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29 de março de 2020

29 de março de 2020 por Manuela Alves comentários
Sob o baixo-relevo de Teixeira Lopes (pai) que evoca a tragédia, ocorrida precisamente naquele local a 29 de Março de 1809, estão sempre velas acesas que intercedem pelo descanso eterno dos homens, mulheres e crianças afogados no Douro quando tentavam fugir à invasão francesa comandada pelo general Soult.


Alminhas da Ponte (pormenor) - Baixo-relevo de Teixeira Lopes

Era uma quarta-feira de Trevas, dia 29 de Março  daquele ano de 1809…
Milhares de soldados franceses , sob o comando de Soult, depois de terem entrado em Portugal pela fronteira de Chaves, tinham-se apoderado de Braga e aproximavam-se do Porto.
Dois séculos depois, existem diferentes opiniões sobre a razão do desastre mas hoje deixo aqui duas versões de franceses, testemunhas dos acontecimentos trágicos desse dia e que foram referidas na versão original em francês ( deixo-vos com a minha tradução tant bien que mal...) por Jorge Martins Ribeiro.
O primeiro relato faz parte das Memórias do General Soult, o segundo é da autoria do cónego Noêl—Antoine Apuril du Pontreau, sacerdote emigrado no Porto, de posições violentamente anti-napoléonicas.

1
O major Dauture chegou à ponte do Douro, no momento em que os Portugueses procuravam cortá-la sob a protecção da sua poderosa artilharia colocada na margem esquerda no convento da Serra.
Não havia um instante a perder, ou a ponte estava perdida. Quando o Coronel Donnadieu e o Major Dauture chegaram aí, encontraram-na pejada por mais de dois mil indivíduos de todas as idades e sexos. No seu pânico eles tinham feito afundar um dos pontões e tinham sido engolidos com ele. A cavalaria do bispo[1] que fugia no mesmo instante passava sobre os corpos dos desgraçados, esmagando-os impiedosamente com as patas dos cavalos. Foi assim que ela conseguiu escapar-se alguns momentos antes da chegada dos Franceses.
Os nossos soldados, mais generosos, apressaram se a socorrer alguns dos afogados que davam ainda alguns sinais de vida; outros para evitar marchar sobre eles colocaram pranchas nos lados e passaram para lá da ponte, apesar do terrível canhoneio do inimigo.
A tomada da ponte era de uma importância muito grande; reforços foram enviados ao coronel do 47° que os dispôs habilmente para se apoderar do subúrbio de Vila Nova assim como da margem esquerda do Douro.



2
Da mesma forma o medo e o horror apoderaram-se dos cidadãos de qualquer estado , de qualquer sexo, de qualquer idade que há pouco tranquilos nas suas casas confiando na bondade das trincheiras e dos redutos e na multidão e bravura dos seus concidadãos saíram em confusão das suas casas uma parte fugiu ao longo do rio para o Freixo, muitos outros para Vila Nova
Dois homens robustos, no começo da ponte da Ribeira, armados de lanças terminadas num ferro agudo, ameaçaram matar quem quer que ousasse querer avançar, sob o pretexto de  provavelmente querer impedir a emigração. Então esta parte da ponte, sobrecarregada por un número demasiado considerável de indivíduos quebra-se, desmorona-se afunda-se subitamente
A afluência era tão grande que os de trás empurravam sempre para a frente, ignorando a ruptura da ponte e desgraçadamente sem dar atenção aos gritos horrorosos e lamentáveis de desespero dos que à vista de uma morte inevitável, se viam precipitados no rio!
Ah Grande Deus! … Oh! Dor!... Em poucos minutos, três mil pessoas foram sepultadas sob as águas!!!
Que triste situação para estes infortunados! Que espectáculo de horror terrível e lamentável para mim, testemunha da minha janela de esta cena trágica, lúgubre e de desolação. Todo o meu ser estremece ainda!
Além disso, para cúmulo da desgraça, ao longo de Miragaia, na Porta Nova, na dos Banhos, o povo lançando-se em multidão nos numerosos barcos que aí se encontravam ocasionou a perda de uma infinidade de pessoas pela viragem de vários barcos sobrecarregados. Cerca de três mil e seiscentas pessoas no total nesses diversos lugares do rio, diz-se, pereceram assim miseravelmente.
Ah! infames jacobinos!
Mais de oito dias foram ocupados a retirar da água esses milhares de cadáveres que entupiam essa parte do leito do rio onde a corrente da água não se faz sentir, aliás detidos pelos despojos dessa parte da ponte e por alguns cavalos da cavalaria inimiga que foram também engolidos.
A ponte, neste triste momento foi aberta no lugar da ponte-levadiça onde tinham tirado duas barcas no momento em que o povo queria fugir. Já muitas pessoas estavam aí e várias se afogaram lançando-se em vários barcos que aí se encontravam.



[1]O Bispo do Porto, D. António de S. José e Castro, que na altura representava a autoridade, assumindo o cargo de comandante militar da defesa da cidade.

16 de março de 2020

16 de março de 2020 por Manuela Alves comentários
Publicado anteriormente em 18/12/2018

A origem do nome Corpo da Guarda na toponímia do Porto

A genealogia documentada leva-nos muitas vezes a desmontar estórias de família mal contadas ou esbatidas pelo tempo ou fantasiadas, mas também pode levar ao esclarecimento de mitos ligados à toponímia dos espaços percorridos por gerações que nos antecederam... e que hoje cairam no esquecimento ou que são desconhecidos da gerações que nos seguem... E o que nos falta em erudição, sobra-nos no afinco com que buscamos reconstituir a vida passada da nossa gente em todas as suas vertentes, transformando essas memórias numa memóra de afectos que nos ligam a esse passado familiar.



