Repositório de recursos e documentos com interesse para a Genealogia

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  • Primeiros passos em Genealogia: como começar, onde pesquisar, recursos disponíveis e outras informações.

  • Apelidos de família: de onde vêm, como se formaram.

  • Índices de passaportes, bilhetes de identidade, inquirições de genere e outros.

30 de julho de 2017

30 de julho de 2017 por GenealogiaFB comentários
Colecção de assentos encontrados "aqui e ali" e que, pela sua invulgaridade, linguagem, ou simples nota de humor - ou ainda por abrirem uma janela para as mentes do passado - achamos por bem reunir. Outros mais se seguirão, na melhor oportunidade. (Clicar nas imagens para aumentar).


Era homem

«Luísa Paula que assim se apelidava e depois de sua morte se descobriu ser homem e não mulher como se inculcava o qual se chamaria Luís cujo sobrenome se ignora como também a sua naturalidade, assim como se casado ou solteiro cujo morava na viela das Liceiras do Mendes...»
Partilhado por Manuela Alves; Fonte: ADPRT, tif 471, 1828

O Mosquito

Digitalizado e preservado para a posteridade.
Partilhado por Sarah Geoffrey, sem indicação de fonte

Nascidos a 30 de Fevereiro

Partilhado por Luís Salreta e Lia F Sete, sem indicação de fonte

Manuel & Manuel

O cansaço e as distracções podiam dar no casamento de um Manuel Rebelo com um Manuel dos Santos...
Partilhado por João Naia da Silva, sem indicação de fonte

A ira do visitador

O pároco era muito trapalhão e negligente, ficando muitos assentos incompletos. O visitador percorreu o livro deixando os seus comentários mordazes por baixo de muitos assentos. Na primeira imagem pode ler-se «A 20 baptizou o mesmo padre a Maria» e logo por baixo a nota do visitador: «e pregar no deserto». Na imagem seguinte, «No mesmo dia baptizei a Simoa filha de» a que o visitador replicou escrevendo: «e malhar em ferro frio». O livro está repleto deste tipo de observações deste bem humorado visitador.
Partilhado por José Pessoa; livro misto 1604 - 1612 de Loreto, Lisboa, tif 179 e 90

Encontro com João de Deus

E a juvenil irreverência dos seus dezassete anos no termo de encerramento de um Livro de Casamentos de S. Bartolomeu de Messines (1677-1699)
«S. Bartolomeu de Messines 31 de Setembro de 1847. João de Deus de Nogueira Ramos.
Estudante de Latim, depois de haver estudado Direito na Universidade!!!!!
Vós oh olhos que por acaso vierem um dia a passar por aqui; lembrai-vos que sempre houve gente desvairada ... .
...aqui, além, acolá, depois de amanhã, logo, depois, até sempre...
Ah! ah!...ah!...ah!...»
Partilhado por Maria Isabel Frescata Montargil, Livro de Casamentos de S. Bartolomeu de Messines (1677-1699)

Feito com gosto, parido com dores

«... apareceu uma criança à porta de Manuel Fragoso da Rua de S. Miguel, embrulhado em uns panos velhos metido em uma cesta e trazia um escrito do teor seguinte = Este menino foi feito com gosto parido com dores criam-no os senhores vereadores foi em xeprado [ensopeado?] chama-se Bento José= e não se continha mais no dito escrito e foi baptizado solenemente em o mesmo dia...»
Partilhado por Manuela Castelão. Fonte: Livro de baptismos de Ovar de 1727- 1733, Tif 0296.

7 casamentos

«... baptizei solenemente um indivíduo do sexo masculino a quem dei o nome de Aniceto que nasceu nesta freguesia (...) filho legítimo primeiro deste nome e do sétimo matrimónio de Joaquim dos Santos Correia...»
Partilhado por Samuel Tomé, sem indicação de fonte.

Comida pelos lobos

«Em o primeiro dia do mês de Fevereiro de mil oitocentos e vinte e sete no Adro da Igreja de Carvide foi sepultado parte do corpo de Maria filha de Manuel Heleno e de Maria Joaquina de idade de doze anos morta e comida pelos lobos no pinhal Manço(?) guardando gado. Para constar fiz este assento que assino»
Partilhado por Carlos Franquinho, leitura de Madalena Campos. Fonte: Óbitos de Carvide, Leiria (não está online).

