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5 de agosto de 2014

5 de agosto de 2014 por Maria do Céu Barros comentários
Disponibilizamos aqui ligações para algumas obras da autoria de Maria Adelaide Pereira de Moraes, investigadora e genealogista vimaranense. Tratam-se de documentos publicados no Boletim de Trabalhos Históricos (edição anual do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta) desde 1964. São obras de grande interesse, pelo seu rigor e riqueza de linguagem. Mais do que dar-nos a conhecer a genealogia das diversas famílias que estudou, leva-nos mais longe, até aos cenários onde as suas vidas se desenrolaram, o que torna a sua leitura um verdadeiro prazer. 

Velhas Casas

  1. Título: Velhas Casas I: freguesia de S. João de Ponte, Casal da Ribeira de Cima. PDF
  2. Título: Velhas Casas II: freguesia de Fermentões, Casal de Minotes. PDF (inclui a Casa de Caneiros, a Quinta de Selho de Riba, Casa da Covilhã) - PDF
  3. Título: Velhas Casas III: freguesia de Creixomil, Casa do Costeado. PDF
  4. Título: Velhas Casas (rectificação). PDF
  5. Título: Velhas Casas IV: freguesia de Creixomil, Casa de Laços. PDF
  6. Título: Velhas Casas V: freguesia de Azurém, Casa de Pousada. PDF
  7. Título: Velhas Casas VI: freguesia de Azurém, Casa da Veiga. PDF
  8. Título: Velhas Casas VII: freguesia de Penselo, Casa de Aveleira. PDF
  9. Título: Velhas Casas VIII: Casa do Cano do Salvador. PDF
  10. Título: Velhas Casas (IX): Casa de Sezim (I). PDF
  11. Título: Velhas Casas (X): Casa de Sezim (II). PDF
  12. Título: Velhas Casas (X): o Paço e Honra de Gominhães. PDF
  13. Título: Velhas Casa XI: a do Arco, na rua de Santa Maria, em GuimarãesPDF
  14. Título: Velhas Casas XII Histórias do Palácio de Vila Flor ou Cavalinho - Parte 1 (2005) - PDF
  15. Título: Velhas Casas XII Histórias do Palácio de Vila Flor ou Cavalinho - Parte 2 (2006) - PDF
  16. Título: Velhas Casas A dos Navarros - Arquivo Municipal Alfredo Pimenta - PDF

13. Título: Desceram do monte, atravessaram o mar (Castros de Guimarães e seu termo). PDF
15. Título: «Desceram do monte, atravessaram o mar» - Aditamento. PDF

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19 de julho de 2014

19 de julho de 2014 por Maria do Céu Barros comentários
Estas IG têm especial interesse pela quantidade de dados genealógicos que possuem e pelas informações relativas a antepassados cristãos-novos. Por esse motivo, apesar de nem todos estes processos existirem online, optamos por listá-los na totalidade. As IG que podem ser consultadas no FamilySearch vão referidas na coluna com o mesmo nome.

IG com embargos & purgas

Ver também: O que são Inquirições de Genere

Nota: o ficheiro foi actualizado em 5/3/2015

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26 de dezembro de 2017

26 de dezembro de 2017 por Maria do Céu Barros comentários
A partir do Livro de Prazos do Cabido da Sé de Braga, António Losa, no seu Subsídios para o Estudo dos Judeus de Braga no Século XV,  dá-nos a conhecer a comunidade judaica de Braga no período precedente à expulsão. A maioria, se não a totalidade, seriam inquilinos do Cabido, tanto na Judiaria Velha como na Nova, tendo, por esse motivo, celebrado contractos que o autor transcreve. Na documentação compulsada vão surgindo os nomes hebraicos que a conversão forçada e a expulsão  lançariam no esquecimento.

Rua de Santo António (Judiaria Nova) e Rua do Poço ou de Santa Maria (Judiaria Velha), onde se situava a Sinagoga, em 1750.


A par dos nomes típicamente hebraicos, como Isaac, Jacob, Abraão, Salomão, Samuel, Yuda, Moisés, Mosse, Mouse, Mousém, Menahem, surgem também outros de origem peninsular. Encontram-se ainda nomes desconhecidos entre os apelidos portugueses, como Brafanez, Cema, Tamassas, etc., e outros de óbvia origem galega e castelhana. Uma curiosidade, assinalada pelo autor, é o facto de alguns prazos estarem assinados pelos arrendatários com caracteres hebraicos.

O estudo permite perceber como são ilusórias  as listas de apelidos sefarditas portugueses que se multiplicam online, julgando alguns incautos, baseados somente nos seus apelidos, terem raízes judaicas. Vejamos um exemplo: um ramo da família Brafanez converteu-se, tendo adoptado o sobrenome Barros, nome de origem toponímica e comum a muitos portugueses. Vamos, assim, encontrar um Gabriel de Barros a residir em Ponte de Lima, precisamente num dos prazos transcritos pelo autor.

Prazo de duas casas na rua da Judiaria que até agora era hua só morada, que tinha sido emprazada a Isac Brafanes, que ao depois se chamou Gabriel de Barros morador em Ponte de Lima e a sua mulher Villida, que ao depois se chamou Branca Pereira, feito de hua a Fernam Bravo, e a duas pessoas; e da outra casa a Águeda Anes irmãa do dito Fernam Bravo e a duas pessoas. Não falla em Laudemio. 14 de Fevereiro de 1500.