É este o caso do local, hoje desaparecido, onde eu nasci a casa dos meus bisavós maternos, no Porto, no então denominado Largo da Cividade ou Largo do Corpo da Guarda, 32.

A actual Avenida de D. Afonso Henriques foi rasgada na década de 50 do século XX a fim de estabelecer a ligação da zona da estação de S. Bento ao tabuleiro superior da Ponte de Luís I e isso implicou a demolição dos prédios situados nos quarteirões que aquela veio a atravessar.

A adopção da denominação de Calçada do Corpo da Guarda substituindo a denominação de Calçada da Relação Velha( e antes disso Calçada da Relação) e do largo do mesmo nome – teria ocorrido já no século XIX, e derivaria do facto de para aí se ter transferido, ainda antes do Cerco do Porto, o Corpo da Guarda Real da Polícia do Porto, que anteriormente se encontrava instalado no edifício da Real Casa Pia de Correcção e de Educação. É esta explicação dada por Cunha Freitas na sua obra sobre a toponímia portuense, que tem vindo a ser repetida por muitos que se debruçam sobre estas questões. Ora esta referência ao Terreiro do Corpo da Guarda nas Décimas de 1704 e 1705, publicadas on line pelo Arquivo Histórico Municipal do Porto invalida a justificação tradicional acima referida.


Mas podemos recuar mais : data de 14 de Janeiro de 1615 o emprazamento pelo Senado da Câmara de “huma moradia de casas na Rua do Corpo da Guarda, junto da Travessa do Forno que vai para a rua Escura e ao canto da Calçada [ …] pelo foro de 35 réis a Francisco Pereira” (Fonte : Prazos Livro 3, Fol. 245)
Mas ainda me resta para descobrir a origem do magnifico azulejo (primeira imagem), hoje guardado no Banco de Materiais da C.M.P. e proveniente de uma casa demolida no Corpo da Guarda, bem como os anteriores ocupantes da Casa do Largo. Será que consigo?

Se ainda não tive ocasião de averiguar a origem do azulejo, dois factos posso acrescentar:
Foi o Mestre João António Correia,  autor de Negro, obra exposta no Museu Nacional Soares dos Reis e primo direito de minha tetravó materna, o anterior ocupante da Casa do Largo. Aí faleceu solteiro em 1898;
o último andar da casa onde avultam umas janelas, destoando do resto do edifício, foi a "mansarda" mandada construir em 1908 por Francisco José Júlio dos Santos, meu trisavô, conforme  consta da respectiva planta.

kwADPorto

20 de janeiro de 2020

20 de janeiro de 2020 por Manuela Alves comentários
Para saber mais sobre a propriedade camponesa, nos seus variados aspectos, e de forma a propiciar também aos leitores deste blogue informação acessível on line, disponiblizamos aqui alguns artigos de revistas científicas e outras publicações de maior fôlego:

Resultado de imagem para paisagem rural no vale do sousa


SILVA, Rosa Fernanda Moreira da - “Contrastes e mutações na paisagem agrária das planícies e colinas minhotas Studium Generale. Estudos contemporâneos, Porto, nº 5, 1983, p. 9-115
https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/56373

SCOTT, Ana Sílvia Volpi - "Famílias, formas de união e reprodução social no noroeste português (séculos XVIII e XIX)". Guimarães : NEPS, 1999.
http://hdl.handle.net/1822/1873

DURÃES, Margarida - “Heranças: solidariedades e conflitos na casa camponesa minhota (sécs. XVIII-XIX) 2003
http://hdl.handle.net/1822/2883


DURÃES, Margarida_“Estratégias de sobrevivência económica nas famílias camponesas minhotas: os padrões hereditários (sécs. XVIII – XIX)” Anais do XXI Encontro Nacional de Estudos Populacionais 2018 http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/3218

17 de dezembro de 2019

17 de dezembro de 2019 por Manuela Alves comentários
Publicado originalmente em 8.04.2017

A publicação da autoria de Maria José Lagoá e Francisco Ribeiro da Silva, versando a formação profissional no Antigo Regime, leva-nos ao mundo dos ofícios mecânicos.

Oficina de cerieiro (fabricante de velas)

De forma sucinta, mas esclarecedora, os autores revelam-nos  um sector de actividade em que tantos dos nossos antepassados se formaram e se inseriram. Uma mais valia pode ser acrescentada a este trabalho com a indicação de fontes primárias que poderão ser consultadas por quem desejar aprofundar o assunto ou servir de exemplo a fontes documentais de âmbito geográfico diverso.