Uma de muitas mortes de parto

«Teresa Maria Lourença do lugar de Covas desta mesma freguesia, mulher que foi de António Rodrigues, faleceu aos vinte e cinco de Agosto do ano de mil e setecentos e sessenta e três, só com o sacramento da penitência, e este sub conditione, por se duvidar se estava ainda viva porém assegurar o cirurgião que não dava sinais de vida, e morrer de parto trazendo duas crianças, e lhe morrer uma na barriga que levou consigo para a sepultura, e a outra escapou, e se baptizou, e por esta razão não deu lugar a sua tão repentina morte, a se lhe acudir mais cedo, pela qual causa também não fez testamento...»
Partilhado por Belo Marques, sem indicação de fonte



29 de julho de 2017

29 de julho de 2017 por GenealogiaFB comentários

Por Madalena Campos

Foi no “escritório velho”, como era designado, agora numa parte da casa que deixara de ser utilizada, de avô e bisavô do meu marido, que vim a perceber a que me dedicar com entusiasmo nos anos seguintes ao cessar da vida activa.

Fotografia de João Gonçalves


Tendo esse avô sido um homem que arquivava toda a correspondência recebida e expedida, havendo inúmera documentação desde o século XVII referente a prazos, heranças, compras, vendas, processos, diários, fotografias, revistas culturais antigas, recortes de jornais, passaportes, bilhetes de navios, pareceu-me haver em arquivo material suficiente, a constituir uma óptima fonte para continuar o trabalho dum tio padre, o Padre José Monteiro de Aguiar, que já tinha estudado a genealogia de duas casas da família, a do pai e da mãe, com dados que eram do conhecimento familiar, e por pesquisa presencial na Torre do Tombo.

A partir das genealogias dessas duas casas e consultando o etombo, parti à procura dos outros nomes de quem permitira a existência dos meus filhos, pela parte da avó paterna, tendo nessas outras fontes pessoais excelente complemento para perceber a que se dedicavam, com quem interagiam, até a traçar-lhes um perfil.

Foi aliciante ver que muitos desses nomes constavam dos documentos existentes nesse escritório e até outros nomes que fui encontrando nos assentos da freguesia e freguesias limítrofes, permitindo conhecer o relacionamento existente entre eles, em termos de parentesco, de amizade, negociais.

Houve na casa um homem a quem estiveram hipotecadas algumas quintas conhecidas, transmitidas a várias gerações. Um homem de negócios financeiros, efectuados em escritórios do Porto e Lisboa. Foi a esse homem a quem roubaram na ocasião da sua morte uma caixa de moedas de ouro existente perto do seu leito. Há um depoimento feito por filho, padre dominicano, que se encontrava no quarto, por onde passaram muitas outras pessoas, depoimento encontrado nesse escritório.

Há cartas de pais para filhos, de filhos para pais, ajudando a perceber os seus percursos. Diários em que são relatados acontecimentos especiais, como nascimento de filhos, falecimentos de esposas, júbilo por uns e dor por outros; fenómenos naturais ocorridos; caderninhos de receitas, uns, outros com formas de fazer face a maleitas várias, de orações, até de cantigas.

Foi graças a esse escritório que senti o gosto pela pesquisa genealógica de todos os membros da família, por todos os ramos, a que me tenho dedicado, para transformar o passado esquecido no presente em presente dando vida ao passado.