Logo a iniciar o estudo, refere o autor que, «contrariamente ao que acontece com os de outras terras minhotas - Guimarães e Barcelos, por exemplo - os judeus de Braga não têm história». Não têm história porque não deram que falar, não existiu entre eles «nenhuma sumidade, quer no campo das letras, quer no das ciências, quer em qualquer outro domínio», nem tão pouco nos chegaram ecos «das calamidades que se abateram sobre os filhos de Israel, sobretudo no decorrer so séc. XV». No entanto eles não escaparam à perseguição e exílio. Frei Pantaleão de Aveiro, no seu Itenerário da Terra Santa e suas particularidades, refere que não teriam ainda  «passado vinte casas quando de uma delas saem cinco, ou seis Judeus Portugueses, dizendo com grande alvoroço um deles: Padre Fr. Pantaleão, quem vos trouxe cá, quem havia de cuidar que viríeis a esta terra? (...) acudiram logo outros das suas lojas com muita alegria, e com eles um moço de bem pouca idade, que por me dizer, não haver dois anos, que saíra de Portugal, lhe perguntei donde era, e porque se ausentara. Disse-me ser natural de Braga, e que fugira, porque queimaram seu pai e tinham presa sua mãe».

Losa, António, Subsídios para o Estudo dos Judeus de Braga no Século XV (pdf)
I Congresso Histórico de Guimarães e sua Colegiada (1980), Volume V

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25 de junho de 2019

25 de junho de 2019 por Maria do Céu Barros comentários
Dissertação de Maria da Conceição Costa Carneiro, onde vêm referidas muitas pessoas moradoras em Braga, como denunciantes ou denunciados, as suas profissões, moradas, crimes, etc. Contém ainda algumas árvores genealógicas. O PDF é pesquisável.

Árvore da família Saraiva



Resumo
A visitação inquisitorial, estabelecida pela primeira vez de forma sistemática no Regimento do Santo Ofício de 1552, foi de uma extraordinária importância e as implicações a ela inerentes tornaram-se sinais reveladores do poder concentrado nas mãos dos tribunais que, através delas inspeccionavam o estado espiritual / moral da população sob a sua jurisdição com vista a uma correcção dos desvios encontrados isto é a uma reforma a nível temporal e espiritual.

A visita tomava-se importante pelo medo e pela pressão psicológica a ela inerentes, pelas penas impostas e pelo objectivo de terminar com qualquer foco de heresia.

Veremos que apesar da importância dos cristãos-novos que constituíam, sem dúvida, o foco de incidência da acção inquisitorial, veremos ainda, a Inquisição julgar outros casos - Sodomia, solicitação, proposições reveladoras de desrespeito pelo Santo Ofício, feitiçaria , bigamia e outros delitos que estão patentes nos livros de confissão, no próprio livro da visitação, nos livros de autos-de-fé, nos processos inquisitoriais desencadeados e num conjunto de informações que nos são dadas a conhecer quer através da análise de documentos referentes à Inquisição de Coimbra quer de documentos relativos à Inquisição de Lisboa.

Assim, o trabalho teve como ponto de partida o Livro N° 666 de Coimbra referente à visitação de Entre Douro e Minho cujo itinerário começou em Aveiro em 16 de Fevereiro de 1618, seguindo o Porto, Vila do Conde, Barcelos, Braga , Viana do Castelo, Caminha, Valença, Monção, Ponte de Lima, Guimarães, sendo interrompida a 10 de Dezembro de 1618 quando o inquisidor foi chamado a Madrid. Esta só recomeçou a 28 de Fevereiro de 1620 em Amarante, depois Vila Real e por fim Lamego a 9 de Maio de 1620.  

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7 de janeiro de 2016

7 de janeiro de 2016 por Paula Peixoto comentários

Registo Passaportes - ADB

Nota- as palavras encontram-se sem qualquer acentuação, tal como são apresentadas no Arquivo Distrital de Braga.


LIVROS DE REGISTO DE PASSAPORTES
Arquivo Distrital de Braga
DATA ÍNDICE
07/12/1868 A 11/04/1871 Excel
30/10/1873 A 20/11/1881 Excel
26/05/1877 A 04/07/1882 Excel
04/07/1882 A 31/05/1886 Excel
01/06/1886 A 23/10/1888 Excel
24/10/1888 A 20/11/1890 Excel
20/11/1890 A 02/11/1892 Excel
03/10/1893 A 01/02/1896 Excel
01/02/1896 A 06/02/1899 Excel
07/02/1899 A 27/10/1902 Excel
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14 de junho de 2018

14 de junho de 2018 por Maria do Céu Barros comentários
Em finais do século XIX, o padre João Gomes de Oliveira Guimarães, Abade de Tagilde, recuperou no Mosteiro do Souto documentação que se encontrava abandonada e em risco de destruição. O documento mais antigo tem a data de 1172. Debruçando-se sobre o seu estudo, publicou em 1896 a monografia «Documentos Inéditos dos séculos XII-XV, relativos ao Mosteiro do Souto». Juntou-lhes ainda os extractos de outros documentos provenientes do mesmo cartório, mas do século XVI.

Cachorrada do mosteiro. Fonte da imagem


Ao conhecimento da documentação do cartório conventual vieram juntar-se os pergaminhos identificados no Arquivo Distrital de Braga (ADB) pelo padre Avelino de Jesus da Costa, que estavam ainda por catalogar. Publica, então, na Revista de Guimarães, no artigo intitulado «Documentos medievais inéditos do mosteiro de Souto (Homenagem ao Abade de Tagilde)» os traslados dos 17 documentos que pertenceram ao núcleo arquivístico do convento e que, por razões que se desconhecem, tinham ido parar ao ADB. Trata-se de documentação muito interessante para os genealogistas, pois menciona 69 padroeiros da igreja de S. Cláudio do Barco, os quais fazem doação da sua quota parte ao mosteiro do Souto. São eles os descendentes dos «Fromarigos», dos «Roages», dos «Alferezes», dos «Salvados» ou dos «Arteiros», que indicam os seus ascendentes até aos avós e, em alguns casos, aos bisavós.

O Arquivo Municipal Alfredo Pimenta (AMAP), tem já online os documentos resgatados pelo Abade de Tagilde, onde estão incluídos os títulos descritivos assim como os traslados dos mesmos. Verificámos, porém, que não se encontram todos os que foram publicados. 

