Repositório de recursos e documentos com interesse para a Genealogia

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16 de maio de 2018

16 de maio de 2018 por Maria do Céu Barros comentários

O método mais popular de numeração de antepassados é o sistema Ahnentafel, do alemão Ahnen (antepassado) e Tafel (tabela), também conhecido pelo nome Sosa-Stradonitz. Foi usado pela primeira vez em 1590 por Michael von Eitzing, nobre austríaco, no seu Thesaurus Principum Hac Aetate In Europa Viventium, no qual apresenta as genealogias de algumas casas reais europeias usando esta numeração. Foi também usado em 1616, pelo genealogista espanhol Jerónimo de Sosa, e popularizado em 1896 por Stephan Kekule von Stradonitz com o seu Anhentafel Atlas.

Como método científico foi estabelecido com a publicação do Fundamentos, directrices, exposición y tecnica de un sistema numérico y matemático de ubicación, classificación y catalogación genealógicas (Madrid 1952), de José Maria de Palacio y Palacio, marquês de Villarreal de Álava.

Este sistema aparece com várias designações: Ahnentafel, Sosa-Stradonitz e Números Kekule. Por uma questão de simplicidade, gosto de lhe chamar apenas Sosa.

A numeração Sosa consiste numa relação matemática entre pais e filhos, podendo, assim, ser representada graficamente, a que se pode sempre adicionar mais antepassados. Cada número refere-se à posição de cada pessoa na árvore de costados e segue as regras seguintes:

1 - A pessoa que inicia a sequência é o n.º 1.
2 - O pai é sempre o dobro do filho/filha ( 2x1)
3 - A mãe é sempre o dobro do filho/filha + 1 (2x1+1)

Em consequência:
4 - Todos os homens têm um número par e todas as mulheres um número ímpar.
5 - Os descendentes são sempre metade do pai.
6 - Não há repetição de números. Se uma mesma pessoa consta duas ou mais vezes, aparece duas vezes, ou mais, na árvore, mas com números diferentes.

Fazendo a representação gráfica, verificamos que a numeração é sequencial na vertical. Os trisavós vão do número 16 até ao 23, e assim sucessivamente. Outro aspecto interessante é que, se repararem na imagem, o número que inicia cada geração corresponde ao número de antepassados dessa geração.


Na elaboração de uma lista Sosa, os genealogistas separam as gerações para facilitar a leitura e compreensão da ascendência. Assim, uma lista Sosa, começando em nós, segue este formato:

Geração 1
1.O meu nome, seguido dos meus dados genealógicos e outras informações que se queiram incluir.

Geração 2
2.O nome do meu pai ...
3.O nome da minha mãe ..

Geração 3
4.O meu avô paterno ...
5.A minha avó paterna ...
6.O meu avô materno ...
7.A minha avó materna ...

Geração 4
(continua com os bisavós e seguintes)

Para além das vantagens já mencionadas, acresce ainda a sua universalidade. Qualquer árvore ou listagem Sosa é compreensível por qualquer genealogista, independentemente do seu país de origem e da época em que vive.

Existem, porém, algumas desvantagens. Conforme vamos progredindo na nossa ascendência o cálculo vai sendo cada vez menos intuitivo. Se tivermos a sorte de chegar até a fundação de Portugal, por exemplo, e descobrirmos que D. Afonso Henriques é nosso 22.º avô, ele terá o número 8.388.608.

Outro problema é a dificuldade em identificar os antepassados repetidos, que podem ser bastantes dada a frequência de casamentos consanguíneos no passado. Para contornarem este problema alguns genealogistas combinam esta numeração com outra, fazendo a referência cruzada pelo menor número Sosa do indivíduo. Uma antepassada repetida, com os números Sosa 75,  77 e 79, na posição 77 e 79  leva a indicação que se trata da mesma pessoa do número 75.