Texto inserido na série Do passado esquecido no presente ao presente dando vida ao passado

27 de julho de 2017

27 de julho de 2017 por GenealogiaFB comentários

Por Maria Isabel Frescata Montargil

Muitos anos passaram desde esta foto até ao dia em que me tornei sua neta… 
Eu, que avó de netos crescidos sou agora !
E, contudo, reconheceria sempre este rosto … a vivacidade, o brilho subjacente nos olhos embaciados. A voz …
Nos muitos dias, nas muitas noites com ela vividas, contava-me histórias de um mundo então já antigo . À luz do candeeiro de petróleo, que o “luxo” da electricidade ainda não existia. Histórias passadas lá longe, na vila; lá longe, na aldeia. Histórias que ouvira, de gente há muito desparecida. Histórias vividas junto ao castelo, salteadores terríveis que apavoravam gentes e povoações. Epidemias de funestas consequências por tempos de guerra e de que ouvira falar … Outras que vivera!
Allan Poe invejaria aquelas noites … Enquanto ajeitava as brasas a esmaecerem na fogueira (para quê a tenaz ? Os (calejados) dedos eram para tal óptimos), olhava-me. Num olhar de malícia e cumplicidade, que viveria para sempre comigo. Soltava uma gargalhada fina, a cortar a noite e os tempos ….



25 de julho de 2017

25 de julho de 2017 por Manuela Alves comentários

Casa do Largo, no Porto

              
Encontrei no Porto Desaparecido esta fotografia, proveniente do Arquivo Histórico Municipal do Porto,  que julgo ser a última da Casa do Largo, a casa dos meus bisavós,  onde eu nasci e, antes  de mim,  os meus tios avós desde 1911, e o meu tio materno Arnaldo José, em 1926.
Quando a casa do Largo da Cividade ou Largo do Corpo da Guarda, passou para a posse dos meus bisavós, em 1911, ainda não estava dividida. Isso só deve ter acontecido depois da morte da minha bisavó em 1920. E na parte dividida, à esquerda, por cima do estabelecimento de armador (funerário)  do meu bisavô José Maria da Silva passou a habitar a D. Lucília, professora primária, e seu marido, o coronel Machado.


2 registos da mesma casa com 30 anos de diferença - a casa foi comprada em 1908 ,pelo meu trisavô, teve obras e só passou a ser habitada pela sua filha única, Berta e sua família em 1911.

E como as memórias são como as cerejas, evocar o passado é também evocar as memórias dos vizinhos que povoaram os espaços dos nossos antepassados e quem sabe, dar pistas a seus eventuais descendentes que nos leiam. E cá deixo um exemplo:
A D. Lucilia era irmã da D. Irene Castro, também professora primária, casada com um advogado, pais do Professor Armando de Castro, da Faculdade de Economia do Porto e  do Dr. Raúl de Castro (e também do Amilcarzinho e da Ireninha, no tratamento familiar que era usado lá em casa). Ah mas há mais memórias. A Dra Isabel Machado, casada como Dr. Octávio Abrunhosa, professora e depois minha colega no Colégio de Nossa Senhora da Esperança, e mãe do Pedro Abrunhosa, era sobrinha do coronel Machado, casado com a D. Lucília (este casal não teve filhos).
E para terminar: na casa pegada, do lado direito vivia o ourives (creio) Guilherme Penafort de Campos, com estabelecimento no rés do chão, pai da amiga de infância da minha Mãe, a Lininha (Carolina) Campos. Esta veio a casar com o Dr. Raul de Castro.

E fica para outra altura uma história deste casal, que, fugido às perseguições da PIDE, esteve escondido  na nossa casa de Gaia, para onde tínhamos ido viver, quando a casa do Largo foi expropriada.


kwADPorto

23 de julho de 2017

23 de julho de 2017 por Maria do Céu Barros comentários
A Biblioteca Digital Hispânica é a biblioteca digital da Biblioteca Nacional de Espanha. Proporciona acesso livre e gratuito a milhares de documentos digitalizados, entre os quais se encontram livros impressos entre os séculos XV e XIX, manuscritos, desenhos, gravuras, folhetos, cartazes, fotografias, mapas, atlas, partituras, imprensa histórica e gravações sonoras.

Livro de Horas de Carlos V, manuscrito iluminado, séc. XVI


Possuí no seu acervo variadas digitalizações de documentos relacionados com Portugal, entre os quais fomos encontrar alguns de rara beleza e interesse. A página está muito bem organizada, de utilização muito fácil, e permite não só a visualização como também a descarga em formato pdf ou jpg. Tem a vantagem de estar em castelhano, língua que nós, hermanos deles, entendemos perfeitamente.