A  formação Profissional no Antigo Regime - Maria José Lagoá, Francisco Ribeiro da Silva

O Porto dos Mesteres, segundo o mapa elaborado pelo Senado da câmara para a regulamentação das profissões na procissão do Corpo de Deus, em 1773, representava-se por 37 ofícios.
Para preparar este tecido social formado pelos ofícios mecânicos, desenvolvia-se um tipo de ensino profissional vocacionado para o saber dominar, de uma forma muito pragmática, cada arte da especialidade, e apenas essa, com saída directa para o mercado de trabalho.
Tratava-se de um ensino vocacionado para a aprendizagem das artes manuais. devidamente estruturado e de carácter particular e autónomo. Variava de cidade para cidade, dependendo das exigências comerciais de cada uma, porque cada qual apresentava as artes necessárias à indústria e comércio local e nacional.
Essa aprendizagem decorria num longo período, a que o formando, na categoria de aprendiz, se sujeitava. Ministrava-o o mestre do oficio e a loja funcionava corno escola. Iniciava-se em idade própria e recomendada. O aluno obedecia a determinado perfil. Lavrava-se, obrigatoriamente, matrícula. O tempo de aprendizagem decorria entre cinco a dez anos. Cada mestre recebia entre um a dois alunos. As matérias de ensino apresentavam-se predominantemente práticas e especializadas, apesar de, em algumas profissões, o saber ler e escrever ser uma exigência. Nestes casos ou o aluno chegava alfabetizado, ou sê-lo-ia pelo mestre.
Entre o mestre e o aprendiz estabelecia-se uma relação mútua de direitos e deveres, registada num autêntico estatuto de aprendizagem. Acrescente-se, ainda, que o aluno pagava propinas e recebia salário.
O Porto serve como exemplo ao que acima foi dito tendo como vasto manancial de fontes os compromissos dos ofícios mecânicos, pormenorizados em contratos notariais, principalmente no concernente ao século XVIII.





A segunda publicação, da autoria de Gaspar Martins Pereira, docente da Universidade do Porto, remete-nos para a formação profissional dos artífices na nova ordem socio-económica liberal, que se impôs no segundo quartel do século XIX. Serve-lhe de base a actividade de uma Comissão de Inquérito à situação do aprendizado e do trabalho dos menores nas fábricas e oficinas, práticas correntes nos diversos distritos do Norte e Centro do pais (Viana do Castelo, Braga, Bragança, Porto, Aveiro, Viseu e Guarda), em 1866 .


13 de dezembro de 2019

13 de dezembro de 2019 por Maria do Céu Barros comentários
São imensas as pessoas que têm um ou mais expostos nas suas árvores de família,  e são muito poucos os casos em que conseguem ultrapassar o silêncio em torno dessas origens e descobrir, num golpe de sorte, quem foram os seus pais. A maioria permanecerá, talvez para sempre, incógnita, mas não deixaram de ter mães na forma das amas, na sua maioria mulheres com pouquíssimos, ou nenhuns, recursos, o que tornava o pagamento pela criação dessas crianças uma ajuda essencial à sua sobrevivência. Da miséria e exploração desta triste condição dá-nos conta L.A. de Carvalho na sua obra «Os Mesteres de Guimarães - Mercadores e Mesteirais». O autor analisou os livros de vários mercadores dessa cidade e neles encontrou lançamentos que contam parte dessa história.


2 de novembro de 2019

2 de novembro de 2019 por Maria do Céu Barros comentários

Por Rui Faria

Falar de Braga na primeira metade de Seiscentos é retratar uma cidade impregnada do espírito contra reformista, onde não havia lugar à diferença no que toca ao rito oficial. As dinâmicas comerciais que se faziam sentir, remontam ao século anterior, enraizadas entre a comunidade cristã-nova. A exemplo de outras comunidades do país, algum do fervor religioso mais exacerbado que se vislumbra em Seiscentos, foi propagado por membros destas linhagens que a custo tentavam limpar a mácula no sangue, distanciando-se dos passados, sem nunca abandonar o espírito de sacrifício e a extraordinária capacidade para um incansável recomeçar, quase que inscrito nos genes dos perseguidos pelo Tribunal que se dizia Santo.

Um destes personagens foi Pedro de Aguiar, Familiar do Santo Ofício, descendente da comunidade sefardita bracarense, que, cansado de ver as perseguições a que eram sujeitos os infamados, alinhou no status quo e abraçou a empreitada de limpar a mácula de seu sangue. 

O singelo testemunho de Valério Pinto “homem que sabe todas as notícias antigas de Braga” refere que

na era de mil seiscentos e vinte até mil seiscentos e vinte e cinco houvera na cidade de Braga muitas prisões pelo Santo Ofício, e que por esse motivo as mais das pessoas limpas de infecta nação e possantes se meteram familiares do Santo Ofício e que um deles fora o dito Pedro de Aguiar. 

Mas desenganem-se os que pensam que Pedro renegou os seus, pelo contrário, diz-se que avisou «uns judeus muito ricos que fugissem tendo ele ordem do Santo Ofício para os prender».

