Repositório de recursos e documentos com interesse para a Genealogia

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13 de outubro de 2018

13 de outubro de 2018 por Maria do Céu Barros comentários

Por Filipe Pinheiro de Campos

Um pai republicano - quase sempre detido pelas ideias revolucionárias -, casado com uma senhora de boas gentes, piedosa e devota, e ele, formado em Coimbra e grande proprietário num concelho do distrito de Santarém, teve quatro filhos. Possivelmente - dizia a minha avó com alguma malícia - nascidos de todas as vezes que o pai teria estado em liberdade, ao que o dito progenitor colocou nomes numa base onomástica claramente republicana. 


A minha bisavó, as tias e as ditas senhoras


A primeira, de nome Liberdade, viria a casar, mas esse enlace cedo se revelou atribulado com frequentes traições do marido; a segunda, por nome Pátria, morreu solteira e quase centenária; a terceira, Democracia, acabou os dias da sua vida num hospital psiquiátrico. O único varão, por nome Portugal, foi exilado político. 

Amigas de colégio e de adultas de minha bisavó paterna, nasceram por volta da década de 90 de Oitocentos tendo eu apenas conhecido a D. Pátria, muito velhinha, encurvada e debilitada mas onde existia algum bom humor.

11 de outubro de 2018

11 de outubro de 2018 por Manuela Alves comentários

Entre as brumas do Passado, uma ascendência inesperada se perspectiva… satisfatoriamente documentada.

Retomemos a genealogia que descobrimos na mensagem anterior, a partir de LUÍS MACHADO DE MIRANDA E CUNHA. com uma breve nota sobre os meus décimos avós.
 

por Manuela Alves comentários
Há cerca de um ano fui confrontada com um surpreendente volte-face na minha genealogia, pelo lado paterno da minha Mãe, ao ler uma Inquirição de Genere de Bento Machado de Sá Miranda, de Vermoim, Famalicão, datada de 1731.

Logo nas primeira páginas caiu-me o coração aos pés quando li, preto no branco, que o habilitando era filho de António Machado Tinoco (primeira vez que vi os dois apelidos juntos) e neto paterno de Luís Machado de Miranda e Cunha, natural de Barcelos, residente em Figueiredo e de Catarina Tinoca, natural da Breia, Vermoim.

Há anos que eu tinha como “pai” de António Machado (simplesmente Machado) Luís Machado de Miranda, morador na Quinta da Breia, em Vermoim, e um genearca ( como o Carlos Silva apelida o seu parente João da Costa Azevedo, de Valmelhorado, Castelões também meu antepassado, por vias travessas) mas não das suas legítimas mulheres…

8 de outubro de 2018

8 de outubro de 2018 por Maria do Céu Barros comentários

Por Rafael Ferrero-Aprato


Um trabalho que me parece de grande valor para quem pesquise antepassados das Caldas da Rainha no século XVI: "Uma vila que gravita em redor de uma instituição assistêncial: a recuperação do património urbanístico do Hospital das Caldas até 1533", dissertação de Mestrado de Miguel Duarte (2008), trabalho de uma qualidade excecional. 

Plano da vila das Caldas da Rainha


Apesar de também se focar noutros aspetos do desenvolvimento da cidade e do seu hospital termal, inclui uma detalhada reconstrução da sua ocupação nas primeiras décadas do século XVI, tendo o autor construído mapas com os nomes dos habitantes, as suas casas e profissões. Tudo a partir de fontes de arquivos locais que não estarão ao dispor de investigadores de outras terras. Falo em particular do Volume II, mas o Volume I também pode ser útil para entender a antiga distribuição de paróquias dos atuais concelhos de Caldas, Óbidos e outros em redor, que era bastante confusa. 

O trabalho pode ser descarregado aqui: https://repositorioaberto.uab.pt/handle/10400.2/695

kwADLeiria

25 de setembro de 2018

25 de setembro de 2018 por Manuela Alves comentários
Continuação da parte I

Dos Sequeira Machado aos Sequeira Lobo 

1. Teodósia de Miranda Machado, filha de Manuel Machado de Miranda e sua mulher Maria Marques Ferreira, nasceu no Porto, S. Nicolau casou com João de Sequeira Monteiro, filho de Baltasar de Sequeira, natural do Porto, e sua mulher D. Maria dos Santos Nogueira (+ Vermoim, Assento da Igreja, 30.10.1706, viúva). D. Teodósia faleceu, viúva na Quinta da Igreja Velha em  2.11.1755.
Tiveram
2. Alexandre de Sequeira Machado nasceu em Vermoim, lugar da Igreja e foi baptizado a 7.7.1696,  sendo Padrinhos o vigário Ambrósio Pereira e a avó paterna.  Morreu a 17 .11. 1743 em Vermoim, Quinta da Igreja.
Casou em 30.5.1724 em S. Tiago de Castelões com Josefa Joana da Costa de Azevedo, filha primogénita legitima de João da Costa Azevedo, senhor da Quinta de Valmelhorado, em Castelões e da  Quinta da Breia, em Vermoim e de Maria Teixeira, casados em 20.3.1694, em Castelões.
Filhos:
2.1. João José de Sequeira Machado que segue
2.2. Bernardo de Sequeira Miranda nasceu a 27.4.1725 em Vermoim, Quinta da Igreja
2.3. Simão António de Sequeira Machado, Padre,  nasceu a 28.10.1726, Vermoim, lugar da Igreja
2.4. Isidoro nasceu a 12.7.1728, lugar da Igreja
2.5. Maria Angélica nasceu a 27.9.1730 em Vermoim, Quinta da Igreja
2.6. Joana Angélica nasceu a 14 .8. 1734 em Vermoim, Quinta do Assento da Igreja

