Repositório de recursos e documentos com interesse para a Genealogia

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12 de maio de 2016

12 de maio de 2016 por Paula Peixoto comentários
Homens e Navios do bacalhau.



Arquivo digital de fichas de marítimos que se matricularam para campanhas bacalhoeiras desde o início do século XX
Link Arquivo - https://homensenaviosdobacalhau.cm-ilhavo.pt/

kwADAveiro

10 de maio de 2016

10 de maio de 2016 por Maria do Céu Barros comentários

Colecção de assentos encontrados "aqui e ali" e que, pela sua invulgaridade, linguagem, ou simples nota de humor - ou ainda por abrirem uma janela para as mentes do passado - achamos por bem reunir. Outros mais se seguirão, na melhor oportunidade. (Clicar nas imagens para aumentar).


Nº. 7

Visionários - Guarda

Padres do distrito da Guarda, bem à frente do seu tempo, já usavam emojis. Úteis, sobretudo, quando não se lembravam do nome da criança.
- partilhado por Rui Rocha, 21/12/2015, sem indicação da fonte

Casar, a bem ou a mal - S. Salvador de Castelões, 6/12/1710

«.. ele dito António Ferreira por não querer receber à sobredita Ana de Magalhães andou declarado por público excomungado e esteve preso no aljube do Porto e de lá se foram receber ambos na Sé da cidade do Porto conforme consta de um recurso que me apresentou cujo traslado de verbo ad verbum é o seguinte: O Doutor Diogo Marques Mourato provisor e vigário geral neste Bispado do Porto pelo Ilustríssimo Senhor Bispo governador das justiças e Armas ... mandou à igreja e ofícios divinos a António Ferreira seu freguês porquanto está recebido em face da igreja da Sé desta cidade com Ana de Magalhães da dita freguesia a qual o fez prender e meter no aljube, por não querer dar cumprimento às promessas de casamento por cuja causa o fez declarar de que já está absolvido pelo Reverendo Pároco desta Sé, e pagou as rebeldias que devia do tempo em que foi declarado, e se juntou aos autos a certidão de recebimento que se fez aos sobreditos para assim constar e se não proceder contra o suplicante se passou a presente...»
- partilhado por Victor Ferreira 1/12/2015, sem indicação de fonte


Assinaturas -  Venade, 1579

Alguns exemplos de assinaturas de quem não sabia ler nem escrever.
- Partilhado por Nunes Beirão, 22/11/2015 - Casamentos, 1565-1620, tif 16

Enterração em vida - Caldelas, Guimarães, 16/3/1605

«Aos 16 dias de Março de 1605 anos Maria Gonçalves do Carregal estando viva, sã e valente mandou fazer sua enterração com dez padres com suas missas e o ofício e o ofertório.»
Na margem: "viva, tem cumprido"
- Partilhado por MC Barros, 27/10/2015, AMAP P-158

Não queria ser dado por pai - 1789, Ferreiros de Tendais, Cinfães

Assento de baptismo, acompanhado de uma declaração do padre, a qual não é autorizada, "sem ordem nossa" a constar de certidão.

«... baptizou solenemente, e pôs os Santos óleos a Maria filha de Ana solteira do lugar da Aldeia desta freguesia, neta, digo, e de José Martins solteiro do mesmo lugar (...).

[=Sem ordem nossa ... certidão desta declaração ]