Deixamos aqui alguns exemplos do que por lá podem encontrar, começando pelo Códice de Trajes do século XVI, partilhado pelo João Luís Esquivel no Facebook e a partir do qual descobrimos este acervo.


O manuscrito contém ilustrações de indumentarias femininas, masculinas e cenas costumeiras de Espanha, América, Portugal, França, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Hungria, Prússia.... Séc. XVI. Na página 18, encontram-se os trajes portugueses.





Nobiliario de Portugal de D. Duarte de Vergaura [Braganza?], datado de entre 1701 e 1800. A imagem é um recorte da pág. 16. Algumas folhas possuem desenhos de escudos de armas desenhados nas margens.


Voyage en Espagne et en Portugal, dans l'année 1774, é um curioso livro de viagens escrito pelo Major W. Dalrymple, que incluí uma relação da expedição dos espanhóis contra os algerianos. A viagem por Portugal começa na imagem 94, com a chegada do autor a Valença do Minho, à estalagem mais miserável do mundo, que dava pelo nome de Estalagem dos Espanhóis. Descreve o Minho, Braga onde havia belas igrejas e grandes casas,  e onde as mulheres traziam manta e vestiam saias de pano preto, ou de tecidos ingleses da mesma cor, o que lhes dava um ar bastante sombrio. Daí segue para o Porto e para o sul, descrevendo as cidades, vilas, paisagens, e tudo o que encontra, deixando as suas opiniões. 
O recorte ao lado está na imagem 71



Existem várias obras sobre Genealogia, como estes Apuntes genealógicos de familias de Portugal, dispuestos por orden alfabético y especialmente del apellido Goes, manuscrito do século XVII, de onde tiramos o brasão ao lado. Podem também consultar um Nobiliário do Conde D. Pedro, ordenado e ilustrado com notas e índices por João Baptista Lavanha, cronista mor de Sua Majestade, e vários outros.
Encontram ainda este Libro de armería del Reino de Portugal traduzido do português, com notas dos solares e seus fundadores, de José Alfonso Guerra y Villegas, 1678.

Nesta Descrição de España y Portugal : su historia, su geografía, su arte y sus costumbres de Alfredo Opisso, 1896, nas imagens 60/63fomos encontrar referências à proverbial hospitalidade portuguesa, seguida da gravura de uma vendedora de peixe.

O viajante que percorre as ruas de Lisboa ficará forçosamente surpreendido por duas particularidades: o grande número de estátuas e de monumentos comemorativos, umas e outros posteriores ao grande terramoto do século passado, e pelo maravilhoso silêncio que nelas reina, contrastando com o que sucede na nossa Espanha, onde tanto se vocifera, grita, gesticula e...perturba. Também é de notar o escassíssimo número que há de cafés e demais estabelecimentos desta classe, coisas que falam muito a favor da cultura e boa educação do povo lisboeta. A gente distingue-se pelas suas maneiras aprazíveis, a sua circunspeção e doce tom de voz, o qual contradiz radicalmente o falsíssimo conceito que temos formado no nosso país do carácter português.
É por isso que quando chegou o momento de partir não puderam dominar os nossos viajantes um certo sentimento de tristeza, tão carinhosa era a hospitalidade que se lhes tinha dispensado...

Nas imagens referidas, encontram uma bonita gravura do mosteiro da Batalha, a que o autor chama catedral.

Muito interessante também este livro com a correspondência apresentada ao parlamento inglês sobre o tráfico de escravos, 1840. Trata-se de uma tradução portuguesa dessa correspondência. Outro documento de interesse é o Tratado sobre la gente de la nación hebrea del Reino de Portugal ofrecido a los prelados que concurrieron en el Convento de Tomar, por los doctores que a aquella junta fueron llamados y presentado a Su Majestad con la resolución de la Junta, século XVI.

Sobre uma das páginas mais negras da nossa História, em 1708 as crueldades da Inquisição em Portugal já eram denunciadas fora de fronteiras, como se pode ler nesta descrição - An account of the cruelties exercis'd by the Inquisition in Portugal.