Os programas informáticos de Genealogia resolvem isto numerando as pessoas conforme vão sendo adicionadas na árvore, passando estas a ter um número de identificação (ID) que é sempre o mesmo, independentemente do número de vezes que se repetem. Desta forma, se descendemos de um Domingos Francisco 4 vezes, por diversos ramos, ele terá 4 números Sosa, mas apenas um ID.

Apesar de os programas informáticos de Genealogia fazerem todo este trabalho por nós, não são perfeitos e raramente vêm bem adaptados para a realidade portuguesa, brasileira e de outros países lusófonos. Por esse motivo muitos genealogistas preferem fazer os seus próprios relatórios usando folhas de cálculo, processadores de texto e outros. Uma vez que se trata de um método matematicamente uniforme, simples e eficaz, é perfeito para computadores e pode ser facilmente utilizado em Excel, como podem ver neste exemplo (também podem aproveitar e imprimir árvores de costados a partir deste Excel).

É frequente os iniciantes em Genealogia perguntarem como usar este sistema para incluir irmãos e primos. O método Sosa-Stradonitz não foi concebido para colaterais, mas existem outros para esse propósito, de que falaremos num próximo post.

9 de maio de 2018

9 de maio de 2018 por Maria do Céu Barros comentários
Uma obra interessante, editada pela Câmara Municipal de Óbidos, para quem pesquise na área.
A partir da página 77 do PDF, que é pesquisável, começam os documentos com interesse genealógico contendo sumários de escrituras de vários tipos, incluindo emprazamentos, com a indicação dos intervenientes.


Enviado pelo Ricardo Brochado, a quem agradecemos.

kwADLeiria
por Maria do Céu Barros comentários
O SIAN (Sistema de Informações do Arquivo Nacional) é rico em documentação, mas pouco amigável para quem pesquisa. São muitas as dúvidas e dificuldades para se encontrar a informação desejada.


A nossa amiga e colaboradora Márcia Helena Miranda de Sousa redigiu um tutorial, ilustrado com imagens explicativas, para aqueles que buscam lista de passageiros de navios e talões de registos de nascimentos, casamentos e óbitos. Pode ser facilmente seguido enquanto navegam no SIAN. É uma valiosa ajuda, muito útil para os pesquisadores.



1 de maio de 2018

1 de maio de 2018 por Maria do Céu Barros comentários
El Portal de Archivos Españoles es un proyecto del Ministerio de Educación, Cultura y Deporte destinado a la difusión en Internet del Patrimonio Histórico Documental Español conservado en su red de centros.
Como proyecto abierto y dinámico sirve de marco de difusión para otros proyectos archivísticos de naturaleza pública o privada, previamente establecido un marco de cooperación con el Ministerio de Educación, Cultura y Deporte.
PARES ofrece un acceso libre y gratuito, no solo al investigador, sino también a cualquier ciudadano interesado en acceder a los documentos con imágenes digitalizadas de los Archivos Españoles.

Neste portal encontra-se documentação variada que poderá ser de interesse para pesquisadores portugueses, como é o caso dos «Autos de Jaime Barbosa y sus hermanos, herederos de Fernando de Magallanes, con el Fiscal, sobre el cumplimiento de la capitulación hecha por el Rey con aquel capitán para el descubrimiento de la Especiería», que contém um traslado do testamento de Fernão de Magalhães, nas folhas 29 a 36, outorgado em Sevilha a 24 de Agosto de 1519, antes sair com a sua armada para Moluco.

Agradecemos ao Manuel Silva que nos chamou a atenção para este documento.




30 de abril de 2018

30 de abril de 2018 por Maria do Céu Barros comentários
Com um agradecimento ao Ricardo Brochado, que nos lembrou da existência online desta obra, ainda não referenciada neste blog, a Tese de Doutoramento de José Augusto de Sottomaior Pizarro, intitulada Linhagens Medievais Portuguesas, Genealogias e estratégias (1279-1325) é uma obra incontornável para todos aqueles que desejam conhecer, com rigor histórico, as genealogias da Idade Média.