Para além destes, existem mais documentos dispersos pelos arquivos. No AMAP, e na mesma série, foram adicionados outros, já com leitura paleográfica feita por investigadores, entre eles Rui Faria. Pesquisando os termos «Mosteiro do Souto», no ADB, aparecem vários prazos deste convento, com datas a partir de 1594. Não encontrámos na página desse arquivo qualquer menção aos pergaminhos identificados pelo Professor Avelino Jesus da Costa.

A documentação é constituída por vendas, doações, sentenças, escambos, prazos, testamentos, entre outros. Para os interessados, aqui fica a lista do que sabemos existir on line:

PDF's - GUIMARÃES, João Gomes de Oliveira (Abade de Tagilde) - Documentos Inéditos dos Séculos XII-XV, publicado na Revista de Guimarães, 1889/1895
PDF - COSTA, P.e Avelino de Jesus da - Documentos Medievais Inéditos do Mosteiro de Souto (Homenagem ao Abade de Tagilde), publicado na Revista de Guimarães, 1954. 
AMAP - Mosteiro de S. Salvador de Souto - Pergaminhos 1000/1549 
AMAP - Mosteiro de S. Salvador de Souto - Prazos da Comenda do Souto 1670-1674, sem resumo mas com representação digital.
ADB - Mitra Arquiepiscopal de Braga, pesquisa por "Mosteiro do Souto", com resumos, mas sem representação digital.



Sobre o mosteiro
A villa de Sauto pertencera ao conde Sueiro Rodrigues e à condessa D. Gelvira antes de ser doada por Ramiro II, rei de Leão, à condessa D. Mumadona, fundadora do mosteiro beneditino de Guimarães. Aí foi edificada uma igreja com invocação de S. Salvador, que em 1059 aparece já referida no inventário das herdades e igrejas do mosteiro de Guimarães.

Nos documentos que o padre Avelino de Jesus da Costa encontrou no Arquivo Distrital de Braga, ficamos a saber que em 1121 o mosteiro já tinha vida religiosa organizada. Nessa data, Andulfo Doniz, referindo-se à villa que vocatur Sauto de Mulieres monasterium Sancti Salvatoris, reinando D. Teresa, faz-lhe uma ampla doação, de cujo texto se pode conjecturar que o edifício ainda não estava concluído, sendo uma parte da doação destinada a esse fim.

O livro de linhagens do Conde D. Pedro atribuí a fundação do mosteiro a Paio Guterres da Cunha, que o Abade de Tagilde identifica com o Paio Guterres que foi alcaide do castelo de Leiria, cuja defesa lhe fora confiada por D. Afonso Henriques em 1135.  Esta identificação é seguida também por José Matoso e Sottomayor-Pizarro. A ausência de referências aos Cunhas na documentação existente (a mais antiga data de 1257), que é escassa para esse período, não permite afirmar com certeza que Paio Guterres fosse o fundador. Sabe-se no entanto que o alcaide de Leiria teve ligações ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, instituição responsável pela introdução em Portugal da regra de Santo Agostinho e do qual o Norte de Portugal a recebeu na segunda metade do século XII, onde se incluí este cenóbio.

No final da Idade Média, a multiplicação de patronos e comendatários dos mosteiros que daí colhiam rendimentos, aliada à decadência dos costumes, levaram à supressão de muitos conventos. O mesmo aconteceu ao mosteiro do Souto que não resistiu à crise monástica. Em meados do século XV o convento foi convertido em paróquia secular e entregue a administradores particulares. No século XVI foi transformado em Comenda de Cristo.



Bibliografia
Para além dos documentos já citados:
MATTOSO, José - Identificação de um País, Ensaio sobre as Origens de Portugal, 1096-1325, Círculo de Leitores, 2015
SOTTOMAYOR-PIZARRO, José Augusto de – Linhagens Medievais Portuguesas: genealogias e estratégias 1279-1325. Vol. II. 
HERCULANO, Alexandre – Portugaliae Monumenta Historica, Scriptores, Volume I, Fascículo III
CRUZ, António – O Mosteiro do Souto, um cenóbio medieval de Guimarães ao serviço da Terra e do Homem, in I Congresso Histórico – Guimarães e sua Colegiada, Volume 3

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24 de julho de 2014

24 de julho de 2014 por Manuela Alves comentários
Índice Livros Mistos Concelho Barcelos FS

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15 de janeiro de 2019

15 de janeiro de 2019 por Maria do Céu Barros comentários
Continuando a publicação daquilo que vamos encontrando relativo a Prazos, fontes indispensáveis em Genealogia, trazemos aqui mais uma série, sobretudo dirigida aos que pesquisam no Entre Douro e Minho, mas não só.
Antigo Paço Episcopal Bracarense


O ofício do Registo Geral da Mitra Arquiepiscopal de Braga foi criado pelo Arcebispo Dom Frei Agostinho de Jesus no ano de 1590. Nele se encontram os livros onde se registavam as bulas apostólicas, cartas de ordens, títulos de prazos, tombos das igrejas, licenças de curas, dispensações, demissórias, sentenças e demais papéis mandados passar pelo Arcebispo.

O índice que aqui disponibilizamos foi elaborado a partir do que já se encontra descrito no Arquivo Distrital de Braga, resultado de uma pesquisa no Registo Geral pelo termo "prazo". Não fizemos quaisquer actualizações ou correções, apenas completámos alguns dados em falta, pelo que:
  1. Os nomes das freguesias e concelhos não contêm cedilhas, acentos, nem as preposições de, do, da, etc. Assim, se pretenderem pesquisar, por exemplo, Valpaços, usem Valpacos; Viana do Castelo usem Viana Castelo, etc. Para facilitar, o índice vai ordenado por concelho/freguesia/data, mas podem ordenar por qualquer outra coluna
  2. Note-se, ainda, que na documentação manuscrita nem sempre é fácil identificar correctamente os topónimos, sobretudo os que se referem a lugares dentro das freguesias, como são os nomes de Casais. Caso não se encontre o topónimo pesquisado, é aconselhável procurar dentro da freguesia toda, uma vez que poderá estar mal identificado.