Declaro por escrúpulo de ... e a impulso de caridade, que eu declarei por pai da sobredita criança a José Martins, chamado o Alferes de Aldeia, não obstante vir-me maliciosamente pedir o não pusesse por pai, porque é certo, público, e sem a menor dúvida, que ele é o pai da dita criança: e devo certificar e certifico com juramento in verbo sacerdotis que este homem há muitos anos anda amancebado com a dita Ana mãe da menina, de que faz menção o assento supra; tida, e manteúda, em uma casa e rua quase pegada à casa em que ele habita. Esta mancebia é notória, e escandalosíssima em toda a freguesia e sem ser bastante para os emendar toda a muita pastoral vigilância e apostólico zelo; porque com inaudita incorrigibilidade tem sempre iludido as muitas visitações e repreensões. Tem tido da dita amiga quatro filhas: a primeira chamada Ana Joaquina que ela pariu no Porto conduzida por ele; e pôs a criar na Roda, dando por sinal com o maior atrevimento o meu sobrenome. A segunda chamada Joaquina, pariu ela no lugar da Aldeia, em que habita; mas ele a levou furtivamente a baptizar na freguesia de Oliveira do Douro, e a pôs a criar em Paredes em casa de Manuel da Mouta. A terceira chamada Maria nasceu também em Aldeia mas ele a levou para Aregos a baptizar, e criar. A quarta é a dita que faz menção o assento supra. Tudo o que acabo de escrever não padece a menor dúvida. Ferreiros, 18 de Abril de 1789.
O Abade Bento Pinheiro da Costa»
- Partilhado por António José Mendes, 15/8/2015, Mistos 1775-1803, tif  98/99

Nem sangue nem criação - S. Simão de Azeitão, 1681

«Aos nove do mês de Março me despachou o Príncipe por Prior da Vila de Grândola; e no mesmo ano larguei esta Igreja de S. Simão com grande gosto por me livrar dos vilões desta freguesia onde o sangue é pouco, e a criação nenhuma; e suposto não haja terra que não tenha bem, e mau, esta nada tem bem como os meus sucessores experimentarão. O Doutor Baltazar Correia Pinto»

(Recorde-se que bem perto havia diversos palácios de gente nobre, mas especialmente na paróquia vizinha, de S. Lourenço. Esta diferença de fregueses deve ter ocasionado tal azedume).

Segue-se o comentário do visitador:
«Este Doutor ... pudera escusar de fazer este assento e lhe advertir que os párocos não hão-de desonrar os fregueses porquanto além de ser crime da visita, é contra a caridade e contra a cortesia que os párocos devem guardar a seus fregueses e assim como eu me escandalizei o podem fazer fazer todos os que virem este assento. S. Simão 18 de Maio de 1682. O Padre P. Rodrigues Grilo»
- Partilhado por Maria Isabel Frescata Montargil e Luís Pascoal, ADSTB, Casamentos 1678-1723, tif  6

Tanto latim e no fim... Poenitentiae*- Ferreiros de Tendais, Cinfães, 1790

«Aos treze dias do mês de Maio de mil setecentos e noventa depois de serem denunciados nesta Matriz de São Pedro de Ferreiros de Tendais, Bispado de Lamego, inter Missarum Solemnia, et in tribus diebus festivis continuis, segundo a determinação do Tridentino, e Pastorais Diocesanas, sem algum impedimento, e certificado do consentimento dos que o deviam dar, se receberam in facie Ecclesia, e na minha presença por palavras de presente, por marido, e mulher este assento não se acabou, porque estando para se receberem, arrependeram-se.»
- Partilhado por António José Mendes, 24/6/2015,  Mistos 1775-1803, tif  493

*Arrependimento


Na dúvida, é dos dois - Melres, 1691

«Pedro filho de Catarina Martins viúva (...) e ela dita Catarina Martins disse que tivera cópula com Domingos de Moura da mesma freguesia e com Pantaleão João (...).»
Averbado: «Eu o Padre Estevão Moreira cura desta freguesia declaro que neste assento Catarina Martins viúva não deu a seu filho Pedro pai determinadamente porque teve ajuntamento com dois homens como consta do assento, e como foi quase no mesmo tempo disse que não sabia de qual deles concebera mas que lhe parecia ser de Domingos de Moura.»
- Partilhado por Madalena Campos, 27/1/2016, ADPRT,  Misto nº. 2 1660-1695, tif 539