Citando o autor:

Nobres, porém, de 25, ou de 101 linhagens diferentes, com origens variadas, quer no tempo quer no espaço, ocupando níveis distintos dentro da sua classe, que podiam ir dos Infantes ou ricos-homens até ao mais miserável dos escudeiros de província. No fundo, não pretendemos, com este trabalho, enquadrar funções, actividades, estatutos ou outras características específicas. Queremos, sim, e dentro das nossas várias limitações, reconstituir vidas, dar corpo a nomes perdidos na documentação e ligados por laços de sangue ou de afinidade. Os dados recolhidos sobre cada um deles permitem fazer uma ideia do estatuto e do comportamento social dos nobres, mas a sua lista está longe de ser exaustiva. Constituem apenas uma amostra representativa do conjunto. Neste sentido, e na nossa perspectiva, continuamos a acreditar que a Genealogia se apresenta como uma das abordagens metodológicas mais frutuosas para o conhecimento da nobreza, como da sociedade em gera, e para o qual este trabalho pretende, modestamente, contribuir. Assim, o que constitui o núcleo central deste trabalho são as reconstituições genealógicas ou, homenageando um dos nomes maiores da genealogia portuguesa, as Histórias Genealógicas das linhagens previamente seleccionadas. Será a partir delas que, depois, na terceira e última parte, se procurará definir e caracterizar a nobreza dionisina, através da análise do património, das relações com a corte, e das alianças matrimoniais.

São três volumes, dos quais estão disponíveis online dois, com reconhecimento óptico de caracteres (OCR), sendo, por isso, pesquisáveis. No volume I, Capítulo 4, a partir da página 153 da numeração original inicia-se as Linhagens, que são depois continuadas no segundo volume.

Tal como nos diz Ricardo Brochado, é uma obra gigantesca, certificada com a respectiva documentação, e que será de um valor excepcional para todos os que tenham a sorte e o ensejo de recuar até ao século XIV.

Linhagens Medievais Portuguesas - Volume I e II 
Universidade do Porto


Do mesmo autor:



23 de abril de 2018

23 de abril de 2018 por Gnealogiafb2 comentários

Por Ricardo Brochado

Partilho convosco um valioso artigo da Dra. Amélia Polónia, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que inclui uma listagem de Mestres e pilotos das carreiras ultramarinas: (1596-1648).

Livro de Lisuarte de Abreu, 1565


O artigo em causa pode ser consultado online, mas, quando a FLUP, procedeu à digitalização dos artigos, a tecnologia de OCR (reconhecimento de caracteres) ainda não estava disponível. Assim, para facilitar a pesquisa, converti as listagens com um software de OCR, permitindo a procura. No entanto o software possui limitações: se a palavra possuir acentuação não será reconhecida - por exemplo, para localizar “António” terão que procurar por “Ant”; também não pagina muito bem, tendo tudo que ser feito de forma manual, daí a aparência tosca dos ficheiros. No entanto reconhece o texto.
Etas listagens constam no artigo a partirá da página 52 do artigo da FLUP, cujo link se refere acima (página 323 da paginação original).

O índice está dividido em dois ficheiros PDF, por limitações do software, sendo que no segundo está a folha em falta da primeira série de ficheiros.

Inclui, para cada indivíduo, a data de nomeação, a posição ocupada, a carreira a morada - não indica a naturalidade - e claro, a referência do documento fonte.




13 de abril de 2018

13 de abril de 2018 por Manuela Alves comentários

Por José Luís Espada Feyo

D. Doroteia Maria Rosa Brandão Ivo Pedegache, existiu na Lisboa do século XVIII e inspirou indelevelmente a criação da célebre Blimunda, personagem central do “Memorial do Convento” de José Saramago.
Tal conclusão está muito bem explicada e dissecada no ensaio literário “A mulher e utopia em José Saramago – a representação de Blimunda em Memorial do Convento”, da autoria de Burghard Baltrush, no qual tive a sorte de tropeçar.