Armas do Arcebispo Primaz

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24 de julho de 2014

24 de julho de 2014 por Manuela Alves comentários
Índice Livros Mistos Concelho Braga

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9 de novembro de 2017

9 de novembro de 2017 por Maria do Céu Barros comentários
Publicada no Boletim de Trabalhos Históricos, está online, na página do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, mas dividido em vários pdf's, uma lista de crianças expostas. O trabalho não tem indicação de autor, nem da fonte primária.

Os pdf's não são pesquisáveis e a ortografia é a da época, pelo que não é possível pesquisar dentro deles. Têm no entanto a vantagem de estarem ordenados cronologicamente.

Entrada dos engeytados da villa de Guimarães e seu termo, desde 1745 a 1850*

1745 a 1746 - Revista: Vol. XII, 1949-1950, p.160-192
1746 a 1747 - Revista: Vol. XIV, 1952, p.73-96
1747 a 1749 - Revista: Vol. XIV, 1952, p.161-192
1749 a 1750 - Revista: Vol. XV, 1953, p.158-179
1751 a 1751 - Revista Vol. XVI, 1954, p. 71-84
1751 a 1752 - Revista: Vol. XVI, 1954, p.180-192
1752 a 1753 - Revista: Vol. XVII, 1955, p.142-169
1754 a 1754 - Revista: Vol. XVIII, 1956, p. 129-142
1755 a 1757 - Revista: Vol. XIX, 1957, p. 108-135
1758 a 1761 - Revista: Vol. XX, 1958, p. 149-191
1761 a 1762 - Revista: Vol. XXII, 1962, p. 128-150
1763 a 1763 - Revista: Vol. XXIII, 1963, p. 58-69
1764 a 1765 - Revista: Vol. XXIV, 1964, p. 74-99
1766 a 1767 - Revista: Vol. XXV, 1965, p. 122-146
1768 a 1768 - Revista: Vol. XXVI, 1966, p. 237-246
1769 a 1769 - Revista: Vol. XXVII, 1967, p. 183-197
1770 a 1770 - Revista: Vol. XXVIII, 1975-1977, p.254-266
1771 a 1771 - Revista: Vol. XXIX, 1978, p.157-166
1772 a 1772 - Revista: Vol. XXX, 1979, p.305-317
1773 a 1773 - Revista: Vol. XXXI, 1980, p.241-253
1774 a 1774 - Revista: Vol. XXXII, 1981, p.204-216
1774 a 1744 - Revista: Vol. XXXIV, 1983, p.297-309
1775 a 1775 - Revista: Vol. XXXV, 1984, p.259-271
1776 a 1776 - Revista: Vol. XXXVI, 1985, p.349-359
1777 a 1777 - Revista: Vol. XXXVII, 1986, p.251-264
1778 a 1778 - Revista: Vol. XXXVIII, 1987, p. 247-259
1779 a 1779 - Revista: Vol. XXXIX, 1988, p.339-357
1780 a 1780 - Revista: Vol. XL, 1989, p.289-306

* Não encontramos mais publicações desta série posteriores a 1780

Actualizado em 15-06-2020
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30 de outubro de 2014

30 de outubro de 2014 por Maria do Céu Barros comentários

Actualização: para pesquisa directa online nos nossos índices pode também utilizar-se a ferramenta que desenvolvemos para esse efeito em Pesquisa de Inquirições de Genere do ADB disponíveis no FamilySearch, a qual permite acesso directo aos documentos digitalizados. Os índices excel, mais abaixo, não contêm esses links e poderão estar desactualizados.

Ver também: O que são Inquirições de Genere

---------

Quando fizemos a primeira indexação dos processos de Inquirição de Genere do Arcebispado de Braga existentes no FamilySearch, apercebemo-nos de que nem sempre estavam correctamente arquivados na freguesia, concelho, e até mesmo distrito. Na última actualização, verificámos também que houve processos que foram transferidos de freguesia, em alguns casos de concelho. Estas discrepâncias dificultam a localização dos processos que nos interessam, para além de nos induzirem em erro, já que o documento pode de facto estar disponível para consulta, mas não o encontramos porque está no local errado.

Cabeceira da Sé Primaz

Por esse motivo, elaboramos um Índice Geral, com poucos dados para não sobrecarregar o ficheiro, a fim de tornar possível a rápida localização de um processo. Podem, por isso, a partir desta página, saber se o processo que procuram está ou não disponível para consulta online, e o local exacto onde se encontra. 

A estrutura do FamilySearch (FS) é: Localidade 1, Localidade 2, Localidade 3 e Pasta, correspondendo, respectivamente, a País ou Distrito, Concelho, Freguesia e Processo. 

Se o processo que procura estiver no índice que aqui disponibilizamos, pode consultar o respectivo documento dirigindo-se ao índice do FS. Se preferir obter mais dados antes de o fazer, pode consultar também os nossos índices pormenorizados, onde encontrará o nome dos pais e outras informações.

No caso de detectarem algum erro, agradecemos o favor de nos informarem para que possa ser rectificado.

Para os menos experientes no Excel, incluímos, mais abaixo, algumas dicas de pesquisa neste documento.



Pesquisa de Processos de Inquirição de Genere


  Para ver esta aplicação numa janela maior, clique no ícone 


Dicas de pesquisa no documento Excel online


Não é necessário transferir o documento apenas para fazer uma pesquisa rápida. Pode ser feito directamente nesta página. Para saber se um determinado processo existe no FamilySearch, siga os passos no exemplo seguinte.

1- Supondo que sabe qual o número de processo que deseja procurar, clique nos elementos realçados a vermelho nesta imagem:

Para além de "É igual a..." existem outras opções que pode escolher.

2 - Tecle o número de processo e clique OK


Se o processo existir, aparecerá destacado no documento.