De seu casamento, quis Deus que dos vários filhos nascidos nenhum sobrevivesse aos pais; como tal, Pedro de Aguiar, perseguindo o seu objetivo, investiu o capital amealhado de uma vida em obras pias. Fundou «o recolhimento das beatas do Campo de Santa Ana, que hoje são professas como consta da escritura feita a oito de maio de mil e seiscentos e trinta e um deixou vinte e cinco mil reis de renda cada ano ao Santíssimo Sacramento da Sé de Braga fez mais no hospital de Braga a Capela de São Marcos com trinta mil reis de renda cada ano como consta de um epitáfio que está no altar da dita capela que diz o seguinte: esta capela mandou fazer Pedro de Aguiar familiar do Santo Ofício mandou fazer a capela do Nascimento de Nossa Senhora à Branca, e nela rezam seis capelas e para tudo deixou rendas o dito Pedro de Aguiar e consta de um epitáfio que está no lado esquerdo da dita capela que diz esta capela do Nascimento do Senhor mandou fazer Pedro de Aguiar familiar do Santo Ofício faleceu o dito Pedro de Aguiar a vinte e cinco de dezembro de mil seiscentos e cinquenta e seis como consta do letreiro que se vê escrito na sua sepultura na mesma capela que diz aqui jaz Pedro de Aguiar familiar do Santo Ofício e deixou à Misericórdia de Braga muitos dinheiros que andam a juro e do procedido deixou que se casassem as órfãs que fossem suas parentas».

kwADBraga

1 de novembro de 2019

1 de novembro de 2019 por Manuela Alves comentários

Por Maria Isabel Frescata Montargil

Mais um texto desta série, desta vez da autoria da nossa amiga e colaboradora Maria Isabel Frescata Montargil , com a qualidade e o rigor imaginativo que já lhe conhecemos.

O TERRAMOTO DE 1755 E A ANA TERESA, DA ANUNCIADA (SETÚBAL)
(minha antepassada)
Era um dia santo , o 1º de Novembro.

Por Troino, pertinho do rio Sado, já quase- mar, Ana Teresa , a mulher de António Vidal, sabia-o. Trazia no ventre já pesado o seu primeiro filho. Que Deus o protegesse… que nascesse são, numa “hora pequenina” . Hoje, dia de Todos-os-Santos, depois dos fiéis defuntos, no dia que se seguiria. Sentia-se protegida ali … era sítio dos “seus”. Todos ali tinham nascido, em bairro de pescadores, de faina do mar, de salinas tão perto… Menos o avô António Mendes, pai da mãe: viera de tão longe, decerto com o padrinho de casamento, o capitão António Gomes Bravo. Tão novinho… nascido em Montalegre, terra de montanhas lá pelo norte, terra de neves e de serranias. Perto de Espanha. Todos o tinham conhecido menino ainda, já em Setúbal … Casara com a avó Maria da Cruz, já na Anunciada. Há mais de cinquenta anos … 

Ela, poucos meses antes, com o António Vidal. Também dali, claro. E um tanto à pressa, quando descobrira que … Temia as bocas do mundo, a Igreja e o Inferno ! O castigo pelos pecados … Tomara que o filho (ou a filha) nascesse bem ! 

Que a Srª da Anunciada a protegesse, que era o pedido que todos os do hospital da confraria dali faziam. E a Srª às vezes atendia … Que a confraria não tinha que obedecer ao Rei . mas apenas ao Papa, ouvira dizer … No Castelo, ali bem perto sim, o Rei mandava, mas na Igreja não … E era cada discussão entre o Sr. Padre e o Sacristão sobre a quem se devia obediência ! Coisa antiga, já … 

Era ainda manhã cedo, tinham repicado os sinos e muitos se encaminharam para as Igrejas …




Mas aquele foi afinal um dia diferente ! Sentiu que chão e paredes tremiam . Com força… como nunca sonhara ! E não apenas tremiam, como também caíam! Por toda a vila soavam gritos. E a igreja – a sua, a da Srª, a da confraria e do hospital – tinha fendas ! Que se abriam a olhos vistos !!! E as casas … E o ronco do mar , que vinha direito à terra !!! Abria também fendas a terra e jorrava água do mar, a ferver, até bem alto! Mesmo na sua frente … E o fogo, também ali e … acolá, e mais além! 

Coisa do Inferno, só poderia ser, naquele dia quente… Ou castigo de Deus por tanto pecado como mais tarde diria o Padre Malagrida, no exílio de Setúbal. Que o Sr. Ministro, Marquês de Pombal não era de se ficar … E também Malagrida iria experimentar o fogo, mas o da Inquisição …


Mas então já tinha nascido, são e salvo, o Francisco, o seu primeiro filho ! E já tinha também vindo ao mundo e à vila de Setúbal (tão diferente estava …) a Rosa Inácia, irmã do Francisco e minha antepassada também. 

Apenas ano e meio depois do terramoto 



28 de outubro de 2019

28 de outubro de 2019 por Maria do Céu Barros comentários
O programa Archive GetLinks é uma aplicação Java que permite descarregar livros em formato digital disponíveis na Internet.

IMPORTANTE: Esta página deixou de ser actualizada. Podem, no entanto, continuar a descarregar a versão 1.07.1 (em baixo).  Para a nova versão clicar aqui.

IMPORTANT: This page is no longer updated, but you may download version 1.07.1 (bellow). Get the new version here.




Disponível para MAC, Windows e Linux.


Línguas suportadas : Português, Inglês, Espanhol, Italiano




Apoie este projecto

A aplicação foi desenvolvida por Carlos Leite, e partilhada por ele gratuitamente com toda a Internet através deste blogue. Tem dedicado muitas horas do seu tempo a melhorar e a adaptar o GetLinks às sucessivas alterações nos arquivos, tentando sempre ir de encontro aos pedidos que lhe fazem, dentro do possível. O serviço que tem prestado à comunidade genealógica, que ultrapassa as fronteiras de Portugal e Brasil, é inestimável. Se alguma vez pensou em agradecer-lhe e oferecer o seu contributo, agora já o pode fazer através de um donativo monetário. Se nunca tinha pensado nisso, talvez possa agora fazê-lo. O seu apoio é importante.
Para contribuir para o desenvolvimento do GetLinks, com o valor que entender, clique na imagem abaixo:

Doar via PayPal
Please support this project by donating via PayPal

Também o pode fazer pelo GetLinks. Clicando no menu Ficheiro e depois em Sobre, encontra um botão PayPal que o levará para a página de donativos do Carlos Leite.