3. João José de Sequeira Machado nasceu a 22.6.1721 em Castelões e foi bap. a 29 .6. 1721, sendo padrinhos Alexandre Duarte Carvalho,  de Joane e Isabel de Azevedo, filha de João da Costa Azevedo, de Valmelhorado. Faleceu a 16.4.1794 em Vermoim,  na Casa da Igreja e foi sepultado na Capela da Casa.
Casou em  12.3.1757 em Famalicão, Mogege com Maria Joana Bernardes de Azevedo,  baptizada em Famalicão, Mogege, em 14.6.1720,  filha de Domingos Ferreira dos Santos, natural de Guimarães, S. Sebastião e Eugénia Bernardes de Azevedo Magalhães, nascida em Famalicão,  Joane.  D. Maria Joana faleceu viúva  a 21.6.1799 na Casa da Igreja e foi sepultada na Capela da Casa.
Filhos:
3.1. Francisco José de Sequeira, Padre  (*15.12.1757 , Mogege, lugar do Assento- + 10.6.1835, Vermoim, Quinta da Igreja Velha)
3.1 Maria Benedita de Sequeira Machado Miranda e Azevedo  que segue .
3.3 Luís de Sequeira Machado de Azevedo Gusmão ( * 14.2.1761, Vermoim, Quinta da Igreja- +18.12.1843 em Vermoim, Quinta da Florida e foi sepultado na Capela da Quinta. Era casado com D. Maria da Piedade, que morreu em  1.3. 1845 em Vermoim, lugar da Florida
3.4. João António (*5.6.1764, Mogege, lugar do Assento)
4. D. Maria Benedita de Sequeira Machado Miranda e Azevedo nasceu a  8.7.1759 na Quinta da Igreja, em Vermoim e foi baptizada a 16.7.1759, sendo padrinhos Luís Caetano, de Guimarães, casado com D. Maria e D. Maria Angélica, tia da baptizada. Casou a 8 .9.1773 em Famalicão, Vermoim com José Inácio da Silva de Figueiredo Lobo, filho de Manuel da Silva Soares e Ana Luísa do Socorro, nascido em Vila do Conde
Filhos :
4.1.Maria nasceu a 2 .7. 1776 em Vila do Conde 
4.2.Ana nasceu a 2.1.1778 em Vila do Conde
4.3.Maria Inácia de Sequeira nasceu a 21 .5. 1780 em Vila do Conde,  onde casou a 31.3.1807 com Vicente José dos Santos, o Pelicano, natural de Coimbra, viúvo de D- Luísa Micaela, falecida em Vila do Conde em 17.1.1807 e com quem tinha casado em 1775.
4.4.Joana Rita de Sequeira Machado Gusmão Lobo nasceu a 31.5.1783 em Vila do Conde,  morreu a 20 .5. 1838 em Vermoim, Igreja Velha.
4.5. João Inácio Lobo de Sequeira Machado, que segue  
4.6.José nasceu a 4.4.1789 em Vila do Conde.
4.7.Ana Paula de Sequeira nasceu a 30 .6. 1791 em Vila do Conde, R. de S. Bento
4.8. José Inácio de Sequeira Lobo nasceu a 4.3. 1794 em Vila do Conde
4.9. Joaquim Tomás de Sequeira nasceu a 7.3. 1796 em Vila do Conde, R. de S. Bento 

5 João Inácio  Lobo de Sequeira Machado nasceu a 7 .6. 1786 em Vila do Conde  e casou com Ana Narcisa Fonseca Campo Verde, filha de Manuel Carlos dos  Guimarães Bravo Sousa Fonseca Campo Verde e Ana Rosa de Almeida Fogaça Lapa, a 8 .6. 1812 em Vila do Conde, Azurara
Filhos:
5.1,João Inácio  Lobo nasceu a 19.8.1813 em Vila do Conde, Praça Velha
5.2 José Inácio de Sequeira Lobo nasceu em Vila do Conde que segue

6. José Inácio de Sequeira Lobo casou a 28.1.1836 em Famalicão, Vermoim com Maria Joaquina Ribeiro. filha de João José e Luzia Rosa Ribeiro,lavradores caseiros,  nascida em Vermoim, Lugar do Casal  Faleceu a 3.6.1880  na Igreja Velha e foi sepultado na  Capela da Quinta
Filhos :
6.1 João nasceu a 26.2.1836 em Vermoim, Igreja Velha e morreu a 26.5.1836 em Vermoim, Igreja Velha.
6.2 João Inácio de Sequeira Lobo nasceu a 26.7.1837 em Vermoim, Igreja Velha casou com Maria da Conceição Barbosa Dias (*22.12.1827, Vila do Conde) a 18.2. 1855 em Famalicão, Vermoim
Casou com Maria da Conceição, filha de Francisco Ferreira Barbosa e Ana Rita do Sacramento, era viúva do Dr. Francisco António da Silva Pinto, falecido na  Rua Nova, Póvoa de Varzim em 19.6.1853
Filhos de João Inácio de Sequeira Lobo e Maria da Conceição Barbosa Dias
6.2.1 José nasceu a 16.5.1857 em Póvoa de Varzim, Rua Nova
6.2.2  Maria nasceu a 7.7.1861 em Póvoa de Varzim, R. das Trempes
6.2.3 José Inácio da Sequeira Lobo nasceu a 3 Jun., 1864 em Póvoa de Varzim, Praça Nova do Almada
6.2.4 José Maria nasceu a 16.3. 1866 em Póvoa de Varzim, Praça Nova do Almada