3 - Para voltar a mostrar a lista completa, limpe o filtro de coluna:


NOTA: Pode também procurar por nome, freguesia, ou concelho, escolhendo a respectiva coluna. O procedimento é idêntico para qualquer uma delas. Lembramos que nem todos os nomes aparecem com acentuação e cedilhas, e que não foram incluídas as preposições de, da, dos, das, etc.,tal como também não as inclui o ADB. Assim, se quiser procurar, por exemplo, um "António da Silva", tecle "António Silva". Se não obtiver resultados, tente com "Antonio Silva".

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28 de junho de 2015

28 de junho de 2015 por Paula Peixoto comentários
Índice de solicitações de passaportes,do ADB, cujo os processos se encontram online para consulta no Family Search em: http://goo.gl/5iKezN

Passaporte familiar, 1945

ANO ÍNDICE ÚLTIMA ACTUALIZAÇÂO
1890
ExcelNovembro 2014
1891
ExcelNovembro 2014
1892
ExcelNovembro 2014
1893
ExcelNovembro 2014
1894
ExcelNovembro 2014
1895
ExcelNovembro 2014
1896
ExcelNovembro 2014
1897
ExcelNovembro 2014
1898
ExcelNovembro 2014
1899
ExcelNovembro 2014
1900
ExcelNovembro 2014
1901
ExcelNovembro 2014
1902
ExcelNovembro 2014
1903
ExcelNovembro 2014
1904
ExcelNovembro 2014
1905
ExcelNovembro 2014
1906
Novembro 2014
1907
21.11.2014
1908
29.11.2014
1909
01.01.2015
1910
15.06.2015
1911
28.06.2015


originalmente publicado em 15/9/2014
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5 de outubro de 2021

5 de outubro de 2021 por Maria do Céu Barros comentários
Tese de Mestrado de Sandra Martins,  que poderá interessar aos que pesquisam na zona de Braga, com a lista de cargos, a sua descrição e nomes da governança da cidade, no período em estudo. Chamamos a atenção para os anexos, onde encontram uma tabela dos prazos do Livro de Prazos da câmara entre 1428 a 1498, assim como a lista dos cargos concelhios e seus detentores 1469-1498.

Mapa de Braunio de finais do século XVI

Da Introdução da tese:
A presente dissertação de mestrado em História Medieval tem por objetivo apresentar o funcionamento do Concelho bracarense e simultaneamente proceder à caracterização sociológica, económica e política da elite governativa respetiva, na segunda metade do século XV. Em particular, pretendemos centrar-nos em questões como a periodicidade das vereações e o espaço físico onde se reuniam, mas também quais eram os principais cargos concelhios e quem eram os homens que os desempenhavam, que ligações havia entre eles (familiares, amizade, vassalidade), e até mesmo o tipo de relações que mantinha a instituição concelhia com outros poderes locais, nomeadamente com o Arcebispo e Cabido, bem como com o poder central.


O Concelho de Braga na segunda metade do século XV: O governo d’Os homrrados cidadaaos e Regedores - Dissertação de Mestrado de Sandra Raquel da Silva Oliveira Martins - Repositorium da Universidade do Minho, 2013.


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22 de julho de 2014

22 de julho de 2014 por Manuela Alves comentários
Índice dos Livros Mistos do Concelho de Famalicão
A reunião de vários Livros Mistos num ficheiro único do Family Search, aliada à frequente desordenação dos registos imputável aos párocos, levaram-me a criar, para uso próprio, indices que me facilitassem a procura dos que me interessavam. É o resultado desse trabalho que eu começo a partilhar aqui.
Seria muito bom e, todos ganharíamos com isso, que cada um dos membros deste grupo contribuísse com a sua quota-parte, por muito pequenina que fosse, um livro apenas, para  este projecto.
Em vez de procurar completar o concelho de Famalicão, optei por partir para outro concelho, onde tambem tenho antepassados, diversificando assim a oferta.
Conto convosco! Quanto à maneira de o fazerem, não dou palpites, pois a minha inexperiência nesta forma de comunicação e partilha não me permitem. Mas a Maria do Céu,ou outros membros do grupo,   certamente indicarão as melhores formas.

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27 de maio de 2019

27 de maio de 2019 por Paula Peixoto comentários
A consulta de jornais e revistas da época pode servir como um veículo de informações para as nossas pesquisas genealógicas ou para proporcionar uma contextualização interessante aos nossos álbuns de memórias familiares que queremos deixar aos nossos filhos ou netos.
Assim, resolvemos criar uma gaveta no nosso blog onde iremos colocar as ligações, que formos encontrando, para acederem à imprensa digitalizada.
A lista está dividida em Nacionais, Locais e Além-mar onde se incluí também a imprensa do Brasil e outros.

Capa da Ilustração Portuguesa 12/5/1923 2ª Serie nº 899 (Pormenor)


N.B. Há mais jornais nos arquivos que podem ser consultados. Esta lista é apenas dos que se encontram online.

NACIONAIS

Arquivo Histórico Parlamentar - Diários e Actas dos Debates Parlamentares

Biblioteca Nacional de Portugal
Publicações Periódicas Digitalizadas

Diário da República Electrónico - Desde 5 De Outubro De 1910


LOCAIS

DISTRITO DE AVEIRO




DISTRITO DE BRAGA
Universidade Católica Portuguesa - Braga
Ilustração Católica 

Biblioteca Digital - Jornais de Braga

Casa de Sarmento - Núcleo de Documentação Abade de Tagilde, Guimarães

Arquivo Municipal Alfredo Pimenta
Notícias de Guimarães 1932-2012

Arquivo Municipal da Póvoa de Lanhoso
Jornal Maria da Fonte


DISTRITO DE COIMBRA


A Comarca de Arganil Digital - Câmara Municipal de Arganil


DISTRITO DE LEIRIA
Arquivo Distrital de Leiria

Biblioteca Municipal Simões de Almeida, Figueiró dos Vinhos


DISTRITO DE LISBOA
Diário de Lisboa - Fundação Mário Soares

Hemeroteca Municipal de Lisboa
Hemeroteca Digital

DISTRITO DO PORTO
Biblioteca Municipal do Porto

Biblioteca Municipal José Régio - Vila Do Conde

Arquivo Municipal Sophia de Melo Breyner - V.N. de Gaia


DISTRITO DE VIANA DO CASTELO
Arquivo Municipal de Ponte de Lima
Jornais Locais Ponte do Lima

Biblioteca Municipal de Viana do Castelo
Publicações Periódicas Digitalizadas

AÇORES
Centro de Conhecimento dos Açores - Biblioteca Digital
Por título (clicar em "Ver todos")


MADEIRA
Arquivo Regional da Madeira Digital


ALÉM-MAR

BRASIL
Biblioteca Nacional Brasileira

JusBrasil


TIMOR
Boletim Oficial de Timor - Arquivo Histórico Ultramarino


Sugerimos ainda uma visita à História de Papel, página onde é possível usar vários filtros e listar por localidades os periódicos da Biblioteca Nacional e de outros repositórios.