Na obra “Descrição da Cidade de Lisboa”, publicada em 1730, o seu autor falava já detalhadamente de D. Doroteia Pedegache e de seus poderes sobrenaturais:

“uma rapariga portuguesa que nasceu com uns olhos que bem pode dizer-se de lince; possui desde a mais tenra idade o dom de ver no interior do corpo humano bem como nas entranhas da terra. Aparentemente os seus olhos são como os do comum dos mortais, apenas muito grandes e verdadeiramente belos. Ela vê no corpo humano os abcessos e outras incomodidades e muitas vezes fica indisposta por ver o corpo das pessoas atacadas de doenças venéreas. Ela vê a formação do quilo, sua distribuição e distingue a circulação do sangue. Nunca se engana, em mulheres grávidas de mais de sete meses, no sexo do fruto que trazem no seu ventre. A sua vista penetra a terra no lugar onde há nascentes que ela descobre a uma profundidade de trinta ou quarenta braças, sem recurso a vara; diz com precisão o curso da água, a profundidade a que se encontra a nascente e distingue as cores e variedade das camadas de terra que existem sob a superfície. Este dom maravilhoso só o usufrui enquanto está em jejum; contudo, já lhe aconteceu depois da sesta, ter momentos de visão mais penetrante do que de manhã e então ter visto nos corpos através dos trajos o que ordinariamente não descobria através da pele”.

Tais relatos ganharam eco além fronteiras quando em 1738 o viajante e escritor francês Charles Frédéric de Merveilleux a refere nas suas Mémoires, que foram depois traduzidas noutras línguas europeias:

“conseguia ver o corpo humano, bem como o dos animais por dentro e outrossim o interior da terra a uma grande profundidade. Existe em Lisboa e nos arredores um grande número de poços que foram abertos por indicação desta mulher, que garantia onde e a que profundidade se encontrava água abundante e sempre se verificou com exacta precisão qualquer das suas previsões. O mesmo direi em relação à faculdade que tem esta senhora de ver no corpo humano as obstruções que se formam nas partes nobres ofendidas quando as pessoas se desnudam na sua presença”.

Em 1777, os seus dons são objecto de estudo na Academia de Ciências de Paris e em 1817 a sua história é ainda apresentada como assunto de grande actualidade no Edimburgh Magazine.
Ao contrário de muitas outras pessoas, que gozavam de fama idêntica, e que por isso morreram nas fogueiras dos Autos de Fé, D. Doroteia Pedegache, curiosamente, nunca foi perseguida pelo Santo Ofício, o que em grande parte se explica pela sua elevada posição social. Seu marido, Pierre Baptiste Pedegache, nobre francês instalado em Lisboa, era dos mais abastados e influentes comerciantes e banqueiros da cidade, muito próximo do Rei, e toda a sua família vivia na esfera da corte - seu filho Miguel Tibério era Moço de Câmara de um dos Infantes e a Rainha Consorte madrinha de baptismo de um dos seus filhos.
A esse propósito se escreveu à época, dizendo-se: “El Rei e os homens entendidos estão convencidos que não há impostura nestas manifestações e tanto assim é que Sua Majestade lhe fez mercê, antes dela casar, do dom, que não é muito vulgar em Portugal, e do hábito de Cristo para seu marido”.

Conhecedor desta figura da Lisboa setecentista e da sua singular história, com a qual terá esbarrado nos minunciosos e aprofundados estudos de época que sempre antecediam os seus romances de cariz histórico, José Saramago inspirou-se nela para criar a famosa personagem, em tudo idêntica.