6.3 José nasceu a 22.5.1839 em Vermoim, Igreja Velha e morreu a 10.6.1840 em Vermoim, Igreja Velha.
6.4 D. Ana da Piedade Sequeira Lobo nasceu a 4.10. 1840 em Vermoim, Igreja Velha; costureira, casou em 11.9.1876 em Vermoim com o mestre carpinteiro António de Castro Ferreira  nascido cerca 1853 em S. Martinho de Leitões c.g.
Foi mãe solteira de Clementina (*17.2.1867 - + 10.3.1898 ) e de Luís Sequeira Machado (*17.1.1868 , Igreja Velha - +18.1.1944, Vermoim ; em 1912, casado e carpinteiro tem registo de passaporte em Braga para o Rio de Janeiro)
6.5 José Maria (no bap. José Inácio) Ribeiro de Sequeira Lobo nasceu a 18.12.1842 em  Vermoim, Igreja Velha e faleceu, solteiro e vivendo de suas rendas , em 10.3.1898 em Vermoim, lugar de Além do Ribeiro
6.6 D. Emília Rosa de Sequeira Lobo nasceu a 12 .3.1845 em Vermoim, Igreja Velha e casou com Joaquim da Costa, proprietário e analfabeto
6.7 D. Clementina Adelaide (Clementina Joaquina no baptismo) de Sequeira Lobo  nasceu a 21.4.1847 em Vermoim, Igreja Velha; casou em 19.5.1881 em Vermoim com João Correia Palhares, ela, empregada na lavoura e ele lavrador. C.g.
6.8 Vicente de Sequeira Lobo nasceu a 23.11. 1849 em Vermoim, Igreja Velha. Casou  em Vermoim a 28.5.1873 com Maria Augusta Martins, nascida cerca de 1839 em Campeã, Vila Real. C.g.
6.9 Joaquim Tomás de Sequeira Lobo nasceu a 17.12.1855 em Vermoim, Quinta da Igreja Velha e faleceu no Lugar da Breia em 25.4.1882 ; casou em 22.4.1880 com Leonor da Costa ( * cerca 1845 S. Martinho do Vale- + 14.3.1883, Vermoim, lugar da Breia) legitimando pelo casamento 2 filhos, nascidos em  1875 e 1877. Terão ainda filhos nascidos após o casamento. O primogénito deste casal, criado de servir e analfabeto, casará em 1902 na freguesia de Carreira, Famalicão.

24 de setembro de 2018

24 de setembro de 2018 por Manuela Alves comentários

Foi numa das minhas deambulações genealógicas na zona de Castelões, onde ainda residem familiares do meu avô materno e de Vermoim que me deparei com o chamado Palácio da Igreja Velha há já alguns anos. Este nome de Igreja Velha estava associado ao ramo familiar dos Machados Miranda e deixou-me muito curiosa sobre a sua história.



As pesquisas na Internet pouco acrescentaram ao que me tinha contado o meu primo Bernardino, primo direito da minha Mãe, a cuja memória privilegiada muito devo sobre o conhecimento dos meus familiares maternos de Castelões e Vermoim. Assim, não tive outro remédio senão arregaçar as mangas e fazer eu, com a ajuda preciosa de alguns amigos do Genealogia FB, o trabalho.

Eis o que encontrei na Internet:


Palácio da Igreja Velha

O Palácio da Igreja Velha foi construído no ano de 1881, por mãos de privados. Chegou a albergar um Hotel Rural, porém o negócio não vingou e a empresa detentora abriu insolvência. (...) Palácio de estilo barroco com duas torres acasteladas e com capela anexa (Capela S. Francisco de Assis) de estilo neogótico, caso muito raro em Portugal, uma vez que este estilo não se encontra com muita frequência no país.
Fonte Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Imagem Paisagem de Vermoim CC BY-SA 3.0 VitorEmanuelCarvalhoPeixoto - Obra do próprio