Algumas ligações foram obtidas na página Mercúrio SubRosa

Inicialmente publicado em 14/04/2015
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30 de dezembro de 2018

30 de dezembro de 2018 por Maria do Céu Barros comentários
De origem certamente eremítica mas cuja existência está assegurada em 1208, o Mosteiro de Santa Maria de Bouro, no concelho de Amares, foi sede de importante couto monástico. Em 1248, anexou a abadia de Júnias, em Montalegre. No início do século XVI estava decadente, sendo restaurado em 1567, com a instauração da Congregação de Alcobaça. O edifício reconstruído no século XVII ficou capaz de alojar 30 monjes.
Fonte: ADB
Fonte da imagem: Direcção Geral do Património Cultural

Na sequência do projecto de reconversão da autoria do arquitecto Souto Moura, é hoje uma das várias Pousadas de Portugal instaladas em imóveis de valor patrimonial.

O Arquivo distrital de Braga possuí no seu acervo algumas Inquirições de Genere deste mosteiro, não digitalizadas, mas já descritas. Por serem muito poucas, transcrevemos aqui o que existe:

00001 Inquirição de genere de Jorge Rodrigues 1620-09-23/1620-09-23
  • Filho de António Fernandes e de Catarina Rodrigues. Localidade(s): Maiorca, São Salvador, Figueira da Foz.
00002 Inquirição de genere de Jorge Rodrigues 1620-09-23/1620-09-23
  • Filho de António Fernandes e de Catarina Rodrigues. Localidade(s): Maiorca, São Salvador, Figueira da Foz.
00003 Inquirição de genere de Pedro Fonseca Osório e Jorge Vaz Magalhães 1628-09-30/1628-09-30
  • Filho de Jorge Botelho Sequeira e de Maria Proença. Localidade(s): Mondim de Basto, São Cristóvão, Mondim de Basto.
00004 Inquirição de genere de Francisco Ribeiro 1632-04-03/1632-04-03
  • Filho de António Rocha Ribeiro e de Maria Rocha. Localidade(s): São Martinho, Penafiel.
00005 Inquirição de genere de Manuel Gouveia Faria 1638-04-30/1638-04-30
  • Filho de Manuel Gouveia Faria e de Isabel Garces São Miguel. Localidade(s): Porto, Porto.
00006 Inquirição de genere de Miguel Costa 1646-10-26/1646-10-26
  • Filho de Gabriel Costa Pereira e de Isabel Coelho Veloso. Localidade(s): Ponte da Barca, São João Batista, Ponte da Barca.
00007 Inquirição de genere de Francisco Aranha Pinto 1646-10-26/1646-10-26
  • Filho de Jácome Aranha e de Luísa Pinto Leitão. Localidade(s): Ponte da Barca, São João Batista, Ponte da Barca.
00008 Inquirição de genere de Bento Azevedo 1652-02-
  • Filho de António Azevedo e de Marta Freitas. Localidade(s): Caramos, São Martinho, Felgueiras. Nome religioso: Frei Bento Encarnação.

kwADBraga

26 de julho de 2014

26 de julho de 2014 por Manuela Alves comentários
Índices de Livros Mistos Concelho Celorico Basto

kwADBraga

14 de agosto de 2017

14 de agosto de 2017 por GenealogiaFB comentários

Por Isabel Roma de Oliveira

Entrei na genealogia por acidente em 2005, quando morreram, no espaço de um mês, os meus avós paternos. Desse meu avô herdei inúmeros textos e fotografias, sendo que ele já guardava outros textos dos seus avôs. E assim comecei.


Quinta da Veiga, Padim da Graça

Entre inúmeras gavetas e baús encontrei um texto que fazia referência a uma casa cuja fotografia eu já conhecia. Era a Quinta da Veiga, casa dos avós maternos do meu avô, em Padim da Graça. Nessa casa passavam férias os filhos e os netos do casal José Dias Gomes Braga e Maria Amélia de Faria Couto Gomes Braga, meus trisavós. A fotografia parecia dum local idílico e a descrição acentuava o mito. Em 2006 aventurei-me à procura da casa. Fui a caminho de Braga, depois Tibães, Padim da Graça. Encontrei-a quase sem procurar, numa curva do caminho, um pouco mais “baixa”, porque o nível da estrada subiu bastante. Mas era a tal! Ainda se apresenta imponente, com uma grande fachada lateral, um portão frontal face à estrada e a famosa ramada. Imagino o que terá sido numa época em que a construção era mais escassa.

(fotos: 1876/ 2006)

Casa da Ribeira, Porto

A “mais alta casa de Cimo de Muro”, como toda a gente da família lhe chamava, era a casa dos avós paternos do meu avô paterno. Lá nasceram todos os 16 filhos dos meus trisavós. Lá nasceu o meu avô e os seus 2 irmãos. A casa tem estado toda a minha vida em frente aos meus olhos, mas nunca lá tinha entrado, até ao ano passado. Foi vendida depois da morte do meu bisavô, em 1961, e foi transformada num bloco de apartamentos. Recentemente foi novamente vendida e transformada num hostel. Quando me apercebi, marquei lá encontro com uma prima, trineta, como eu, dos primeiros donos. Pedimos permissão, explicando a nossa história, e visitámos, comovidas, uma casa cheia de memórias nossas, mas não vividas por nós!

