel
01/02/1896 A 06/02/1899 Excel
07/02/1899 A 27/10/1902 Excel
kwADBraga

5 de dezembro de 2015

5 de dezembro de 2015 por Maria do Céu Barros comentários
As inquirições de genere do Cabido da Sé de Lamego encontram-se na Torre do Tombo, ainda não tratadas arquivisticamente.

Código de referência : PT/TT/CSLM/037
Datas : 1636 a 1781


30 de novembro de 2015

30 de novembro de 2015 por Maria do Céu Barros comentários
A história da FBAUP remonta à Aula de Desenho e Debuxo, iniciada em 1780 com a finalidade de apoiar as indústrias da cidade do Porto. Em 1802, o pintor Vieira Portuense, por ocasião da abertura solene das aulas, que contavam já com 120 alunos inscritos, designa por Academia essa Aula de Desenho, tentando assim dignificar a instituição e apelando para uma formação mais completa, apoiada em sólidos e diversificados estudos teóricos, bem como em exemplos artísticos de qualidade.  


Atelier de Escultura - ESBAP (fonte da imagem)


A desejada reforma, contemplando um reforço do número de docentes e de disciplinas oferecidas, acontecerá em 1836, com a criação da Academia Portuense de Belas-Artes. A Academia oferecia aulas nas áreas da Pintura, Escultura e Arquitectura, e ainda um curso preparatório de Desenho. Ainda no século XIX a Academia dá origem à Escola Portuense de Belas-Artes e, a partir de 1950, é integrada no sistema de ensino superior com a denominação de Escola Superior de Belas-Artes do Porto conhecendo anos de grande prestígio pedagógico e artístico. São criadas oficinas de cerâmica, vitral, tapeçaria, gravura, pedra, etc. Na década de 70 é iniciado o curso de Design de Comunicação. 

Em 1979 a secção de Arquitectura ganha autonomia como Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Em 1994 a Escola Superior de Belas-Artes do Porto é integrada na Universidade do Porto com a denominação de Faculdade de Belas-Artes.
Fonte: Wikipedia

O arquivo da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, disponibiliza online listas de alunos e docentes entre 1886 e 2010, em formato pdf pesquisável.

Inventário geral Academia Portuense de Belas Artes (1836-1911)
Inventário alumni (1836-1957)
Inventário alumni (1950-2003)
Inventário pessoal docente (1836-2010)
Diretores da FBAUP: 1836-2014

Livros de Matrículas (1836-1911), com a digitalização dos livros.

Para quem estiver interessado na documentação que integra os processo dos alunos constantes na base de dados do Arquivo da Faculdade de Belas Artes do Porto, eis as informações: 

E-mail dirigido à Dr.ª Isabel Barroso (ibarroso@fba.up.pt), solicitando o acesso à informação pretendida, dando os dados constantes na base de dados e referindo o fim a que se destina.
Pela mesma via, será indicada a marcação do acesso, visto o arquivo ter horário restrito. 
Pode também ser pedida apenas a digitalização/fotocópia São estes os preços dos diversos conjuntos de documentos : 
1 a 5 - 5 €;
6 a 10 - 10€;
11 a 20 - 15€;
21 a 30 - 20€ (etc,).
Pode ser pago por transferência bancária.

11 de novembro de 2015

11 de novembro de 2015 por Maria do Céu Barros comentários
Índice Excel listando os registos paroquiais de terras particulares das localidades de Tombos, Ubá e Dores de Turvo.

Índice Excel do Livro de registro de Terra de Abre Campo de 1856 (zona Da mata Mineira Leste de Minas Gerais)

Os proprietários e posseiros deveriam declarar suas terras para que o Estado as separasse das terras públicas. Partilhado por José Baía, a quem agradecemos.
Os livros digitalizados estão disponíveis para consulta no Arquivo Público Mineiro, seguindo as ligações:

Tombos MG 1855-1857
Ubá MG 1855-1856
Dores do Turvo MG 1855-1856

Originalmente publicado em 12/11/2014


6 de novembro de 2015

6 de novembro de 2015 por Manuela Alves comentários
Partilhado por António José Mendes em Genealogia FB 6.11.2015

Clérigo “in minoribus” -  Esta expressão significa que ele recebeu ordens menores.
O sacramento da Ordem tinha vários graus, alguns dos quais são: prima tonsura, acólito, etc, até sub-diácono, diácono e presbítero.
Os primeiros destes níveis constituíam as ordens menores e os últimos as ordens maiores; nesta estão incluídos, pelo menos, o diácono e o presbítero.
Muitos jovens recebiam ordens menores, sem contudo alguma vez receberem as maiores. Esses eram os "clerigos in minoribus".
A primeira tonsura, suposto que não seja ordem, requeria a habilitação "de genere". Por ela se averiguava se o tonsurado era filho legítimo ou ilegítimo; se os seus ascendentes viviam nos princípios da religião católica; se não eram criminosos de lesa magestade, divina ou humana; e se tinham incorrido em alguma infâmia pública ou pena vil. O mais frequente, era a primeira tonsura ser simultânea com as Ordens Menores. Para estas, era também necessária a habilitação "de vita et moribus" (vida e costumes), i.e. a verificação de que não havia irregularidades na sua conduta