No Hotel Rural Palácio da Igreja Velha, está implantada a Capela sob a designação de S. Francisco de Assis. Encontra-se adossada ao edifício, pelo lado Sul e nascente, ocupando a área de 75,5 m2. A Capela constitui, no seu desenho, um bonito exemplar da arquitectura neo-gótica, do séc. XIX, a qual pode ser considerada como caso algo raro. O acesso à porta principal é feito mediante um lanço de dez degraus graníticos, devidamente bocelados. A Capela consta de uma só fachada que é a anterior, onde se observam pilastras assentes em sapatas bem desenvolvidas. Há uma pequena rosácea em forma de cadernas invertidas e com vitrais. Na parte central, mas superior da fachada, domina a torre sineira, apenas com um só lanço e com a fisionomia das torres góticas, com quatro ventanas onde badalam três sinos. Todo o imóvel está equipado com perpianho de grão fino que, pela sua textura, manifesta ser estranho ao solo da jurisdição famalicense.
O interior está formado pelo corpo e presbitério. Naquele há coro-alto e o pavimento é em pinho Flandres. O tecto, em gesso e com artesoados, revela terem estado, na sua execução, mãos hábeis as quais conseguiram um trabalho que se destaca pela qualidade.
O presbitério, pelo contrário, tem lajes de granito.
Há um rodapé, em granito, com a altura de 62 cm, e nas paredes sobrejacentes, placagens em mármore. Para não fugir à normalidade, existe uma sanca em madeira.
O retábulo, de concepção gótica, é em castanho e com trono. No centro do mesmo encontra-se o padroeiro, S. Francisco, imagem que apresenta uma anatomia descritiva de execução muito cuidada. A acolitar esta imagem e em pequenas edículas, sobre plintos, estão as imagens de Nossa Senhora do Rosário e S. ]osé.
Quanto à imaginária, há um fenómeno pouco vulgar. É a existência de peças executadas com uma antecedência superior a um século da construção do imóvel. E, embora não se destaquem pela quantidade, porque são poucas, é pela anotação fiel e exacta do seu barroquismo que se manifesta a qualidade.
São dignas de uma descrição:
Nossa Senhora do Rosário, em madeira, barroca e estofada;
S. José, barroca, policromada e em madeira;
Cristo, madeira, séc. XIX e com uma estrutura anatómica que manifesta ter sido executada por um artista que soube transmitir à obra muita harmonia, equilíbrio nas dimensões e até, uma concepção rara.
Pintura com a iconografia de Nossa Senhora da Conceição, apresentando marcas barrocas e com um ou outro traço como réplica das obras do Murillo.
É de registar, sem dúvida alguma, o asseio e o óptimo estado de conservação do imóvel, bem como a cultura e sensibilidade artística dos seus proprietários, os quais souberam integrar, no seu meio, tanto peças devocionais adequadas, como até decorativas que enriquecem, como é óbvio, a Capela.
Fonte http://www.terrasdevermoim.com/



Manuel Gomes dos Santos Portela, um brasileiro de torna viagem , o construtor do Palácio da Igreja Velha

Em 3 de Junho de 1880, morre na Quinta da Igreja Velha, José Inácio de Sequeira Lobo e é sepultado na Capela da Quinta. É o último de uma linhagem de proprietários desta Quinta, ligados aos Machados de Miranda.
Manuel Gomes dos Santos Portela torna-se, então, o seu proprietário por compra aos seus herdeiros e a ele se deve a construção do edifício que passará a ser conhecido por Palácio da Igreja Velha.

Manuel Gomes dos Santos Portela, segundo dos 11 filhos de Custódio José Gomes e Josefa Emília dos Santos, nasceu a 23.3.1833 na, Rua da Alfândega, em Guimarães e foi baptizado a 26 do mesmo mês e ano na Igreja Paroquial de S. Sebastião. Foram seus padrinhos os avós paternos, Manuel Francisco Portela, natural de S. Nicolau, Cabeceiras de Basto e sua mulher Antónia Maria Gomes, natural de S. Gens de Montelongo, então residentes no lugar de Gondarém, em S. Nicolau de Basto.
Não encontrei o passaporte de Manuel Portela mas sei que em 17.de Setembro de 1855 entrou no porto do Rio de Janeiro, num pequeno cargueiro de cabotagem, provavelmente vindo de Santos, onde aportara de Portugal.
Encontrei-o, depois como sócio de várias firmas, todas elas ligadas ao comércio de fazendas por atacado e também como proprietário de prédios na cidade do Rio de Janeiro.

Quando a mãe morre em 8.3.1878, apenas são vivos 4 filhos: Manuel residente na cidade do Rio de Janeiro, António, dois anos mais novo, residente na cidade de Lisboa, ambos solteiros, o Padre João (1840- 1886), residente com os pais e Maria (1847-1934) casada com Augusto Mendes da Cunha na Rua Nova de Santo António, Guimarães.
Manuel Gomes dos Santos Portela deve ter regressado a Portugal pouco depois, pois a construção do Palácio é datada de 1881, tendo o anterior proprietário sido sepultado na Capela da Quinta da Igreja Velha em Junho de 1880.
De Manuel Gomes dos Santos Portela não há rastos nos livros paroquiais de Vermoim, a indiciar um alheamento da comunidade onde habita. Apenas o óbito de um “brasileiro” na Igreja Velha, talvez um hóspede.

Pelo testamento do pai, proprietário e negociante falecido a 17.7.1888, Manuel Portela recebe a quinta da Fonte Murro em Santa Maria de Pombeiro livre e alodial com o pequeno foro que paga o possuidor dos bens da Bouça da mesma freguesia com todos os móveis e semoventes que lhe pertençam nela existentes tudo no valor de sete contos de reis, as casas em que actualmente vive no Campo de São Francisco livres e alodiais que confrontam para o mesmo campo com o actual número de polícia catorze a dezasseis, fazendo frente para o dito campo juntas e pegadas a outras fazendo frente para a Rua do Anjo hoje juntas e unidas fazendo uma só morada livre e alodial no valor de dois contos e quinhentos mil reis fique tudo nomeado e encabeçado em seu filho Manuel e bem assim já lhe entreguei por doação o casal ou quinta do Moreiro em Nespereira com todas as suas pertenças em cinco contos e seiscentos mil reis por escritura pública e no fim dela por recibo dele selado e reconhecido, quatrocentos mil reis, o que faz a soma de seis contos por conta de sua legítima paterna e materna, fazendo assim estas nomeações acima geral de quinze contos e quinhentos mil reis que trará à partilha e conferência com os seus manos.

Em 8.1.1911, morre na Igreja Velha Manuel Gomes dos Santos Portela, com testamento. Será sepultado no jazigo de família em Guimarães.

E outra vez a antiga Quinta da Igreja Velha mudará de mãos… Mas isso já é outra história que não averiguei em pormenor, porque me interessou, sobretudo, conhecer a história dos anteriores proprietários, recuando até chegar aos meus Machado Miranda.