Archive GetLinks




I M P O R T A N T E
INSTALAR O JRE (Java Runtime Environment)
Se não completar este passo, o GetLinks poderá não funcionar.


Para executar estas aplicações é necessário ter o Java Runtime Environment (JRE), versão 8u131 ou superior, instalado no computador.



  • Windows: para instalar o JRE, ou a sua versão mais recente, entrar em http://java.com/pt_BR/ e seguir as instruções na página (se tiver um bloqueador de popups pode ser necessário permitir os popups para o site java.com).
  • MAC: se obtém um erro ao executar a aplicação, ou se esta não iniciar, deve actualizar a versão do Java. Veja aqui  como fazê-lo no Mac.
  • LINUX: terá de instalar a versão 8u131 ou superior do Java.



Archivo GetLinks 1.07.01

Detalhes da nova versão:
  • É agora possível selecionar a língua desejada da aplicação. Para já está disponível em inglês, espanhol e italiano, para além do português.
  • Foi adicionado suporte para mais 2 arquivos: O arquivo PARES - Portal de Archivos Españoles e o Archivo General de la Region de Murcia.
  • No menu opções existe agora a opção "Saltar Imagem em erro", para evitar que a aplicação bloqueie nos downloads quando uma imagem não está disponível.
  • Foram adicionados mais alguns botões que se auto explicam passando o rato sobre eles.

15-07-2020


Com esta aplicação pode descarregar livros dos seguintes arquivos:




Tutorial

Conteúdo deste tutorial:

1 - Instalar o Java
2 - Instalar o GetLinks
3 - On/Off
4 - As opções
5 - Paroquiais nos arquivos portugueses
6 - FamilySearch e outros arquivos, ou outro tpo de livros
7 - FamilySearch - Outras funcionalidades
8 - Parar os downloads
9 - Onde estão as imagens?
10- Eliminar subpastas
11- Download parcial de livros
12- Mais dicas
13- Listas de livros (apenas Digitarq) ***NOVO**
14- Possíveis problemas
15- Problemas com o download de imagens do FamilySearch





INSTALAR

Não é necessário instalar o GetLinks. Apenas necessita fazer o seguinte:

1 - Crie uma pasta no seu computador, por exemplo no Ambiente de Trabalho. Mude o nome dessa pasta para GetLinks.
2 - Coloque o ficheiro Zip que descarregou no passo anterior, dentro da nova pasta GetLinks.
3 - Clique com o botão direito do rato sobre o ficheiro zip e, de seguida, clique em "Extrair aqui".

Para executar o programa:

Clique duas vezes sobre o ficheiro ArchiveDownload.exe OU no ficheiro ArchiveDownload.jar.


Ambos os ficheiros correm a aplicação, mas no sistema Windows é preferível usar o executável uma vez que esse informa caso falte instalar o Java ou se a versão instalada for demasiado antiga. Se ao executar a aplicação o Windows apresentar um aviso sobre a aplicação não ser reconhecida, clique em "Executar mesmo assim".

Aspecto da aplicação




INSTRUÇÕES


ON/OFF

Clique no botão Download para o colocar em ON. Enquanto estiver vermelho nada será descarregado. Assegure-se, por isso, de que está verde antes de iniciar um download. 
Pode utilizá-lo para rapidamente interromper o download de imagens.



As opções 

Por predefinição, o GetLinks guarda as imagens na sua própria pasta, ou seja, na mesma pasta onde está o ficheiro ArchiveDownload.jar. Se desejar guardá-las noutra localização, defina-a no menu Opções, sub-menu Opções.  

Escolha a localização para download em "Pasta de Download", clicando no botão com os três pontinhos. Neste exemplo, criamos uma pasta PAROQUIAIS dentro da pasta do GetLinks, para guardar todos os livros, mas pode usar qualquer outra localização, incluindo uma pen ou disco externo.



Ainda em Opções, desmarque a opção "Carregar com Zip", caso deseje descarregar livros do Archeevo novo, imagem a imagem, em vez de ficheiros zip. Esta opção não tem qualquer efeito no Archeevo antigo, uma vez que esse não oferece a opção para descarregamento de livros inteiros. No Archeevo novo, nem todos os arquivos têm essa opção activada.

Aqui pode também alterar o número de imagens a descarregar em simultâneo. A opção "Saltar Ficheiro Existente" evita a repetição do download de imagens que já existem na pasta.

A opção "Saltar Livro em erro" será explicada mais abaixo em "Importar uma lista de livros".

Saltar imagem em erro - caso uma imagem não esteja disponível, esta opção permite saltar para a imagem seguinte, evitando o bloqueio da aplicação.

FamilySearch: introduza aqui os dados da sua conta FamilySearch para poder aceder aos servidores do FS com o GetLinks. Não poderá descarregar livros do FS sem primeiro efectuar login.