Estampa de D. Joana

Há leituras sobre diversos temas: mapas, papéis históricos, linhagens, fortalezas, crónicas, Histórias de Portugal... não faltando um livro sobre Arte de Galanteria, escrito por D. Francisco de Portugal, e oferecida às damas do palácio. A biblioteca possuí também estampas, gravuras e fotografias de personalidades portuguesas.

Rainha D. Leonor de Avis, mulher de D. João II

Jean-Baptiste-Joseph Breton de la Martinière, na sua conhecida obra L'Espagne et le Portugal, ou Moeurs, usages et costumes des habitans de ces royaumes, Volume V, imagem 589, dá-nos este retrato das mulheres portuguesas:
«As mulheres portuguesas são com efeito de uma vivacidade extrema. Elas têm muita fisionomia, uma cabeleira soberba, dentes muito brancos, um pescoço belo, pés pequenos e bem feitos. Mais afáveis, mais confiantes do que as castelhanas, elas assemelham-se mais às mulheres da Biscaia.»

L'Espagne et le Portugal, ou Moeurs, usages et costumes des habitans de ces royaumes, Vol. V


E com estas bonitas estampas de costumes portugueses fechamos este post. Visitem a Biblioteca Digital Hispânica, mas façam-no com tempo, pois é muito provável que se percam entre tantas maravilhas.



Algumas imagens foram editadas para efeito de publicação neste post. A tradução de algumas passagens é livre.

22 de julho de 2017

22 de julho de 2017 por Manuela Alves comentários
Há pouco tempo, tive ensejo de visitar e apreciar uma exposição de fotografia em que participavam dois amigos meus. O tema, “O Passado esquecido no Presente”, atraía-me e a exposição não me desiludiu. De todas as fotografias expostas, uma delas impressionou-me muito por tudo o que evocava e que muito me dizia.

Fotografia de João Gonçalves - Galeria no Flickr e no Facebook

E logo ali nasceu uma ideia que foi germinando e que agora partilho convosco.

Já temos aqui, na secção Rubricas, belíssimos textos, criados espontaneamente pelos membros do grupo e que conservamos orgulhosamente guardados no blogue. Agora lançamos um desafio para esta época de férias, desta vez aberto também aos seguidores do blogue, para que escrevam e nos enviem os vossos textos, inspirados  na fotografia acima reproduzida do João Gonçalves, candidatos  a serem publicados neste espaço do blogue

Os únicos requisitos são:
- O texto estar relacionado com genealogia
- Ser original, estar identificado e não exceder o tamanho de A4.

Os vossos textos devem ser enviados para o email do blog.

Não nos atrevemos a chamar a esta iniciativa um concurso literário, pois somos apenas um grupo de “carolas” da genealogia, mas podemos chamar-lhe um certame de talentos, já que isso é coisa que não falta aqui.


João Gonçalves, autor da fotografia, a quem agradecemos a partilha, apresenta-se:

Desde sempre tive um gosto especial pela fotografia. Ao longo do tempo fui aprendendo com os erros, fui seguindo o trabalho de outros fotógrafos, tentando aplicar as técnicas, expondo os meus trabalhos nas redes sociais, onde ia obtendo criticas, que me foram ajudando a melhorar. Mas foi na Exploração Urbana que encontrei “a minha praia”. A exploração de locais abandonados, um fascínio que me acompanha desde pequenino, aliada à fotografia, uma união perfeita, em que de cada lugar tento transmitir uma história, sensações, ambientes,… e mostrar a beleza da ruina, do abandono, do caos.
https://www.flickr.com/photos/jg-instants_of_light/ e https://www.facebook.com/JGInstantsOfLight/

20 de julho de 2017

20 de julho de 2017 por GenealogiaFB comentários
Completaram-se por estes dias três anos sobre o aparecimento deste blogue e pareceu-nos a altura adequada para fazermos uma espécie de balanço retrospectivo.