Fotografia tirada por mim em 2013

Se este assunto vos interessar, continuarei a "história" às "arrecuas" .... que serve também para exemplificar aos mais recentes investigadores da história da família como somos levados a divagações não previstas, suscitadas pelo puro e gratuito prazer de saber pelo saber...

Continua na parte II

31 de agosto de 2018

31 de agosto de 2018 por Manuela Alves comentários
São recorrentes as perguntas sobre os programas genealógicos para a construção de bases de dados e disponibilização de árvores genealógicas, que possam ser partilhadas com outros membros da família, não directamente interessados na investigação, mas nos seus resultados.

Foram criadas condições no grupo Genealogia FB para uma colaboração entre os seus membros no sentido de se entreajudarem para ultrapassar dificuldades inerentes a diferentes percursos de vida e, consequentemente,  saberes.

Assim, no grupo do Facebook Legacy em Português, da responsabilidade de Luís Salreta, simultaneamente responsável pela manutenção da tradução do Legacy e membro do grupo Genealogia FB, começou a ser publicada uma série de pdf's., que constituirão uma espécie de tutorial, destinados aos utilizadores do Legacy em português. Foram pensados e realizados na perspectiva do utilizador comum, não versado na terminologia informática, e no rigor de uma tradução, adaptada tanto quanto possível ao contexto genealógico de PortugaL

Desta parceria - utilizadores - Luís Salreta - no Legacy em português, resulta este tutorial "em fascículos" do Legacy em português, que se enquadra plenamente nos objectivos deste blog.

Introdução_Ecrã_Legacy.pdf
Comecar_Legacy-V1.pdf
Separador_Familia-V1.pdf
Separador_Familia - V2.pdf  
Multimedia - V1.pdf 


Como exportar uma secção específica do ficheiro de família?

Legacy Charting ajuda em português
Autor Pedro Miguel Albuquerque e publicado igualmente por Luís Salreta em Legacy Family Tree em português (grupo fechado)
Orientações enviadas pelo autor Pedro Miguel a quem agradecemos vivamente
  1.  renomear o ficheiro para "LegacyCharting.chm;
  2.  copiá-lo para "C:\Programas(x86)\Legacy9\LegacyCharting" (ou onde quer que o Legacy esteja instalado).
  3.   o .chm é um executável, abre com duplo clique e é o ficheiro de ajuda predefinido do Windows.

 Originalmente publicado em 15.10.2015

17 de agosto de 2018

17 de agosto de 2018 por Manuela Alves comentários
Poucos dias depois de Napoleão ter tido conhecimento da retirada para o Brasil da Corte portuguesa foi decretada a contribuição extraordinária de 40 milhões de cruzados que, segundo Acúrsio das Neves, foi o mais terrível de todos os decretos, o da devastação geral do reino, do saque aos templos e aos bens da Casa Real, do clero, das corporações e dos particulares.

Data de 1 de Fevereiro de 1808 o decreto de Junot Governador de Paris, Primeiro Ajudante de Campo de Sua Majestade, General em Chefe do Exército Francês em Portugal, tornado público por edital a 4 do mesmo mês. Conta José Caetano da Silva Coutinho na Memoria Historica da Invasão dos Francezes em Portugal no anno de 1807, publicada no Rio de Janeiro em 1808, que a lição deste edital fez desmaiar quase todas as pessoas que passavam pelas ruas e se juntavam nas esquinas a certificar-se por seus olhos daquilo que repugnava ao seu entendimento; quase todos voltavam embaçados e mudos, deixando ver na palidez do rosto a desolação de sua alma; e um pobre homem que se deixou soltar algumas palavras contra este edital, que acabava de ler no largo do Quintela, foi logo preso, e por ordem de Junot metido a ferros nas prisões do Castelo [de S. Jorge]. Mas com estes lances de rigorismo não se sufocava o rancor que havia entrado em todos os corações; começou cada um a perder de todo o ânimo e a esperança, detestando e amaldiçoando, pela boca pequena com os seus amigos, a vinda e a entrada de semelhante gente em Portugal.

Do decreto de Junot salientamos os seguintes artigos, referentes à contribuição de guerra sobre todas as corporações de ofícios, quanto aos donos de loja aberta e lugares de venda nas praças públicas e fora delas.

Art. XX. O Juiz do Povo, debaixo das instruções e ordens do Senado, fará uma repartição de contribuição proporcional sobre todas as corporações de ofícios, quanto aos donos de loja aberta e lugares de venda nas praças públicas e fora delas; lançando e fazendo arrecadar por via de execução, e por esta vez, um imposto para a sobredita aplicação. Passar-se-ão recibos ou conhecimentos em forma autêntica a todos os que houverem de contribuir. O Senado fará entregar o produto deste imposto na caixa do Recebedor Geral das Contribuições e Rendas de Portugal, todos os oito dias até a sua inteira satisfação. O mesmo Senado expedirá ordens a todas as Câmaras das províncias da Estremadura, Alentejo e Algarve, para fazerem lançar e arrecadar o mesmo imposto, com esta diferença, que nas províncias os pagamentos serão feitos aos Recebedores Gerais das décimas, que farão as remessas todos os meses ao Recebedor Geral das Rendas e Contribuições até a inteira satisfação.

Art. XXI. O Senado do Porto fará lançar e arrecadar o mesmo imposto e da mesma maneira na cidade do Porto e seu termo; e fica encarregado de obrigar a fazer o mesmo em todas as outras Câmaras das províncias do norte, sobre as quais terá inspecção para este efeito somente.