Sem papas na língua, Mortágua, 1835

«Aos vinte e nove dias do mês de Março de mil oitocentos e trinta e cinco baptizei solenemente e pus os Santos Óleos a João filho de outro filho da puta e de Maria Brêda do lugar do Freixo desta freguesia. Neto paterno de Tomásia Maria e de avô incógnito ...»
- Partilhado por Cristina Martins Valente, 21/3/2016, ADVIS Baptismos 1830-1849, tif 23

Isaac Newton, Cedofeita, Porto, 1864

«... Francisco que nasceu nesta freguesia de Cedofeita (...) filho legítimo primeiro do nome de Isaac Newton de profissão caixeiro guarda-livros e de Dona Ana Emília Newton (...) neto paterno de Isaac Newton e de Dona Maria Ludovina de Aguilar Newton...»
- Partilhado por Cristina Martins Valente, 6/4/2016, ADPRT Baptismos 1864



por Maria do Céu Barros comentários
As habilitações de genere destinavam-se à averiguação da legitimidade do requerente e da vivência dos ascendentes segundo os princípios da religião católica, da ocorrência da prática de crimes de lesa magestade, divina ou humana, da incorrência em infâmia pública ou em pena vil. A habilitação de genere era condição para o requerimento da prima tonsura. Os processos corriam perante o ordinário, ou perante o seu provisor e, ou vigário geral, ou perante um desembargador da Relação Eclesiástica como juiz especial (de genere), pelo arcebispo ou pelo cabido sede vacante.

Padre João Cardim, gravura a buril, Séc. XVII? -  Tesouros Sarmentinos - Soc. Martins Sarmento

As habilitações de genere são posteriores ao Breve "Dudum charissimi in Christo" do papa Xisto V, de 25 de Janeiro de 1588, que proibia o provimento do benefício em pessoas com ascendência de cristãos novos.

Existe um índice antroponímico dos documentos dos primeiros três maços das habilitações de genere, na obra  "Cartório da Câmara Eclesiástica de Lisboa: habilitações de genere", Lisboa: Biblioteca Nacional, 1933. (Subsídios para a investigação histórica em Portugal), Tom. 1: 274 p.
Fonte Antt

A documentação existente no ANTT encontra-se descrita na respectiva página, porém apenas uma minoria está tratada arquivisticamente. O índice excel que aqui se publica contém apenas os documentos em cuja descrição se encontram referência a nomes de habilitandos, seus pais e outros, até esta data. Nove destes documentos encontram-se digitalizados e disponíveis para consulta online.



KwADLisboa

3 de maio de 2016

3 de maio de 2016 por Manuela Alves comentários
A nossa amiga Márcia Helena Miranda de Souza disponibilizou para partilha no blog um trabalho pessoal que simplifica as pesquisas nos registos do Rio de Janeiro. Como esclarece a Márcia: "Esta planilha é apenas uma organização pessoal dos Livros de Nascimentos, Casamentos e Óbitos das 13 Circunscrições do Rio de Janeiro, que aparecem no site Family Search. Mais esclarecimentos constam da capa (esta capa só fica visível se abrirem o ficheiro no Excel, depois de transferido) desta planilha.
Livros FS Rio de Janeiro V3_2 - 09-02-2017
Obrigada,  Márcia.

Veja também:
Pesquisar no Brasil, para principiantes



Originalmente publicado em 4/10/2014

1 de maio de 2016

1 de maio de 2016 por Paula Peixoto comentários
Processos Militares - Retratos de militares de finais do séc XIX e princípios do séc XX. Retratos maioritariamente destinados aos processos militares e carteiras de identidade do SEMU/MU.
Datas: Séc.XIX e XX

Proveniência: Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar/Ministério Ultramar

Vicente Lima - Bilhete de Identidade nº 296

Originalmente publicado em 1/9/2014

28 de abril de 2016

28 de abril de 2016 por Paula Peixoto comentários
A chancelaria régia era a repartição responsável pela redacção, validação (mediante a aposição do selo régio) e expedição de todos os actos escritos da autoria do próprio Rei. Os serviços da chancelaria régia podiam também reconhecer e conferir carácter público a documentos particulares que lhe fossem submetidos para validação. Presidia aos serviços da chancelaria o chanceler do Rei (cancellarius ou notarius curiae), ao qual estavam confiados os selos régios e que, desde a formação do Estado Português, é sempre referenciado como um dos mais próximos ministros do Soberano.
in ANTT

Nos Livros das Chancelarias podemos encontrar vários tipos de registos, entre os quais:  cartas de legitimações e de perdão, cartas de doações, ofícios, aforamentos, apresentações de igrejas, privilégios...