Este blogue começou com o objectivo principal de simplificar e promover a pesquisa genealógica em Portugal. Na sua base, estiveram as dificuldades sentidas no aproveitamento de fontes de interesse genealógico, disponibilizadas online pelo Family Search, mas sem referências facilitadoras da sua consulta. Isto inviabilizou, durante algum tempo, o seu uso nas nossas pesquisas até que surgiu a ideia de criar um índice.
O pedido de voluntários para essa tarefa foi lançado no Facebook e encontrou eco, mesmo do outro lado do Atlântico, reunindo pessoas com algum tempo disponível e conhecimentos em diversos campos, que permitiram a agilização da indexação e a sua disponibilização online. Desse grupo seja-nos permitido recordar o Manuel Guilherme Vasconcelos e o Rafael Baker Botelho, pelas animadas conversas que mantivemos nos bastidores, e a colaboração e apoio que nos deram.
Mas, como todos sabemos, a volatilidade do Facebook constituía ainda um obstáculo e o passo seguinte foi arranjar um meio de preservar mais facilmente essa informação e assim nasceu o blogue, o qual rapidamente passou a incluir também outro tipo de documentação relevante em Genealogia.

Afastada da administração do blogue, por ponderosos motivos de falta de disponibilidade pessoal, a Rita Vanzeller continua no grupo e sempre acompanhando-o. Pelo muito que nos deu, enquanto co- administradora, todos lhe estamos gratos.

Contamos, desde a primeira hora, com um leque de pessoas que se mantêm activas no grupo, partilhando o seu saber com a comunidade, ajudando e orientando outros menos experientes, a quem nunca será demais agradecer. É o caso do António José Mendes, a quem todos recorremos para nos ajudar a ler o que para nós parece tarefa impossível, e que tantos obstáculos tem ajudado a ultrapassar.

As ligações indissolúveis entre o blogue e o grupo - um balanço dos 3 anos e o carácter cada vez mais colectivo do blogue traduzido nas contribuições e nas parcerias

Este projecto sempre quis ser, e é cada vez mais, o resultado de um trabalho colectivo de voluntários, como facilmente se constata pela lista dos nossos colaboradores. Assim, muitos trabalhos saíram dos computadores pessoais e foram postos gratuitamente à disposição de todos, sem nenhum subterfúgio e sem procurar outra recompensa que não a de promover a pesquisa genealógica de forma desinteressada. Como administradoras do blogue é esta a nossa maior recompensa e dela nos orgulhamos. Mas para além do blogue se tornar cada vez mais o resultado de um colectivo, com colaboradores e leitores de praticamente todos os continentes, também celebramos o crescimento da adesão ao nosso grupo do Facebook e, sobretudo, o elevado nível de participação. Mas disto falarão os números.

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O blogue está longe de se esgotar na disponibilização de instrumentos e recursos para a pesquisa genealógica. Assim como o blogue surgiu da necessidade de preservar os recursos disponibilizados no grupo do Facebook (e dai o nome adoptado), também quisemos preservar nele pequenas amostras do ambiente gerado pela activa e constante participação de muitos dos seus membros. Cremos não estarmos a exagerar quando, em muitos serões, o nosso espaço no FB mais parecer uma animada mesa de conversa de um grupo de amigos trocando experiências, ajudas ou comentários, do que um mero trocar de perguntas e respostas. E o que se aprende nesse intercâmbio vai para além da genealogia. 
Alguns dos posts e temas discutidos no grupo, que mais participação geraram por parte dos seus membros, seja em número de reacções, partilhas, ou comentários, estão aqui exemplificados (os links por baixo de cada post apenas funcionam para membros do grupo do Facebook GenealogiaFB).



27-05-2017 - 209 reacções - 74 comentários - link



06-07-2017 - 204 reacções - 39 comentários - link

21-12-2016 - 122 reacções - 40 comentários - link


17-01-2017 - 157 reacções - 19 comentários - link

03-03-2017 - 159 reacções - 12 comentários - link


07-04-2017 - 153 reacções - 13 comentários - link



16-09-2016 - 117 reacções - 31 comentários - link

26-06-2017 - 104 reacções - 12 comentários - link

17-01-2017 - 147 reacções - 10 comentários - link

30-04-2017 - 134 reacções - 11 comentários - link

18-12-2016 - 132 reacções - 21 comentários - link



24-09-2016 - 135 reacções - 15 comentários - link

16-08-2016 - 131 reacções - 9 comentários - link

05-08-2016 - 109 reacções - 10 comentários - link

30-04-2016 - 101 reacções - 23 comentários - link



01-06-2016 - 108 reacções - 14 comentários - link

Graças a este intercâmbio,  surgiram no blogue as rubricas Assentos Curiosos, Repórteres do Passado, Testemunhos dos leitores, Curiosidades da Genealogia.