(fotos: c. 1860 / atualidade)

Casa da Cisterna, Alfanzina, Lagoa

A Casa da Cisterna começou a ser construída em Maio de 1943, pelo avô materno da minha mãe, num terreno chamado Alfanzina. Originalmente, a parte de Alfanzina pertencente à nossa família, era dos bisavós do meu bisavô, que foi quem veio a herdar a propriedade.

Na empreitada de construção estiveram envolvidos dois pedreiros e o meu bisavô, na época com 33 anos, e que era o responsável por todos os trabalhos. No fim da obra foi ainda contratado um carpinteiro, para executar portas e janelas. Mas os trabalhos acabaram por envolver toda a família. O meu bisavô passou 6 meses a amassar barro, o que lhe valeu a alcunha de “Barrento”. Parte desse barro servia de cola às pedras (decorria a II Grande Guerra, pelo que não havia cimento em Portugal), outra parte era depois colocada em formas, pela mão da minha bisavó, e posta a secar, para fazer os tijolos. As paredes da casa chegavam a ter 50 cm de largura, o que tornava a casa muito fresca. A massa do reboco era uma mistura de cal e areia. No ano da construção toda a parte de trás da casa, virada a Nordeste, ficou rebocada e caiada. A frente ficou em bruto, com um reboco tosco, e só em 1958, aquando da construção do armazém, se aplicou o reboco final e se pintou com a característica cor azul-mar.

A família, à época constituída por pai, mãe e duas filhas, veio habitar a nova residência no final de Outubro de 1943, quando foi concluída a primeira fase da construção. Nessa altura a habitação era composta por uma casa de fora (divisão semelhante a um hall, mas maior e com outras funcionalidades), uma cozinha e um quarto, à direita. Frente à casa de fora surgia um corredor que ligava ao quarto principal e à sala de família, e que terminava na porta principal da casa, virada a sueste e ao mar. No telhado, com acesso pelo lado sudoeste, havia um sótão que servia de palheiro. No início de 1944 foi construída a alpendorada para a burra, o galinheiro e instalações para os coelhos, bem como um quarto de arrumos, que servia de armazém, e que ficava ao fundo da alpendorada. No ano de 1947, em Abril, construiu-se a cisterna. Em 1958, ano em que os meus avós se casaram, foi acrescentado à casa um armazém, no lado da estrada, o que permitiu transformar o quarto de arrumos noutro quarto de dormir. Em 1963 a casa adquiriu o aspeto com que permaneceria por muitos anos, com a construção do alpendre, onde ficava a casa de banho e o forno. A casa de banho era constituída por uma sanita (com ligação a uma pequena fossa) e por um chuveiro manual (basicamente composto por uma balde terminado em chuveiro, que se enchia com água fervida ao lume, elevava-se com a ajuda duma corda e abria-se e fechava-se com uma pequena manivela lateral; o escoamento da água do chuveiro era direta para a rua). Frente ao alpendre existiam ainda uma pocilga e uma estrumeira.

Quando o meu bisavô morreu, a 5 de maio de 1980, a minha bisavó ficou na casa. Como não existiam números de portas, algumas casas tinham nomes, para facilitar a identificação. A nossa casa não tinha... Por essa altura, o carteiro decidiu nomeá-la Casa da Cisterna, devido ao grande impacto que a cisterna de 1947, ao fundo do enorme eirado, causava em quem descia em direção à praia. Em todos os envelopes e postais vinha escrito, de lado, com letra tosca, o nome que a casa adquiriu. E nós passámos a dar a morada com o batismo do carteiro incluído! A 29 de Outubro de 1998 a minha bisavó morreu, sendo que a casa passou a pertencer aos meus avós. Em Julho de 2004 terminaram as obras de recuperação e ampliação. Este foi, e será para sempre, o meu paraíso!

(fotos: 1956 / atualidade)

kwADBraga, kwADPorto, kwADFaro

12 de novembro de 2014

12 de novembro de 2014 por Maria do Céu Barros comentários
COLEGIADA DE NOSSA SENHORA DA OLIVEIRA 
Privilégio das Tábuas Vermelhas 

«Como estes privilégios, concedidos por vários monarcas à Colegiada de Guimarães, constituíam uma das suas mais notáveis grandezas; e porque eram, além disso, os únicos deste género em nosso país, não devo deixar de oferecer aqui uma sucinta notícia a este respeito. Sem falar nas regalias que ao mosteiro de Mumadona dispensaram os réis de Leão, e nomeadamente D. Fernando Magno, o qual em 1049 lhe confirmara já muitos privilégios que esta igreja gozava, dando ao seu abade, neste mesmo ano, toda a jurisdição civil e crime nas terras de S. Torcato, e nas que se estendem entre os rios Ave e Vizela, podemos afirmar que não houve nunca neste reino corporação que recebesse dos seus monarcas mais subidas provas de consideração e respeito, como esta insigne e real Colegiada de Guimarães.




O conde D. Henrique, e seu filho D. Afonso Henriques, que tanto concorreram para o engrandecimento desta igreja - concedendo-lhe e obtendo-lhe de Roma tantas regalias e isenções - foram verdadeiramente suplantados pela magnanimidade de D. João I. Este monarca, tendo obtido do sumo pontífice novos privilégios para esta Colegiada, com os quais muito a exalçara em dignidade e esplendor, usando do seu poder real, engrandeceu com prerrogativas o D. Prior e os cónegos; e concedeu honras e favores a quantas pessoas dependiam desta igreja. 