Na tabela que apresentamos,  cada excel contém duas folhas, uma com o índice geral e outra somente com as legitimações.







CHANCELARIA RÉGIA
CHANCELARIA DE DOM JOÃO II
LIVROS ÍNDICES LIVROS ÍNDICES LIVROS ÍNDICES
Livro 1 Excel Livro 10 Excel Livro 19 Excel
Livro 2 Excel Livro 11 Excel Livro 20 Excel
Livro 3 Excel Livro 12 Excel Livro 21 Excel
Livro 4 Excel Livro 13 Excel Livro 22 Excel
Livro 5 Excel Livro 14 Excel Livro 23 Excel
Livro 6 Excel Livro 15 Excel Livro 24 Excel
Livro 7 Excel Livro 16 Excel Livro 25 Excel
Livro 8 Excel Livro 17 Excel Livro 26 Excel
Livro 9 Excel Livro 18 Excel Livro 27 Excel
kwADLisboa

18 de abril de 2016

18 de abril de 2016 por Paula Peixoto comentários

REQUERIMENTOS DE PASSAPORTES
GOVERNO CIVIL DE LISBOA
CAIXA DATAS ÍNDICE
Caixa 1 07-05-1859 / 30-10-1886 Excel
Caixa 2 04-10-1866 / 30-06-1886 Excel
Caixa 3 07-01-1870 / 30-03-1889 Excel
Caixa 4 20-09-1861 / 03-06-1889 Excel
Caixa 5 24-11-1871 / 31-07-1889 Excel
Caixa 6 10-11-1865 / 31-05-1889 Excel
Caixa 7 07-03-1863 / 31-12-1890 Excel
Caixa 8 26-12-1875 / 30-07-1890 Excel
Caixa 9 30-03-1875 / 30-09-1890 Excel
Caixa 10 01-02-1890 / 28-02-1890 Excel
Caixa 13 08-02-1869 / 31-05-1890 Excel
Caixa 14 30-06-1875 / 31-10-1890 Excel
Caixa 15 15-09-1874 / 30-07-1891 Excel
Caixa 16 20-02-1874 / 31-03-1891 Excel
Caixa 17 07-08-1865 / 29-06-1891 Excel
Caixa 18 18-08-1871 / 23-06-1891 Excel
Caixa 19 21-02-1873 / 31-01-1891 Excel
Caixa 20 01-02-1860 / 23-04-1891 Excel
Caixa 21 28-08-1869 / 30-11-1891 Excel
Caixa 22 10-06-1869 / 29-11-1892 Excel
Caixa 23 22-03-1874 / 31-12-1892 Excel
Caixa 24 14-07-1859 / 31-10-1892 Excel
Caixa 25 30-10-1863 / 28-05-1897 Excel
Caixa 26 13-12-1876 / 31-08-1892 Excel
Caixa 27   23-01-1871 / 30-07-1892 Excel
kwADLisboa