Qualquer homem para ser clérigo "in minoribus" tem de ter ao menos a "Prima Tonsura": é ela que introduz na clericatura. A seguir já poderá ser ordenado hostiário, depois leitor, de seguida exorcista e, por fim, acólito. São estas as ordens menores e todas têm de ser conferidas por um bispo e com elas se gozava do estatuto de Clérigo até à reforma do Código de Direito Canónico com Sua Santidade o Papa João Paulo II.

Giuseppe Maria Crespi, Ordenação (1712)
O subdiaconado, o diaconado, o presbiterado e o episcopado inserem-se nas ordens maiores.
O direito actual só consagra o diaconado o presbiterado e o espiscopado como ordens maiores, e, portanto, só se é clérigo, actualmente, depois da ordenação diaconal.

Os clérigos seculares, depois, portanto da prima tonsura, ficam obrigados à santidade de vida, ao exercício da piedade (oração), obediência ao bispo, ao estudo das disciplinas sagradas, a usar o hábito eclesiástico (batina), a mandar abrir a tonsura na cabeça (sinal da sua escravidão a Deus). Ficam proibidos de coabitar com mulheres que não sejam suas parentes muito próximas (mãe, avós, irmãs, tias), proibidos ainda de tomar ofícios públicos civis, sem a autorização ou do bispo ou da Santa Sé Apostólica; proibidos de praticar artes indecorosas, de praticar a medicina e a cirurgia sem autorização, proibidos de negócios pecuniários e dos jogos de azar, proibidos de entrar e frequentar locais escandalosos. Não estão proibidos de possuir bens próprios (propriedade).
Gozam de privilégios:
- De protecção contra as injúrias;
- Privilégio de Foro, que lhes dá direito a serem julgados apenas em tribunal eclesiástico;
- Privilégio de Imunidade no que toca ao serviço militar e a qualquer serviço civil.

Com os clérigos regulares, as coisas são conforme à regra adoptada pela Ordem a que pertencem, embora gozem dos mesmos privilégios, obrigações e proibições, mas, com certeza, terão outras que a regra lhes recomenda.
por Paula Peixoto comentários

Aviso (17-10-2016): a versão 9030808 do iMacros, lançada em Agosto de 2016, contém diversos problemas que poderão impedir as macros de funcionar correctamente. Caso uma ou mais macros deixem de funcionar depois de actualizar o iMacros para esta versão, a solução é reverter para a versão anterior. Podem instalar versões anteriores a partir da página de extras do Firefox.



ACTUALIZAÇÃO 5/11/2015
As macros para o FamilySearch deixaram novamente de funcionar. Se já instalou o iMacros e as macros para download de imagens, e procura apenas as novas macros para o FamilySearch, pode obtê-las aqui, seguindo o link.  Extraia os ficheiros no zip para o mesmo local onde tem as antigas, normalmente em Documentos\iMacros\Macros, substituindo as antigas por estas.

Se é a primeira vez que vai instalar o iMacros e as macros, continue a ler.


O iMacros é um plugin gratuito para o Firefox, IE ou Chrome, que permite a automatização de tarefas repetitivas, como, por exemplo, o download de imagens dos livros paroquiais. No Chrome, a sua utilização é muito limitada, uma vez que a maioria dos comandos não está implementada para esse browser. Use-o com o Firefox (preferenciamente) ou o IE. 

Faça aqui o download das macros para os livros paroquiais.
Pode também transferir uma cópia do tutorial iMacros que aqui se publica.
Se utiliza bastante o sistema Digitarq e Archeevo, pode também usar estes dois JScripts para o iMacros para download de vários livros seguidos.

Se utiliza o Arquivo Distrital de Vila Real, com esta Macro poderá fazer download de imagens que se encontram no visualizador java do site ADVRL: paroquiais, notariais etc...

Se procura uma alternativa ao iMacros, experimente o GetLinks, uma ferramenta excelente que não exige instalação no browser.

Tutoriais

Clique nas imagens a seguir para visualizar instruções em vídeo

Tutorial em Pdf


Originalmente publicado em 19/5/2015
por GenealogiaFB comentários

Por António Júlio Trigueiros

Nos séculos XVII e XVIII, a liturgia barroca revestia-se de uma grande solenidade e o fausto que rodeava as exéquias, assim como o número de sacerdotes presentes num ofício, é um sinal indicador da qualidade social do defunto. Mas mesmo nos meios rurais, especialmente entre os lavradores mais abastados, eram frequente estes ofícios com duas ou três dezenas de padres.