O Arquivo Histórico Municipal do Porto, a quem agradecemos a colaboração, disponibilizou on line mais esta série documental com interesse genealógico:

Contribuição extraordinária de guerra sobre as corporações de ofícios


 kwADPorto

25 de julho de 2018

25 de julho de 2018 por Manuela Alves comentários
Publicado inicialmente em 5 Agosto 2014
Nem sempre é fácil perceber quais eram concretamente as ocupações profissionais dos nossos antepassados, quando temos a sorte de encontrar os seus registos. Ou porque desapareceram na voragem do tempo - já não precisamos mais de lampionistas para iluminar as ruas- ou porque o seu nome mudou e, portanto, já não reconhecemos o seu conteúdo funcional. Por outro lado, também nos pareceu importante reunir aqui material informativo on line sobre as qualificações exigidas para o exercício de determinadas actividades ao longo dos tempos, facilitando a contextualização adequada às nossas investigações familiares.
Assim iremos reunir sob a etiqueta Profissões todo o material informativo que sobre este assunto fomos tendo conhecimento.


Jorge Miguel Pedreira, Os negociantes de Lisboa na segunda metade do século XVIII
 Negociantes, homens de negócio, capitalistas, comissários de fazendas ou comissários volantes, tratantes, mercadores, tendeiros —para já não falar de almocreves, vendilhões e bufarinheiros—, quantas expressões para designar os agentes do comércio e da finança. À variedade dos termos corresponderá exactamente a diversidade das condições?
É a questão a que o autor do artigo se propõe responder.

Marinha do Nascimento Fernandes Carneiro - Ajudar a nascer: parteiras, saberes obstétricos e modelos de formação: séculos XV-XX

Cristina Rocha  Boticários e Farmacêuticos no século XIX

21 de julho de 2018

21 de julho de 2018 por Manuela Alves comentários

 Amavelmente cedidos pelo Vítor Ferreira, a quem agradecemos, partilhamos a obra Registos paroquiais  da Sé de Tânger

14 de junho de 2018

14 de junho de 2018 por Maria do Céu Barros comentários
Em finais do século XIX, o padre João Gomes de Oliveira Guimarães, Abade de Tagilde, recuperou no Mosteiro do Souto documentação que se encontrava abandonada e em risco de destruição. O documento mais antigo tem a data de 1172. Debruçando-se sobre o seu estudo, publicou em 1896 a monografia «Documentos Inéditos dos séculos XII-XV, relativos ao Mosteiro do Souto». Juntou-lhes ainda os extractos de outros documentos provenientes do mesmo cartório, mas do século XVI.

Cachorrada do mosteiro. Fonte da imagem


Ao conhecimento da documentação do cartório conventual vieram juntar-se os pergaminhos identificados no Arquivo Distrital de Braga (ADB) pelo padre Avelino de Jesus da Costa, que estavam ainda por catalogar. Publica, então, na Revista de Guimarães, no artigo intitulado «Documentos medievais inéditos do mosteiro de Souto (Homenagem ao Abade de Tagilde)» os traslados dos 17 documentos que pertenceram ao núcleo arquivístico do convento e que, por razões que se desconhecem, tinham ido parar ao ADB. Trata-se de documentação muito interessante para os genealogistas, pois menciona 69 padroeiros da igreja de S. Cláudio do Barco, os quais fazem doação da sua quota parte ao mosteiro do Souto. São eles os descendentes dos «Fromarigos», dos «Roages», dos «Alferezes», dos «Salvados» ou dos «Arteiros», que indicam os seus ascendentes até aos avós e, em alguns casos, aos bisavós.

O Arquivo Municipal Alfredo Pimenta (AMAP), tem já online os documentos resgatados pelo Abade de Tagilde, onde estão incluídos os títulos descritivos assim como os traslados dos mesmos. Verificámos, porém, que não se encontram todos os que foram publicados. 

Para além destes, existem mais documentos dispersos pelos arquivos. No AMAP, e na mesma série, foram adicionados outros, já com leitura paleográfica feita por investigadores, entre eles Rui Faria. Pesquisando os termos «Mosteiro do Souto», no ADB, aparecem vários prazos deste convento, com datas a partir de 1594. Não encontrámos na página desse arquivo qualquer menção aos pergaminhos identificados pelo Professor Avelino Jesus da Costa.

A documentação é constituída por vendas, doações, sentenças, escambos, prazos, testamentos, entre outros. Para os interessados, aqui fica a lista do que sabemos existir on line:

PDF's - GUIMARÃES, João Gomes de Oliveira (Abade de Tagilde) - Documentos Inéditos dos Séculos XII-XV, publicado na Revista de Guimarães, 1889/1895
PDF - COSTA, P.e Avelino de Jesus da - Documentos Medievais Inéditos do Mosteiro de Souto (Homenagem ao Abade de Tagilde), publicado na Revista de Guimarães, 1954. 
AMAP - Mosteiro de S. Salvador de Souto - Pergaminhos 1000/1549 
AMAP - Mosteiro de S. Salvador de Souto - Prazos da Comenda do Souto 1670-1674, sem resumo mas com representação digital.
ADB - Mitra Arquiepiscopal de Braga, pesquisa por "Mosteiro do Souto", com resumos, mas sem representação digital.