Paroquiais nos Arquivos Portugueses - O tombo.pt é seu amigo

Para todos os arquivos, cujos livros estão listados no tombo.pt.
  • Entre no tombo.pt e navegue até à paróquia que lhe interessa, à página onde estão listados os livros, por exemplo http://tombo.pt/f/gmr35, e copie o link dessa página.
  • No GetLinks, cole esse link na caixa de texto e pressione o botão GO. Assegure-se que o botão Download está ON (verde).
  • Na caixa de diálogo que surge, aguarde até aparecer a árvore com todos os livros. 

  • Clique na primeira opção para desmarcar tudo e, de seguida, seleccione os que lhe interessam.
  • Pode também usar a caixa de filtro para localizar mais rapidamente os livros que procura. Por exemplo, se teclar 1911 e depois clicar em filtrar, as setinhas aparecerão apenas junto aos itens que contêm essas datas. Clique no botão Limpar para voltar à lista inicial.
  • A opção "Índice Max" funciona apenas nos arquivos Digitarq e permite descarregar apenas as primeiras imagens de cada livro escolhido. O valor 0 refere-se a todas as imagens. Tecle outro valor para descarregar apenas esse número de páginas.
  • Clique no botão Iniciar.
  • Logo que o processo termine, o download será iniciado. Se ainda tinha o botão download em OFF, coloque-o em ON.
Nota: Caso surja uma mensagem de erro, verifique se colou o link correcto.
O programa vai carregar as imagens de todos os livros sequencialmente e iniciar o download.

Cada livro será guardado na sua própria pasta, dentro da pasta Baptismos, Casamentos ou Óbitos, consoante for o caso. Estas, por sua vez, serão guardadas numa pasta com o nome da freguesia. O GetLinks cria todas essas pastas automaticamente, para não ter de se preocupar em organizar as imagens.

Esta é a forma ideal para descarregar paroquiais dos arquivos portugueses, mesmo que apenas queira descarregar 1 livro. Pode, no entanto, usar o link directo de um livro do arquivo pretendido, em vez do link do tombo.pt. Para isso, siga o mesmo procedimento do passo seguinte.


FamilySearch e outros arquivos, ou outro tipo de livros

Siga este passo para o FamilySearch, Direzione Generale per gli Archivi, Iviewer (Arquivo Distrital de Vila Real), Centro de Conhecimento dos Açores.

Siga também este passo para descarregar outros livros, por exemplo, processos da Inquisição, Inquirições de Genere, Bilhetes de Identidade, etc. Os livros das Memórias Paroquiais, não podem ser processados de uma vez, ou seja, tem de ser por Tomos.

Note que, nestes casos, o GetLinks apenas descarrega um livro de cada vez e não cria, nem organiza, automaticamente, as imagens em pastas. Terá de o fazer manualmente. Pode optar por fazê-lo antes de iniciar o download ou, se preferir, fazê-lo depois de ter descarregado o livro:

Organizar antes de iniciar o download: 
Abra as Opções e introduza o caminho para a pasta desejada. Se a pasta não existir, ela será criada. No exemplo abaixo, usamos o caminho que já lá estava e adicionamos mais 3 pastas :
\Pencelo\Baptismos\1537-1670
 Como estas últimas não existem, o GetLinks perguntará se desejamos criá-las.


Organizar depois de ter feito o download do livro:
Abra a pasta onde foram guardadas as imagens e faça a sua organização manualmente.

Para descarregar

  • Na página do arquivo em questão, localize o livro pretendido e abra-o no browser. 
  • Copie o link e cole-o na caixa de texto do GetLinks.
  • Clique no botão GO.


FamilySearch - Outras Funcionalidades

Pode carregar vários livros de uma vez, quando pesquisa no catálogo do FamilySearch, como é o caso deste exemplo.

  • Copie o link do catálogo e cole-o na caixa de texto do GetLinks
  • Clique no botão GO e aguarde pelo carregamento dos livros
  • Clique na primeira opção para desmarcar tudo e, de seguida, seleccione os que lhe interessam.
  • Clique no botão Iniciar.
  • Logo que o processo termine, o download será iniciado. Se ainda tinha o botão download em OFF, coloque-o em ON.
Pode descarregar apenas as primeiras páginas de um dado livro. Por exemplo, no link acima aparecem vários processos de casamento e, normalmente, nas primeiras páginas surge a informação relevante. Para não ter de descarregar tudo, faz sentido haver a possibilidade de descarregar apenas a primeira página de cada processo, de modo a poupar espaço em disco e tempo.
Seguir os seguintes passos:
  • Coloque o botão de Download em OFF
  • Copie o link do catálogo e cole-o na caixa de texto do GetLinks
  • Clique no botão GO e aguarde pelo carregamento dos livros
  • Clique na primeira opção para desmarcar tudo e, de seguida, seleccione os que lhe interessam.
  • Clique no botão Iniciar.
  • Aguarde pelo preenchimento da grelha.
  • Seleccione todas as imagens (na grelha clique com o botão direito do rato e escolha "Selecionar tudo", ou então use as teclas CTRL+A ou CTRL+T)
  • Carregue no botão stop da grelha (parar os downloads). As linhas ficarão todas a vermelho.


  • Seleccione uma linha qualquer da grelha. Carregar em Ctrl-1 para selecionar apenas a 1ª folha de cada livro, Ctrl+2 para selecionar duas, e assim sucessivamente. 
  • Coloque o botão Download em ON


  • Serão descarregadas apenas as primeiras páginas


Ooops, enganei-me! Como é que paro o download?