Gustave Coubert, Funeral em Ornans (1849)


O ofício dos defuntos é parte integrante da Liturgia das Horas ou Ofício Divino, reformado segundo os decretos do Concílio Vaticano II e promulgado por Paulo VI, e compõe-se de quatro partes:
a) Ofício de leitura (que se podia rezar de noite ou de manhã muito cedo e substituiu a antiga hora de matinas)
b) Laudes (que se rezam geralmente no inicio do dia)
c) Hora intermédia (a meio do dia e que substituiu as antigas horas média, terça, sexta e nona)
d) Vésperas (rezadas ao entardecer).
Dentro destas horas há uma hierarquia. As Laudes e as Vésperas são as chamadas horas maiores, e por isso, a sua celebração revestia-se de maior solenidade.

Em que consistiam e consistem ainda estes ofícios? São normalmente cantados, ou apenas recitados, em alternância por dois coros de sacerdotes (daí a necessidade da presença de pelo menos 20 padres para constituírem dois coros) e compõe-se de um hino, dois salmos e um cântico, uma leitura breve (normalmente de uma epístola), um responsório breve, um cântico evangélico (o Benedictus nas Laudes e o Magnificat nas Vésperas), umas preces seguidas da recitação do Padre Nosso e uma oração conclusiva.

O Ofício de nove lições correspondia apenas ao ofício de Matinas, o actual Ofício de Leitura (após o Concílio Vaticano II) e designa-se deste modo porque era composto por nove leituras. Era rezado pelos monges de madrugada antes do romper da alva. Nas exéquias, e com o costume de velar o defunto por toda a noite, começava-se com esse ofício de nove lições o dia do seu enterramento.

Geralmente rezava-se ou cantava-se apenas uma destas horas litúrgicas, dependendo da hora a que se procedia às exéquias. Mas nas pessoas de maior qualidade e especialmente nos sacerdotes era frequente fazer-se todo o ofício. Nem sempre o ofício se fazia no dia das exéquias, podendo muitas vezes por conveniência dos sacerdotes ser celebrado depois.

Nos séculos XVII e XVIII, a liturgia barroca revestia-se de uma grande solenidade e o fausto que rodeava as exéquias, assim como o número de sacerdotes presentes num ofício, é um sinal indicador da qualidade social do defunto. Mas mesmo nos meios rurais, especialmente entre os lavradores mais abastados, eram frequente estes ofícios com duas ou três dezenas de padres.

A esmola deveria ser estabelecida no testamento ou então pelos herdeiros (nos chamados bens de alma) e, muitas vezes, a família ou o pároco tinham ainda que dar a colação que consistiria em servir uma refeição aos oficiantes.
Convém não esquecer que os oficiantes (párocos e sacerdotes das povoações vizinhas) se deslocavam por vezes de longas distâncias. Havia o costume de mesmo durante essa colação/refeição, se rezar pelo defunto. Para tal, o pároco ou o presidente da mesa tomava um garfo e fazia uma oração pelo defunto e passava-o ao vizinho que fazia o mesmo até ao último... (cf. por exemplo, António Gomes Pereira, "Tradições Populares, Linguagem e Toponímia de Barcelos").

Um ofício de 60 padres no século XVII, nada tem de extraordinário. Havia muitos mais padres do que párocos e muitos destes sacerdotes, frequentemente chamados padres "misseiros", viviam precisamente dos estipêndios que recebiam nestes ofícios. Muitas vezes o defunto deixava estipulada a esmola que se deveria dar a cada sacerdote. Nem era necessário que o defunto vivesse à lei da nobreza, bastava ser um lavrador abastado ou um proprietário rural para mandar celebrar este tipo de ofícios.
Ainda nos nossos dias, e apesar da carestia de sacerdotes, é relativamente frequente (no Minho por exemplo) celebrarem-se ofícios de 15 e 20 padres, especialmente nos meios rurais, entre as pessoas mais abastadas.
Os mais ricos mandam celebrar um ofício que, julgo, deverá ter no mínimo 20 padres, e os menos abastados mandam celebrar meio ofício, com metade dos sacerdotes. O ofício muitas vezes começa a ser cantado ainda na estrada, antes de chegar á igreja, pelos sacerdotes revestidos de sobrepeliz, e resume-se hoje ao ofício dos defuntos. Julgo que no passado seria coisa mais solene. É contudo uma celebração cada vez mais em desuso, mesmo nas aldeias.

As missas cantadas, frequentemente referidas nos registos, são missas onde parte ou a totalidade do cânone romano é cantada pelo/s sacerdote/s. Revestem-se de grande solenidade e era e é costume fazerem-se em ocasiões de grandes celebrações, entre as quais se destacavam especialmente as exéquias. As primeiras missas ou missas novas (como se chamam no Minho) eram geralmente cantadas. Em dias de grandes festas religiosas também se costumavam cantar missas, daí a expressão zombeteira do povo "hoje tive sermão e missa cantada"...

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