Sobre o mosteiro
A villa de Sauto pertencera ao conde Sueiro Rodrigues e à condessa D. Gelvira antes de ser doada por Ramiro II, rei de Leão, à condessa D. Mumadona, fundadora do mosteiro beneditino de Guimarães. Aí foi edificada uma igreja com invocação de S. Salvador, que em 1059 aparece já referida no inventário das herdades e igrejas do mosteiro de Guimarães.

Nos documentos que o padre Avelino de Jesus da Costa encontrou no Arquivo Distrital de Braga, ficamos a saber que em 1121 o mosteiro já tinha vida religiosa organizada. Nessa data, Andulfo Doniz, referindo-se à villa que vocatur Sauto de Mulieres monasterium Sancti Salvatoris, reinando D. Teresa, faz-lhe uma ampla doação, de cujo texto se pode conjecturar que o edifício ainda não estava concluído, sendo uma parte da doação destinada a esse fim.

O livro de linhagens do Conde D. Pedro atribuí a fundação do mosteiro a Paio Guterres da Cunha, que o Abade de Tagilde identifica com o Paio Guterres que foi alcaide do castelo de Leiria, cuja defesa lhe fora confiada por D. Afonso Henriques em 1135.  Esta identificação é seguida também por José Matoso e Sottomayor-Pizarro. A ausência de referências aos Cunhas na documentação existente (a mais antiga data de 1257), que é escassa para esse período, não permite afirmar com certeza que Paio Guterres fosse o fundador. Sabe-se no entanto que o alcaide de Leiria teve ligações ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, instituição responsável pela introdução em Portugal da regra de Santo Agostinho e do qual o Norte de Portugal a recebeu na segunda metade do século XII, onde se incluí este cenóbio.

No final da Idade Média, a multiplicação de patronos e comendatários dos mosteiros que daí colhiam rendimentos, aliada à decadência dos costumes, levaram à supressão de muitos conventos. O mesmo aconteceu ao mosteiro do Souto que não resistiu à crise monástica. Em meados do século XV o convento foi convertido em paróquia secular e entregue a administradores particulares. No século XVI foi transformado em Comenda de Cristo.



Bibliografia
Para além dos documentos já citados:
MATTOSO, José - Identificação de um País, Ensaio sobre as Origens de Portugal, 1096-1325, Círculo de Leitores, 2015
SOTTOMAYOR-PIZARRO, José Augusto de – Linhagens Medievais Portuguesas: genealogias e estratégias 1279-1325. Vol. II. 
HERCULANO, Alexandre – Portugaliae Monumenta Historica, Scriptores, Volume I, Fascículo III
CRUZ, António – O Mosteiro do Souto, um cenóbio medieval de Guimarães ao serviço da Terra e do Homem, in I Congresso Histórico – Guimarães e sua Colegiada, Volume 3

kwADBraga


10 de junho de 2018

10 de junho de 2018 por Maria do Céu Barros comentários
Manuscrito seiscentista, disposto e ordenado por Vicente Ribeiro de Meireles, oficial da Secretaria da Junta dos Três Estados, o Promptuário das Terras de Portugal lista «todas as cidades, villas, julgados, concelhos, coutos, honras, aldeias, lugares que tem este Reino, declarandosse de que comarca são, quais são de Donatarios, e quem elles são, quais tem ouvidores, e quais juízes de fora.»

O livro está ordenado por Provedorias «porque como os provedores são os menistros, que só entrão em todas as terras do destricto da comarca, ahinda que sejão de Donatarios, para se incluirem todas, se lançarão neste livro pellas provedorias».

No final contém um índice alfabético das cidades, vilas concelhos e outros, indicando a que comarca pertencem, e as freguesias do Minho, Beira e Trás-os-Montes, por nessas províncias haver muitos lugares e aldeias com o mesmo nome que se distinguem umas das outras pelo nome da freguesia.
Adverte ainda o autor que alguns nomes de terras vão escritas «contra a boa pronunciação e ortografia»,  para respeitar o som com que se nomeiam na Beira e no Minho.

O manuscrito pertence à Biblioteca do Exército que o disponibiliza para download. Também podem descarregar clicando aqui.

Certas de que se trata de uma obra que muitos gostarão de ter na sua Biblioteca, constituí uma ajuda valiosa na identificação de lugares que aparecem nas nossas pesquisas  e que nem sempre são facilmente localizados na divisão administrativa dos nossos dias.

Agradecemos ao Francisco Santos que nos alertou para a existência desta obra online.

9 de junho de 2018

9 de junho de 2018 por GenealogiaFB comentários
Os testamentos, fontes relevantes para a percepção do contexto sócio-económico em que se movimentavam os nossos antepassados, constituem também um repositório de informações que nos permite ter um vislumbre da personalidade dos testadores, de alguns acontecimentos que marcaram as suas vidas, bem como de conhecer outros membros da família. A par dos registos de óbitos, os testamentos possibilitam a reconstrução das suas histórias, indo mais além das datas de baptismo, casamento, e morte.
Esta documentação encontra-se em diversos arquivos. Pretende-se aqui reunir informação sobre a localização de livros de testamentos seja qual for o tipo de arquivo onde possam ser consultados. A informação aqui disponibilizada será actualizada conforme nos forem surgindo, ou comunicados, mais repositórios deste tipo de documentação.


Arquivo Distrital do Porto

Notas para testamentos 1623-08-08/1829-05-04  - Traslados de testamentos efectuados no âmbito das funções e competências da Provedoria.
Registos de notas para testamentos 1750-1870 - Índices dos livros da Provedoria

Penafiel

Arquivo Municipal - Livros de testamentos, alguns digitalizados, 1836 a 1839. Num post separado publicamos o índice Excel para os anos 1835/1837.