Todas as características de Blimunda, nos mais pequenos pormenores, foram assim bebidos nesta singular senhora - até na circunstância de D. Doroteia perder a sua "singular faculdade nas mudanças do quarto de lua", conforme consta no relato de 1730, à semelhança do que acontece no romance com a personagem - tudo devidamente comprovado no referido ensaio que citei supra, só diferindo no estrato social, onde Saramago optou por apresentá-la numa pessoa humilde do povo – porventura em razão das suas convicções ideológicas – ao contrário de D. Doroteia Pedegache, senhora de elevada posição social e económica.


2 de abril de 2018

2 de abril de 2018 por Manuela Alves comentários
A publicação on line das Décimas pelo Arquivo Municipal do Porto motivou-me para alargar o nosso campo de pesquisas genealógicas, explorando outros recursos, existentes no Arquivo, que pudessem servir para aprofundar as nossas investigações.
Meti mãos à obra em relação aos prazos camarários do Porto por uma dupla razão: encontrei pouca informação publicada susceptível de esclarecer as minhas dúvidas (que eram mais que muitas), e constatei a existência de documentação no AHMP, que julgo pouco divulgada e que seria bom ser trabalhada por investigadores que aí encontrariam matéria-prima para trabalhos académicos sobre a história da cidade.


Mas nada como exemplificar através de alguns "casos", que fui publicando no grupo  do Facebook,  que prolonga este blogue,  a  contribuição dada pelos prazos para a identificação dos espaços urbanos que foram mudando de nome ao longo dos tempos.
Em 14.8.1536 o Senado da Câmara actualiza o foro de um cerrado ou quinta de 50 para 70 réis, situado na Rua da Cordoaria Velha, na entrada do Norte onde se chama a pedra escorregadia, perto da fraga e caminho que desce da Porta do Olival para Miragaia emprazado a Maria Perez e sua filha Cecília. Era um pomar de laranjeiras e outras árvores, limitado num lado pelo quintal de Afonso Pires, cordoeiro, e do outro pelo chão do Estrepam que se chama e foi jazigo de judeus que é fraga.
Data de 14 de Janeiro de 1615 o emprazamento pelo Senado da Câmara de “huma moradia de casas na Rua do Corpo da Guarda, junto da Travessa do Forno que vai para a rua Escura e ao canto da Calçada [ …] pelo foro de 35 réis a Francisco Pereira”
No dia 9 de Outubro de 1692 a Câmara do Porto emprazou ao arrais Domingos da Costa, pelo foro de 40 réis, um terreno para fazer casas, "sito por detrás do caminho do cano que vem da fonte de Malmejudas, para o chafariz da Praça da Ribeira, na mesma correnteza de casas que vem para a Fonte da Areia" Fonte de Malmejudas? Fonte da Areia?
Tive a sorte de encontrar este blogue da autoria de Vitorino Beleza e Sofia Fernandes "O Porto e a Água", parte II, que me esclareceu e que vos esclarecerá também, se o lerem , chamando a vossa atenção para as fotos 9, 10 e 11 e o texto que as acompanha.

O índice que aqui vou partilhar convosco é um mero instrumento de pesquisa e divulgação que foi construído a partir de índices manuscritos, elaborados no século XIX e que ampliei em termos informativos, tendo em vista a sua utilização para fins genealógicos, precedido por um quadro onde constam as cotas dos originais utilizados na elaboração dos índices, tendo em vista a sua consulta pelos interessados em ampliar a informação necessariamente sintetizada num índice
Esta ferramenta irá sendo completada à medida que eu for consultando esses índices (foi uma trabalheira descobrir a cota actual dos livros de que se serviram esses "beneméritos " (pois que utilizaram transcrições do século XVIII dos documentos em letra gótica. que eram já, nessa altura, de difícil leitura), apesar de ter contado com os bons ofícios dos funcionários do Arquivo, sempre que pedi o seu auxílio). Vai publicado em post separado Prazos da Câmara do Porto - Guia para consulta e solicitação