8 de abril de 2016

8 de abril de 2016 por Paula Peixoto comentários
Albergaria de Penela teve a sua origem num julgado medieval, em Riba de Lima, o qual compreendia uma grande quantidade de honras e coutos de Gaifar, Cabaços, Lavradas, Serzedelo, Queijada e Boalhosa, entre muitos outros, pertencentes a fidalgos, à Sé Bracarense e à Ordem do Hospital ou mesmo a mosteiros como o de Bravães e Serzedelo.
...
Em 8 de Abril de 1408, o seu território viria a ser repartido pelos concelhos de Albergaria de Penela e Portela das Cabras, integrando-se o primeiro na comarca de Viana e o segundo na ouvidoria de Barcelos. Não obstante a divisão, o juiz e escrivão dos órfãos continuaram a ser comuns aos dois concelhos.
O rei D. Manuel I deu foral a Albergaria de Penela em 20 de Junho de 1514 (Livros dos Forais Novos do Minho, fl. 43v, col. II). A freguesia de Anais (Santa Marinha) viria a tornar-se sede deste concelho, do qual fizeram parte as freguesias de Calvelo, Duas Igrejas, Azões, Anais, Fojo Lobal, Mato, S. Diães, Friastelas e Gaifar.
...
Com a extinção do concelho, que viria a ocorrer a 24 de Outubro de 1855, as suas freguesias foram distribuídas pelos concelhos de Ponte de Lima e Barcelos, recebendo o primeiro, Anais, Fojo Lobal e Friastelas.
in Arquivo Municipal de Ponte de Lima




CÂMARA MUNICIPAL ALBERGARIA DE PENELA
REGISTO DE TESTAMENTOS
LIVRO ÍNDICE
01/10/1834 a 11/02/1836 EXCEL
kwADVianadoCastelo

4 de abril de 2016

4 de abril de 2016 por Manuela Alves comentários
Sofrimentos das populações na terceira invasão francesa. De Gouveia a Pombal é um texto de 28 páginas da autoria de Maria Antónia Lopes, investigadora da Faculdade de Letras e Centro de História da Sociedade e da Cultura da Universidade de Coimbra, que a Ana Caldeira, a quem agradecemos, nos deu a conhecer e que se integra nesta série dedicada aos sofrimentos das populações civis nas Invasões Francesas.
Assente  na solidez da investigação em fontes directas, Maria Antónia Lopes procura esclarecer , com a exactidão possível, a dimensão dos massacres cometidos pelos invasores numa vasta região da zona Centro do nosso país e avaliar os sacrifícios impostos a essas populações.

por Paula Peixoto comentários
O Direito Canónico referenciava impedimento como “todo e qualquer elemento que impossibilitasse a realização do casamento entre certas pessoas, invalidando-o ou tornando-o válido, embora ilícito.” [can. 51]

A respeito dos impedimentos matrimoniais, o Direito Canônico os dividia em duas categorias: os dirimentes e os proibitivos. Os dirimentes eram aqueles que anulavam o casamento; os proibitivos tornavam o casamento ilícito, mas não o anulavam. No caso dos impedimentos dirimentes, o juízo Eclesiástico determinava a nulidade do casamento, havendo a separação do casal de forma temporária ou definitiva.

Os Impedimentos proibitivos [grifo meu]: aqui se encaixam a omissão de Banhos e a clandestinidade do casamento. Ainda a não observância do Advento e quaresma, período esse considerado de mortificação.

Os Impedimentos dirimentes [grifo meu]: estes acarretam a anulação do casamento. Nesse caso tem-se a divisão em incapacidades absolutas ou relativas.

As incapacidades absolutas [grifo meu] são o período antes da puberdade, com idade inferior a 14 anos para os meninos e 12 para as meninas, conforme assim decretado no direito romano; impotência provada por peritos ou a existência de votos de castidade; casamento anterior não desfeito pela morte do companheiro; ao ainda caso um dos contraentes ou ambos não fossem pertencentes à fé cristã, pois o casamento de um infiel não pode ter a característica sacramental. Já as incapacidades relativa [grifo meu], essas podem ser anuladas por uma dispensa; impedimento na honestidade pública - após a ruptura do noivado, o noivo não podia contrair casamento com parente da noiva; impedimentos de consangüinidade - de sétimo grau; impedimentos de parentesco espiritual - casamentos entre padrinhos e madrinhas de batismo.
in Arquivo Distrital de Beja


