As nossas pesquisas nem sempre são lineares,devido a várias razões, nomeadamente o não acesso às fontes, seja por falta de acesso à disponibilização on line, seja pelo simples desconhecimento da sua existência. Muitos dados ficam , assim, incompletos a aguardar confirmação Exemplifiquemos com um caso concreto, que nos permita compreender esta situação, frequente nas nossas pesquisas, e aquilatar da importância do cruzamento dos dados provenientes de fontes diversificadas para reduzir o nosso grau de incerteza. É pertinente recordar aqui um axioma fundamental da pesquisa, a crítica das fontes : o informador sabe o que diz e diz o que sabe? .
No casamento, em 1812, na freguesia de Guiães, Vila Real , de António da Silva e Maria Rosa, esta é referenciada como filha
de Basília Dionísia, de Moimenta da Beira, Passô, sem qualquer referência ao pai. Os registos dos 7 filhos do casal, nascidos entre 1815 e 1831, acrescentam o nome de António da Rocha como pai de Maria Rosa e, portanto, avô materno das crianças.
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Baptismo de um dos filhos de Maria Rosa |
A disponibilização on line dos registos de Passô, Moimenta da Beira permitiram retomar as pesquisas nesta linha. Assim, procurando o assento de baptismo de Maria Rosa, encontraram-se dois registos, relativos ao nascimento de Maria, filha de Basília Dionísia.
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1º registo do baptismo de Maria, onde vem mencionado o pai, inutilizado pelo pároco. |
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2º registo do mesmo baptismo |
Estes assentos são significativos e permitem um cruzamento de informação que vem confirmar e, até acrescentar informação aos referidos registos de Guiães. Nas terras pequenas tudo se sabia, mesmo que as paternidades "oficiais" não pudessem ser registadas...
Publicado em: Fontes, Principiantes-Dicas
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