Para abortar um processo clique no botão Download para o pôr em OFF (de verde passará a vermelho).


Antes de iniciar outro processo carregue no botão Limpar para remover os livros pendentes.



Onde estão as imagens?

Após terminado o download, as imagens estarão guardadas na pasta definida em Opções. Se não definiu uma pasta de download, as imagens estarão na mesma pasta onde tem o GetLinks.

Pode ir directo do GetLinks para a pasta de download clicando no botão "Abrir Pasta de Downloads"





Eliminar subpastas

A partir da versão 1.04.6, o GetLinks passou a incluir mais um botão que pode ser usado para eliminar subpastas criadas pela aplicação. Isto é particularmente útil, por exemplo, para descarregar os pedidos de bilhetes de identidade. Com a versão anterior cada pedido de BI ficava numa pasta diferente, o que não era muito cómodo para pesquisar. 

Para descarregar os pedidos de bilhete de identidade, deve-se seguir os seguintes passos:
  1. Seleccionar o tomo desejado no Digitarq, em Nível: Unidade de Instalação, por exemplo; http://digitarq.adptg.arquivos.pt/details?id=1058335 e copiar o link.
  2. No GetLinks colocar o botão download em OFF.
  3. Clicar no botão GO e seleccionar os itéms desejados.
  4. Quando os  links estiverem carregados na grelha, seleccionar todas as linhas (CTRL+A ou CTRL+T) e carregar no botão 'Remover Sub-Pastas'




5 - Começar o download.

Desta forma, ao descarregar, fica tudo na mesma pasta.



Download parcial de livros 

Funciona apenas com livros dos arquivos Digitarq

Para descarregar apenas algumas imagens, em vez do livro inteiro:
Coloque o botão Download em OFF (vermelho)
Cole o link do livro Digitarq na caixa de texto do GetLinks
Pressione o botão GO e, logo de seguida, pressione o botão Pausar. O carregamento de imagens na grelha será interrompido.

Mova a barra de deslocamento até à imagem pretendida. Enquanto vai movendo a bolinha, o número das imagens vai aparecendo logo acima da barra de deslocamento. 


Quando chegar à imagem pretendida, clique novamente no botão Pausar/Recomeçar


O carregamento das imagens na grelha será retomado a partir da imagem escolhida na barra de deslocamento.
Coloque o botão Download em ON (verde). Todas as imagens apresentadas na grelha serão descarregadas.
Como podem ver na imagem a seguir, as imagens entre a 2 e 60, não foram carregadas na grelha, pelo que não serão descarregadas.




Mais Dicas

Se fechar a aplicação os links são preservados. Ao reabrir a aplicação, o download será retomado. Pode interromper colocando o botão Download em OFF.

Pode abrir uma imagem descarregada através de duplo click na grelha.



Listas de Livros - Apenas para DIGITARQ
disponível a partir da versão 1.05.02


Esta funcionalidade permite importar um ficheiro csv (comma separated values), para o GetLinks, onde os livros estão descritos no formato Nome;URL;Subpasta. Depois da escolha dos livros, o GetLinks descarrega os livros sucessivamente. Útil para longas listas de livros, como são os diversos processos existentes no ANTT.

Funcionamento:

  1.  Comece por criar o ficheiro csv. Pode fazê-lo no Bloco de Notas, Notepad++, Excel, etc. Neste exemplo usaremos o Bloco de Notas e uma lista de processos de Bacharéis.
    • Abra o Bloco de Notas e num documento novo faça a lista de processos que quer descarregar. Tecle o nome que identifica o processo ou livro, seguido de ponto e vírgula (;). Depois, tecle o link do processo, também seguido de ponto e vírgula. Finalmente, tecle o nome da pasta e/ou subpasta onde quer guardar as imagens. Se a pasta e/ou subpasta não existirem, serão criadas. Neste caso queremos guardar tudo na pasta Bacharéis, em subpastas com os nomes dos indivíduos, por isso, teclamos cada item da lista neste formato:

      António Tavares Carvalho 1717;https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=7667798;Bacharéis\António Tavares Carvalho 1717.

    • Guarde o ficheiro na pasta do GetLinks: escolha a opção "Todos os ficheiros (*.*)" e adicione a extensão csv ao nome do ficheiro, como no exemplo:


  2.  Abra o GetLinks e clique em Opções no menu Opções. 
    • Verifique se o caminho que aparece na pasta de download é a raiz correcta para os novos livros. O GetLinks criará aí as novas pastas aí.
    • Selecione a opção "Saltar Livro em erro". Isto fará com que o GetLinks avance para o próximo livro da lista caso surja algum erro (por exemplo, o livro pode ainda não estar digitalizado). Clique OK para fechar as Opções.

  3.  No Menu Ficheiro, clique em "Importar lista de livros". Escolha o ficheiro que acabou de criar. Pressione o botão Open.



  4.  Na janela "EScolher Livros" aparece a lista que acabou de importar.
    • Selecione os que lhe interessam.


    • Caso deseje descarregar apenas as primeiras páginas de cada livro, introduza o seu número na caixa "Índice Max". Pressione o botão Iniciar.

  5.  Por baixo do botão GO! pode ver, a azul, o nome da pasta e/ou subpasta onde as imagens estão a ser guardadas. 
Resultado final: tudo organizado por nome da pessoa.