Outra novidade foi termos associado ao blogue Genealogia FB, ligações para outros blogues e páginas pessoais de Genealogia dos nossos membros, de que fomos tendo conhecimento, e que encontram na barra lateral direita desta página.


Projectos com os quais colaboramos

GetLinks
Gostaríamos de relevar a contribuição do Carlos Leite com a aplicação GetLinks - Ferramenta JAVA para download de imagens de arquivos, sempre actualizada . A sua constante disponibilidade em atender as solicitações feitas, quer no grupo, quer no blogue, e até mesmo em relação arquivos estrangeiros, para obviar as aborrecidas e inoportunas falhas dos servidores oficiais (cujos apagões sempre ocorrem nos horários disponíveis dos pesquisadores ainda no activo), tornam-no credor de toda a nossa gratidão.

Repositório Histórico
No último ano passamos também a colaborar com o projecto do Rui Freixedelo, criado para possibilitar a pesquisa e colaboração de todos na indexação de registos paroquiais. Assim, temos vindo a adaptar índices de baptismos, casamentos e óbitos, para essa plataforma, que é totalmente gratuita, e que, prevemos, se tornará essencial à pesquisa genealógica no futuro.

Tombo.pt
Não podemos deixar de mencionar a página do João Ventura, que tanto e tão bem nos tem servido, e que, por esse motivo, está sempre presente nos nossos destaques. 

Projectos na forja

E para terminar esta comemoração do nosso 3º aniversário nada melhor que fazê- lo de uma forma prospectiva: como dizia Victor Hugo, não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã. 
Está em marcha a colaboração do GenealogiaFB com o Arquivo Histórico Municipal do Porto: foi iniciada a publicação online da série Lançamento da Décima da Cidade 1698 – 1725, que será seguida pela documentação respeitante ao mesmo imposto mas relativa ao termo da mesma cidade que abrangia então uma vasta área. Isto constitui um exemplo e um incentivo a parcerias semelhantes para outras regiões do País, que todos os genealogistas amadores gostariam de ver seguidas, para que as pegadas deixadas pelos seus antepassados não se limitem aos registos paroquiais.

Se somos muitos - 7250 membros do grupo, 173 seguidores do blogue, somos só três as administradoras e por isso, nem tudo correrá sobre rodas. Para além de haver mais Vida para além da Geneologia, o dia só tem 24 horas... Mas uma coisa vos garantimos: as vossas críticas construtivas serão sempre bem acolhidas e, mesmo que não possam ser atendidas, serão sempre explicadas as nossas razões.


18 de julho de 2017

18 de julho de 2017 por Maria do Céu Barros comentários
Informação recebida do nosso leitor Jorge Amado Rodrigues e que será, sem dúvida, útil a outras pessoas que pesquisam em Macau.

Fachada da igreja de S. Paulo em Macau, Wilhelm Heine 1854 - Fonte: Wikipedia


Os livros paroquiais de Macau estão em:

Centro Científico e Cultural de Macau, I.P.
(Ministério da Educação e Ciência)
Rua da Junqueira, nº5 e nº30
1300-343 Lisboa
Portugal
Telefone: +351213617570
Fax: +351213627859
geral@cccm.pt
http://www.cccm.pt/


Segundo informação do catálogo, as datas extremas são 1800-1907.

A consulta tem de ser presencial e não enviam cópias dos documentos, nem dados deles constantes, mas talvez indiquem o livro e a folha onde se encontra o registo, se lhes fornecerem datas e nomes que o ajudem a localizar. Possuem apenas um leitor de microfilmes, segundo informação no site, pelo que a consulta pode ser difícil caso haja mais utilizadores. 