in wikimedia.org

AUTOS CÍVEIS DE DISPENSA MATRIMONIAL
CÂMARA ECLESIÁSTICA DE BEJA
ADBeja DATAS ÍNDICE
Link 1771 - 1899 Excel

kwADBeja
por Manuela Alves comentários


“E se eles voltam!” era o dilema português, após Junot ser expulso em Agosto de 1808. Um dilema centrado em preocupações militares, onde sobressaía a ausência de um exército regularmente organizado e preparado para enfrentar de novo os franceses.
Eles voltaram! E o resultado foi a mais curta invasão napoleónica, quer no tempo quer no espaço, em que a violência do confronto foi característica dominante. Invadir Portugal pelo Norte, tendo o Porto como objectivo intermédio, revelou-se um erro, só possível de explicar pela ignorância relativamente ao temperamento das suas gentes, o apego à terra e a relutância em colaborar ou acomodar-se perante intrusos ostensivos; ignorância que se estende à orografia, ao clima e aos recursos alimentares e de alojamento da região, agrestes nos dois primeiros casos e escassos nos dois últimos.
Consequentemente, o fracasso da invasão, mais que uma fatalidade francesa, constitui uma realidade prognosticada, de tal forma que o Exército «galego» de Soult, que tinha Lisboa como objectivo final, não foi sequer capaz de se sustentar no Douro.

 Estas palavras do Tenente-coronel Abílio Pires Lousada, numa conferência em Chaves, a 31 de Março de 2009, no âmbito das comemorações do bicentenário da reconquista da vila aos franceses, evocam os sofrimentos civis que acompanharam a curta, mas mortífera,  invasão francesa no Norte do País.
Se o Desastre da Ponte das Barcas, a 29 de Março de 1809, que causou cerca de 4000 mortos, talvez seja  o episódio mais conhecido, os livros paroquiais das regiões atravessadas pelos invasores recordam as vítimas civis da violência da guerra. 
Fica aqui um convite: deixem nos comentários as ligações das fontes documentais dos relatos que conhecem, de modo a construirmos um repositório colaborativo sobre o tema. Conhecer e dar a conhecer a história das gentes anónimas, agora sob este aspecto,  insere-se num dos objectivos deste blog.



Adenda:
Em resposta ao nosso convite, recebemos as seguintes contribuições:

☆Braga,  Este(S. Pedro) - 20.3.1809 -UM-ADB/PRQ/PBRG46/003/0034- fl. 164/165, tif 37/38
-  Pesquisa de António José Mendes
☆Braga, Aveleda - 20.3.1809 -UM-ADB/PRQ/PBRG04/003/0030- fl. 101vº/102, tif 101
-Pesquisa de António José Mendes
☆V.N. Famalicão, Lousado - 24-26.3.1809 -UM-ADB/PRQ/PVNF24/003/0012- fl. 137/137v   tif 40/41
- Pesquisa de Teresa Silva
☆Porto, Lordelo do Ouro - 29.3.1809 -ADPRT/PRQ/PPRT06/003/0006- fl. 21/23, tif 89/91
- Pesquisa de José António Reis
☆Penafiel, Fonte Arcada - 16.4.1809 -ADPRT/PRQ/PPNF12/003/0007- fl. 204/205, tif 778/779
- Pesquisa de António José Mendes

Inicialmente publicado em 31.3.2016

3 de abril de 2016

3 de abril de 2016 por Maria do Céu Barros comentários
Livros de registo de cédulas pessoais produzidos pela Conservatória do Registo Civil de Portalegre entre os anos de 1924 e 1927. A documentação contém informações relativas ao nome, data de nascimento, naturalidade, filiação e estado civil dos registados e, na maioria dos casos, fotografias dos mesmos.
Fonte