E não posso deixar de publicamente exprimir a minha opinião, manifestada em primeiro lugar in loco. Não tenho formação arquivística para avaliar da "excelência " do GISA para pessoal formado e treinado mas estou perfeitamente à vontade do ponto de vista do utilizador: é um sistema nada amigável para o utilizador comum e não presencial (os presenciais poderão contar com os funcionários de serviço e com ficheiros de pesquisa próprios alojados nos computadores da sala)

Das entradas registadas neste livro, elaborado segundo um critério cronológico,  Índice Geral de Prazos e Notas 1429 - 1780  -  Cota IA-27 AHMP é importante chamar a vossa atenção:
  • Para facilitar a transcrição e a leitura, a grafia foi actualizada e a redacção alterada , quando necessária Como as fontes são referidas,  um maior rigor é possível por quem o desejar.
  • Os dados fornecidos deverão ser confirmados pela consulta das fontes. Foi um trabalho solitário e apesar do cuidado posto, erros são possíveis. Agradecemos a comunicação para serem corrigidos.
  • Foram apenas considerados os registos relativos a prazos, quer a novos emprazamentos, quer em relação a acordos (concertos) sobre o valor de foros.
  • Nas notas registei, não exaustivamente, outros dados que me pareceram relevantes para a identificação de pessoas e locais.
Para saber mais:
Prazos ou contratos enfitêuticos
Prazos do século e prazos de Deus: os aforamentos na Câmara e no ...

A administração municipal do Porto no século XVIII  - Biblioteca estante Geografia Histórica kwADPorto

29 de março de 2018

29 de março de 2018 por Gnealogiafb2 comentários
Livros de registo de sepultamentos do Cemitério da Saudade, Piracicaba, SP - 1900 a 2002



Informações disponíveis nos livros:
Nome, data, cor, sexo, nacionalidade, idade, causa mortis, filiação, médico que atestou o óbito, número da sepultura, número da quadra, rua, observações.
Fonte: Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba

Os livros encontram-se disponíveis para consulta no Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba

11 de março de 2018

11 de março de 2018 por Gnealogiafb2 comentários
Constam autos de aprovação de testamentos ou autos de abertura de testamentos cerrados efectuados na presença do representante judicial (Juiz de Fora do Geral, Juiz Ordinário ou Juiz dos Resíduos e Órfãos), do tabelião de notas e de testemunhas presentes.

Nos mesmos autos constam os testamentos redigidos pelos tabeliães de notas ou pelos próprios testadores.

Os testamentos são constituídos por quatro partes distintas:

- Numa primeira parte o testador depois da saudação (Ex.: Em nome de Deus Amém e da Gloriosa e sempre Virgem Maria Nossa Senhora e todos os Santos e Santas da corte do Céu) inclui a sua identificação declarando o nome, o estado civil, a residência, a profissão e o estado de saúde.

- Numa segunda parte deixa clara a sua devoção cristã fazendo a encomendação da alma, escolhendo a mortalha e o lugar de sepultura, indicando o acompanhamento ou a constituição do cortejo fúnebre, determinando o número de ofícios e missas a realizar com as respectivas intenções, o custo das cerimónias, dos legados de caridade e dos legados religiosos.

- Numa terceira parte inicia as disposições materiais ou herança com a enumeração dos legatários e dos herdeiros, atribuição da terça, repartição da herança, pagamento e cobrança de dívidas, reserva de usufrutos, estipulação de encargos, pensões e nomeação do testamenteiro.

- Para finalizar e numa quarta parte constam as testemunhas, o escrivão, o lugar de redacção e a data.
Fonte: Arquivo Distrital de Évora

ÍNDICE ONOMÁSTICO - Aqui

- Como encontrar o testamento pretendido?
   Em Pesquisa Avançada colocar o respectivo Código de Referência.
 

kwADEvora

4 de março de 2018

4 de março de 2018 por Manuela Alves comentários
Em dia de aniversário do nascimento do Infante D. Henrique, mais um passo para divulgar o acervo documental da Casa do Infante, onde está sediado o Arquivo Histórico Municipal do Porto.