As cópias de documentos têm de ser solicitadas presencialmente e são entregues na hora.

23 de junho de 2017

23 de junho de 2017 por Manuela Alves comentários
O Regimento dos capitães-mores e mais capitães e oficiais das companhias da gente de cavalo e de pé e da ordem que terão para se exercitarem, de 10 de Dezembro de 1570, veio criar as Capitanias-Mores, que se subdividiam em Companhias de Ordenanças.
Segundo o artigo 1º, do referido regimento, a eleição dos capitães das companhias, alferes, sargentos e mais oficiais, era feita pelos oficiais da Câmara e pelas pessoas que “costumavam andar na governança da terra”.
A base da constituição das capitanias era a terra – cidade, vila, concelho, couto, honra, etc., – base da organização territorial do Portugal de Antigo Regime.
Os alcaides-mores, função de nomeação régia, nas terras que os tivessem, eram capitães-mores por inerência. No caso das outras terras de jurisdição real o rei delegava a escolha na Câmara.
Na Câmara, em livro próprio, ficavam registadas as eleições e o juramento aos Santos Evangelhos dos oficiais e sargentos que constituíam as Companhias de Ordenanças.
As capitanias agrupavam várias companhias de ordenanças, cada uma comandada por um capitão, coadjuvado por um alferes, um sargento, um meirinho e 10 cabos de esquadra. Cada cabo chefiava uma esquadra de 25 homens.

A partir da Guerra da Restauração, as Ordenanças passaram a constituir uma espécie de 3ª linha do Exército, servindo de fundo de recrutamento e de complemento à 2ª linha (tropas auxiliares ou milícias) e a 1ª linha (tropas pagas).


Novas mudanças na organização das Ordenanças foram introduzidas durante todo o século XVIII. Em 1709, o alvará de 18 de Outubro, tendo como objectivo impedir as crescentes irregularidades praticadas nas câmaras no processo de eleição dos postos, efectuou transformações com a finalidade de promover uma maior interferência da Coroa na escolha dos ocupantes dos cargos. Outros alvarás continuaram com a política de centralização e controlo das Ordenanças, assim como da militarização dos seus oficiais, mas aqui interessa-nos apenas salientar as informações de carácter genealógico que podemos extrair destas listas bem assim como complementar informações obtidas ou omitidas noutras fontes.
Estas listas encontram-se, normalmente, nos Arquivos Municipais, e são de fácil leitura. Infelizmente, poucas ou nenhumas se encontram on line. A organização de índices pode constituir um instrumento de acesso aos arquivos locais no sentido de solicitar a digitalização e envio da documentação que nos possam interessar. Será também forma de sensibilizar os Arquivos para o interesse desta documentação adormecida nas prateleiras …



Actualizado em 15/04/2020

18 de junho de 2017

18 de junho de 2017 por Maria do Céu Barros comentários
Para além das Inquirições de Genere existentes no Arquivo Distrital do Porto, o Arquivo Episcopal da Diocese do Porto (AEP), no Terreiro da Sé, possuí uma série de processos que remontam ao século XVIII. Esta documentação não está digitalizada, mas pode ser consultado no AEP, mediante pedido prévio.

Este acervo tem vindo a ser estudado e compilado em índices por José António Reis, tendo sido já publicados 10 volumes, que podem ser adquiridos no Paço Episcopal do Porto. 

Foto de Manuel Silva Lopes

Para os interessados, deixamos aqui uma lista dos volumes já publicados, com edição limitada (entre 100 a 500 exemplares), facultada pelo Manuel Silva Lopes, a quem agradecemos.

Inquirições de Genere do Bispado do Porto
Concelhos de:

Baião   150 exemplares
Maia   150 exemplares
Marco de Canaveses   500 exemplares
Ovar e Arouca   150 exemplares
Paços de Ferreira e Valongo   100 exemplares
Paredes   100 exemplares
Penafiel   100 exemplares
S. J. Madeira e Oliveira de Azeméis   100 exemplares
V. N. Gaia   100 exemplares
Vila do Conde   100 exemplares

Preço de cada volume: 10 Euros

Ver também: O que são Inquirições de Genere

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