CÉDULAS PESSOAIS
Conservatória do Registo Civil de Portalegre
LIVRO DATAS ÍNDICE
Livro 1 15/06/1924 a 28/07/1924 Excel
Livro 2 01/08/1924 a 20/09/1924 Excel
Livro 3 20/09/1924 a 14/10/1924 Excel
Livro 4 Abril 1924 a 22/3/1927 Excel
kwADPortalegre

Inicialmente publicado a 15 Maio 2015

1 de abril de 2016

1 de abril de 2016 por Manuela Alves comentários

Frei Manuel do Cenáculo Villas Boas foi uma importante figura da cultura portuguesa do século XVIII. Era Arcebispo de Évora, quando os franceses invadiram Portugal em 1807.
Em 13 de Julho de 1808, Évora, seguindo o exemplo de outras cidades portuguesas, subleva-se contra a dominação francesa.
Mas uma divisão francesa comandada pelo general Loison ( o célebre "maneta" cuja crueldade o povo do Porto consagrou tristemente na expressão "ir para o maneta" como sinónimo de "morrer")  derrota as forças aliadas regulares portuguesas e espanholas. Como represália,  o exército francês saqueia a cidade, provocando uma chacina.  D. Frei Manuel do Cenáculo, já com 85 anos, não escapou à fúria dos invasores e foi levado preso para Beja. Restituído à liberdade e ao seu Arcebispado, após a expulsão dos franceses morre em 26 de janeiro de 1814. 


Do “Diário” de Frei Manuel do Cenáculo, constituído por cinco códices com folhas soltas, que está digitalizado on line pela Biblioteca Nacional do Alentejo, salientamos a Relação das pessoas mortas na entrada dos franceses na cidade de Évora nos dias 28, 29 e 30 de Julho de 1808 pelo seu interesse genealógico.

 kwADEvora

30 de março de 2016

30 de março de 2016 por Paula Peixoto comentários
“Banho de casamento” era, Pregão que o Pároco lança na citação, para ver se há que ponha impedimento ao casamento. Chamasse pregão, porque se apregoa.Esses banhos são ditos em três dias santos.
...
Os proclamas corriam na paróquia dos contraentes, ou em ambas as paróquias no caso de residências diversas. O pároco, primeiramente, anunciava a intenção de contrair matrimonio dos noivos. Este anúncio era feito três vezes sucessivas durante a missa - após terminado o Evangelho e antes da prática ou homilia, aos domingos e nos dias santos de guarda. Após anunciar a futura união, o sacerdote conclamava os fiéis a que denunciassem qualquer impedimento para a realização do casamento.
No que competia aos Banhos, dispõe-se ainda nas constituições o que explicita o artigo número 269:
Os que pretenderem casar, o farão saber a seu pároco, antes de se celebrar o matrimonio de presente, para os denunciar, o qual, antes que faça as denunciações se informará se há entre os contraentes algum impedimento, e estando certo que o não há, fará as denunciações em três domingos ou dias santos de guarda contínuos [...].
in Arquivo Distrital de Beja




PROCESSOS DE PROCLAMAS OU BANHOS MATRIMONIAIS
CÂMARA ECLESIÁSTICA DE BEJA
ADBeja DATAS ÍNDICE
Link 11.02.1701 / 29.05.1888 Excel
kwADBeja

16 de março de 2016

16 de março de 2016 por Paula Peixoto comentários
Aos grupos de operários portugueses que se destinavam a França eram emitidos passaportes coletivos gratuitos, aquando do seu regresso a Portugal tinham de apresentar o passaporte ao cônsul e este entregava gratuitamente cédulas pessoais de regresso. Devido à conjuntura da 1ª Guerra Mundial não podia ser concedida licença para sair da Portugal a nenhum cidadão português com mais de 16 anos e menos de 45. De acordo com os Decretos n.º2717 e n.º2305.
in ADP




PASSAPORTES A OPERÁRIOS CONTRATADOS PELO GOVERNO FRANCÊS
LIVRO DATAS ÍNDICE
Livro 1 13.4.1917 / 21.4.1917 Excel

kwADPorto
Biblioteca
Videoteca