Para se apreciar a singularidade e importância de tais privilégios, basta dizer-se, que não só os seus priores e cónegos, mas também os seus familiares e domésticos, caseiros e lavradores, estavam isentos do pagamento das fintas e talhas; não eram obrigados a conduzir dinheiros, nem presos; e estavam dispensados de servir quaisquer encargos do concelho: sendo além disto determinado, nas cartas dos mesmos privilégios:

"Que nem lhe tomem mancebo nem manceba, nem os filhos de seus lavradores; nem sejam constrangidos que morem com amo contra suas vontades; nem velem, nem roldem, outrossim; nem uma pessoa de nossos reinos, por poderosa que seja, não pouse com eles, nem com os seus lavradores; nem lhe tomem palhas, nem cebadas, nem roupas, nem galinhas, nem bestas, nem outras nenhumas coisas contra suas vontades; nem paguem em nenhum nosso serviço, que por nós e por nossos concelhos sejam lançados; e outro sim não nos sirvam por mar nem por Terra"». 

Livro de Horas de D. Fernando


«Fulminava-se com a pena de seis mil soldos os que violassem tais privilégios, os quais tão generosamente concedidos a esta igreja, pelos nossos primeiros réis, foram depois confirmados e ampliados por carta de D. João I, em 7 de Novembro de 1423. 

No correr dos tempos, e por ocasião das necessidades do tesouro real, quase sempre motivadas por guerras; o fisco atentava contra tais isenções, querendo obrigar os privilegiados ao pagamento de impostos, e a outros encargos. Mas depois das queixas dos lesados; das representações do cabido; e das inquirições ordenadas pelos soberanos; a Colegiada e os seus ficavam sempre vencedores, como o foram nomeadamente no reinado de D. Afonso V. 

Neste reinado, queixando-se ao monarca o prior, chantre, e cabido, de que as justiças constrangiam certos caseiros, lavradores, domésticos, e servidores desta igreja, a encargos de que estavam escusos; e representando ao mesmo tempo Gonçalo Afonso, contador nos almoxarifados de Guimarães e Ponte de Lima, que a certos indivíduos se não deviam guardar os privilégios; manda el-rei ao dr. Pero Esteves, cavaleiro e ouvidor das terras do duque de Bragança, e a João Gonçalves, escrivão dos coutos na comarca de Guimarães, que soubessem por inquirição, quantas casas, quintas, lavradores, hortelões, domésticos, servidores, mancebos e mancebas tinha a igreja da Colegiada; e quem eram e onde moravam, e quais eram os escusados. 

Colhida a inquirição, e vista por Afonso V com os vedores da sua fazenda; e reconhecendo-se por ela, que à dita igreja sempre foram guardados privilégios aos seus caseiros, lavradores e hortelões - exceptuando onze caseiros e herdades - mandou el-rei, por carta de 21 de Julho de 1455, que além de se respeitarem todas as antigas isenções, a estes mesmos onze caseiros se estendessem; e que em todo o tempo fossem acatados e respeitados. Esta carta, que se guardava no arquivo da Colegiada, escrita em pergaminho, foi encadernada entre duas tábuas cobertas de marroquim vermelho, e encerrada numa bolsa do mesmo marroquim, donde se lhe deriva o título de PRIVILÉGIOS DAS TÁBUAS VERMELHAS; a não ser que provenham antes do facto de serem os casais, e os caseiros privilegiados, inscritos numas tábuas pintadas de vermelho, as quais se guardavam no cabido e casa da câmara, para por estas se saber quais os isentos dos encargos, a que os não privilegiados eram obrigados. »

Livro de Horas de D. Manuel

«Tão assinalados como honrosos privilégios, confirmados em Extremoz em Janeiro de 1497 por carta del-rei D. Manuel, e por outra de D. João III, dada em Almeirim em Fevereiro de 1526, foram generosamente ampliados por alvará de D. João V, a 4 de Março de 1707; o qual, além de sancionar todas as antigas regalias, ordenou mais, que os privilegiados ficassem escusados de todos os tributos sólitos e insólitos, não só a respeito das fazendas foreiras à Colegiada, mas também de todas as mais, que fossem próprias dos mesmos privilegiados. 

Esta ampliação foi cerceada por el-rei D. José, o qual, confirmando por alvará de 20 de Setembro de 1768 todos os privilégios concedidos à Colegiada nos alvarás anteriores ao de 4 de Março de 1707, isentava os bens a ela foreiros, somente da décima e sisa nas vendas; concedendo por esta ocasião aos cónegos o tratamento de senhoria. 

Ainda em 1713, querendo os oficiais da arrecadação incluir os privilegiados no imposto do usual - que era 1$200 réis em cada pipa de vinho - obtiveram estes nova carta, que os isentava disso. 

Por alvará de 11 de Agosto de 1831, foram confirmados todos os privilégios, na forma do alvará de 20 de Setembro de 1768; menos na parte que diz respeito às sisas, cujo privilégio de isenção foi abolido por alvará de 24 de Outubro de 1796, o qual o anulou e caçou a todas as pessoas dos três estados, sem excepção das mais altas dignidades, quer eclesiásticas, quer seculares. 

Estes privilégios foram ainda confirmados por D. João VI em 1823; e chegando a Guimarães tal notícia, a 11 de Dezembro, houve por este motivo três dias de luminárias, com os regozijos do costume.

Finalmente, entrando em Guimarães o exército liberal a 25 de Março de 1834, e principiando desde este dia a executar-se plenamente a Carta constitucional, a qual a ninguém isenta de concorrer para as despesas do estado; nem reconhece privilégios que não estejam inteiramente ligados aos cargos por utilidade pública; ficou então esta Colegiada despojada de tais honras e antiquíssimas regalias. 

Estes privilégios encontram-se textuais e na sua íntegra nas PROVAS DA HISTÓRIA GENEALÓGICA DA CASA REAL.»

_____________
in Revista de Guimarães, 1996, parte II, pp. 312/315

Glossário
Finta - tributo extraordinário que consistia numa determinada quantia, lançado principalmente para obter fundos destinados a obras dentro do concelho, à defesa da localidade e ao envio de procuradores às Cortes. 
Talha - muitas vezes associado à finta era também um imposto concelhio extraordinário.

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