Porto

No Arquivo Histórico Municipal do Porto existem 68 livros de testamentos anteriores a 1834,  que integram um conjunto de documentação  referente ao Porto e seu Termo. Esta designação de Termo englobava os actuais concelhos de Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Maia, Gondomar, Paredes, Penafiel e Santo Tirso, sobre os quais o município do Porto teve jurisdição em áreas como a nomeação de funcionários locais, o controlo das actividades económicas, o lançamento e recolha de impostos, a defesa militar e a administração dos serviços de saúde, por exemplo
Embora esses testamentos  não se encontrem digitalizados, e ainda em processo de descrição arquivística,  podemos aceder on line a essas descrições,  onde constam dados com interesse genealógico,  que poderão ser ampliados mediante a solicitação  de  reproduções digitais, que são previamente orçamentadas e pagas através do Multibanco, para quem não quiser ou puder deslocar-se ao Arquivo.

Dica de pesquisa: Em gisaweb.cm-porto.pt/ escolha a opção  Pesquisa Avançada e depois digite em Título Registo  do testamento e em Ano de início de produção de 1800 até 1803 ( datas à sua escolha). Termine clicando em Pesquisar no fundo da página. A pesquisa exemplificada acima devolveu-nos 3727 resultados em 10 de Junho de 2018, entre 1800 e 1820.

No mesmo  Arquivo Histórico Municipal do Porto encontram-se também  os livros  de registo de testamentos cerrados,  apresentados nas Administrações dos dois  Bairros em que a cidade foi dividida com a reforma liberal de 1834. Nestes registos são transcritos os testamentos dos falecidos e confirmada a legalidade dos mesmos.

Registo de testamentos da Administração do Bairro Ocidental 1834/05/01 – 1949/12/30
Registo de testamentos da Administração do Bairro de Santa Catarina
Registo dos testamentos dos falecidos na Freguesia de Santo Ildefonso
Registo de testamentos neste Juízo Conciliatório da Freguesia de São Nicolau
Registo de testamentos da Administração do Bairro Oriental  1869/02/10 – 1950/10/20

Para aceder aos registos individuais, basta clicar no separador Subordinados  para ver os documentos individuais, 6874  no total , 1849 com imagem, no Bairro Ocidental, 7410 no total, 6291 com imagem  no Bairro Oriental, em 8.6.2018

Dica de pesquisa:
Para localizar mais rapidamente um testamento, entre na Pesquisa Avançada, e na caixa Título tecle Testamento + o nome que procura. Se pretende pesquisar apenas nos testamentos digitalizados, marque a opção "Somente documentos com objectos digitais" e clique o botão Pesquisar.

Póvoa de Varzim

Arquivo Municipal - Encontramos apenas um inventário que pode ser consultado neste documento (pag. 6) cobrindo as datas 1788 a 1931.

Vila Nova de Gaia  

Arquivo Municipal Sophia de Melo Breyner - Estão descritos (nome,data, localidade) cerca de 3000 registos de testamentos, sem digitalização.
Como este Arquivo utiliza o sistema GISA, utilizado igualmente pelo Arquivo Histórico Municipal do Porto, as dicas de pesquisa são idênticas, pelo que nos abstivemos de as repetir aqui.

Originalmente publicado em 24-04-2015
kwADPorto

7 de junho de 2018

7 de junho de 2018 por Maria do Céu Barros comentários

A série de Justificações do Reino está integrada de forma autónoma na estrutura interna do Conselho da Fazenda. Ainda não possuí título nem descrição, mas o ANTT iniciou já a indexação da documentação. Assim, na unidade 01 encontram alguns índices de maços com autos de justificação de variadas pessoas para se habilitarem a rendas, heranças, tenças, comedorias, ofícios, etc. Para além de nomes, a documentação pode incluir a filiação, cônjuges, irmãos ou outros parentes, origem geográfica, profissões e outros dados interessantes para Genealogia.

Exemplo do conteúdo desta documentação
Uma vez que a localização da série na página do ANTT não é fácil, dada a ausência de título, deixamos aqui os links para o que já está indexado. 

Concelho da Fazenda - PT/TT/CFZ
Série Justificações do Reino (ainda sem título nem referência) - Unidade 001
Sub unidades que nesta data possuem já maços indexados:
Unidade 01
Unidade 03
Unidade 06
Unidade 13

Para pesquisar dentro desta série: clicar em Pesquisa Avançada e inserir a referência PT/TT/CFZ/001 no campo Referência. Introduzir o nome a pesquisar na caixa Título e clicar no botão Pesquisar.
Para pesquisar por localidades:
1 - inserir a referência PT/TT/CFZ/001 no campo Referência
2 - deixar a caixa Título em branco.
3 - clicar em "Pesquisar noutros campos" para mostrar a caixa Âmbito e Conteúdo.
4 - Inserir  o nome da localidade nessa caixa.
5 - clicar no botão Pesquisar
Em vez da localidade, podem inserir outros termos em Âmbito e Conteúdo.

30 de maio de 2018

30 de maio de 2018 por Manuela Alves comentários
Uma fotografia tirada numa recente viagem aos Açores e partilhado no grupo como uma curiosidade de possível interesse genealógico veio dar lugar a uma frutuosa troca de impressões sobre vários assuntos com o tema relacionados. A esta juntou-se a mais valia da divulgação de um artigo de José Guilherme Reis Leite. publicado no Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, LXIX, LXX, sob o título em epígrafe, feita pelo Edmundo Vieira Simões, a quem agradecemos.



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