23 de fevereiro de 2018

23 de fevereiro de 2018 por Maria do Céu Barros comentários
Os processos de Leitura de Bacharéis testemunham os procedimentos legislados para prover bacharéis em cargos de magistratura. Antes da prestação de provas no Desembargo do Paço, ao bacharel candidato era instaurada uma inquirição sigilosa sobre a sua vida e seus antecedentes familiares. Esta inquirição era levada a cabo pelo corregedor da comarca sob ordem do Desembargo do Paço, constando dela a recolha de informação, definida em questionário de devassa tipificado para o efeito, que o sindicante deveria obter nas suas diligências junto das testemunhas inquiridas.
Fonte: ANTT

Paço a-par-de-São Martinho mandado construir por D. Fernando I, em 1367, residência régia de D. João I. Entre 1495 e 1521 foi sede do Desembargo do Paço, para além de ter começado a funcionar como prisão e albergado várias repartições de justiça, nomeadamente a Casa da Suplicação e a Casa do Cível.

Parte desta documentação encontra-se já digitalizada. Para maior facilidade de pesquisa incluímos aqui um ficheiro Excel com todos os nomes. Alguns processos não estão disponíveis a partir da página do bacharel no ANTT, mas podem estar na página do maço respectivo. Aconselhamos clicar no link do maço e verificar se a digitalização se encontra nessa página.



Clique aqui para visualizar o índice, ou clique aqui para transferir.

Estes processos contêm dados relevantes para Genealogia, uma vez que incluem filiação,  avós, naturalidade e outras informações. As perguntas colocadas às testemunhas eram as seguintes:

1. "Se sabe, ou suspeita o que lhe querem perguntar, e se lhe disse algum sendo perguntado dissesse, mais ou menos da verdade";
2. "Se conhece ao dito habilitando, e se sabe quem fossem seus pais, avós, e que razão tem de os conhecer";
3. "Se sabe que o dito é cristão velho, limpo, e sem raça alguma de cristão novo, mouro, mulato, ou de outra qualquer infecta nação, ou de novamente convertida à nossa Santa Fé Católica";
4. "Se ouviu, ainda que não saiba de certo alguma fama, ou rumor em contrário, e a que pessoas o ouviu, e em que ocasião";
5. "Se o pai, e avós do dito habilitando exercitaram em algum tempo ofício mecânico";
6. "Se é pessoa de boa vida, e costumes, solteiro, ou casado com mulher de limpo sangue, e sem raça."



20 de fevereiro de 2018

20 de fevereiro de 2018 por Paula Peixoto comentários
Lista de soldados falecidos, no período do Cerco do Porto, que se encontram registados nos livros de óbito da freguesia de Grijó, ano 1832/1833
Recolha feita por António José Reis a quem agradecemos a partilha.

Vista da Cidade do Porto, tomada do Convento da Serra, avistando-se a Ponte das Barcas e a Igreja da Serra do Pilar, desenhada pelo Capitão Charles Van Zeller, em 1833 - Arquivo Municipal do Porto


Lista de Óbitos - PDF




kwADPorto

18 de fevereiro de 2018

18 de fevereiro de 2018 por Manuela Alves comentários
Com grafia actualizada (para facilidade de transcrição e de leitura), excertos de índices de registos relacionados com emprazamentos elaborados pelos serviços camarários do Porto cerca de 1842 e que tenho vindo a consultar.no Arquivo Histórico Municipal do Porto, vulgo Casa do Infante.

17 de fevereiro de 2018

17 de fevereiro de 2018 por Gnealogiafb2 comentários
Encontram-se para consulta alguns inventários de documentos existentes no Arquivo Municipal de Redondo, nomeadamente Livros de Registos de Testamentos, Autos de Contas de Testamentos, Autos Cíveis e de Crime, Conciliações - Juiz de Paz, Escrituras e outros mais.



Podem ser consultados na página da Câmara Municipal de Redondo - aqui

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