Note que pode combinar vários tipos de livros/processos dentro da mesma lista e usar o campo da pasta\subpasta para os organizar por tipo.

Se preferir usar o Excel, coloque cada campo na sua coluna (Nome | Link | Pasta\subpasta) sem ponto e vírgula. Depois guarde o ficheiro no formato csv. Os campos têm de estar separados por ponto e vírgula. Se o seu Excel os separa por vírgula, terá de temporariamente alterar isso nas Definições Regionais do Windows, ou em Ficheiro -> Opções -> Avançadas -> Opções de Edição ->Separador decimal (se lá estiver ; mude para vírgula).




Possíveis problemas

1 - Nada funciona
  • Instale ou actualize o JAVA. O GetLinks não funcionará enquanto não o fizer. Vá para o primeiro passo e siga as instruções.
  • Verifique se está a usar a última versão do GetLinks. Pode ver a versão no Menu Ficcheiro/Sobre.
2 - Não aparece nada na grelha
  • Poderá haver uma falha na rede ou o servidor do arquivo estar em baixo. Abra o url do livro no seu browser e certifique-se que consegue visualizar o livro pretendido.
3 - Tudo funciona normalmente, o nome das imagens aparece na grelha, mas nenhuma imagem é descarregada.
  • Poderá não ter permissões de escrita para a pasta de download. Abra a respectiva pasta e certifique-se que pode criar pastas e ficheiros dentro dela.
  • Se estiver a guardar os downloads numa pen ou disco externo, verifique se o mesmo está acessível. Alguns discos externos auto hibernam e perdem a ligação ao computador. Se o GetLinks não o detectar, não poderá guardar as imagens, pelo que o download não será efectuado.
  • Se o problema é no FamilySearch, verifique se introduziu o seu nome de utilizador e senha (a mesma que usa para entrar no FamilySearch) nas Opções do GetLinks.
4 - Outros problemas que possam surgir, coloque a sua questão nos comentários mais abaixo, ou no grupo do Facebook associado a este blog. POR FAVOR, não se esqueça de indicar:

  • a versão do GetLinks que está a usar
  • a versão do Java que tem instalado
  • o sistema operativo que usa
  • o link do livro que não consegue descarregar
  • uma descrição do problema


Dizer apenas que não funciona desencoraja qualquer tipo de ajuda.


Problemas com o download de imagens do FamilySearch

14-04-2018

LIMITE DE DOWNLODS:
Recentemente o FamilySearch introduziu restrições ao download  de imagens, o que é normal dado o grande número de pessoas que acedem aos seus servidores. Após o download de cerca de 40 imagens, o utilizador é colocado em espera por um período de tempo variável.

Trata-se de uma configuração do próprio FamilySearch e não do GetLinks.

A solução: deixe o GetLinks aberto no mesmo livro e ao fim de algum tempo o download das imagens seguintes reiniciará automaticamente. 

LOGIN:
O FamilySearch exige uma conta de utilizador para aceder às imagens. Introduza os dados da sua conta no GetLinks (Menu Opções/Opções). Sem isso o GetLinks não consegue autenticar-se no site para descarregar as imagens.

LINK
Alguns livros apenas podem ser descarregados se introduzir no GetLinks o link da vista de miniaturas. A vista de imagem inteira no FS tem um link diferente e nem sempre funciona no GetLinks. Isto acontece, normalmente, com os livros de filmes.

Originalmente publicado em 1/4/2015


29 de julho de 2019

29 de julho de 2019 por Manuela Alves comentários
Para memória futura, partilhamos aqui duas contribuições do Francisco Queiroz e da Maria Oliveira, a quem agradecemos. 
Escreveu Francisco Queiroz:
A notícia genealógica de hoje 



foi partilhada no nosso grupo e acompanhada por um excelente texto informativo que consta do blogue Genealogia sem Segredos e para o qual vos remetemos.

A esta informação, acrescentou a Maria Oliveira a seguinte ligação  https://dre.pt/legislacao-regia?

Boas pesquisas com estas duas ferramentas de investigação genealógica.

14 de julho de 2019

14 de julho de 2019 por Manuela Alves comentários
Memórias genealógicas, um trovador perpetuando uma memória portuense e uma dedicatória à dinâmica Rosário, que dirige a Biblioteca dos Assuntos Portuenses no AHMP e que de cuja amizade granjeada nos trabalhos no “nosso” Arquivo me honro - eis as razões para  este post.
Já tinha concluído há muito, o capítulo das minhas escrevinhices genealógicas dedicado aos Briteiros, meus avoengos trovadores paternos, quando no decorrer das investigações actuais, fui surpreendida pela existência de um pequeno cantar de índole trovadoresca relacionado com um deles e referências ao meu berço geográfico. Daqui foi um pulo até aos “domínios” da minha amiga Rosário a ver o que me trariam os artigos de O Tripeiro pela pena de José Carlos Ribeiro Miranda, professor da Faculdade de Letras da U.P.

E eu, cujos antepassados esgotaram a veia poética, nem me restando sequer uma gotinha de inspiração para alinhavar uma quadra para um mangerico de S. João, mas apenas uma admiração incondicional para os trovadores dos anos 60[1], limito-me a partilhar convosco a síntese de um artigo, publicado na revista “O Tripeiro” nº 6/7 (1995), p. 197-200, acrescentados com pequenas notas interpretativas.

Pois nom hei de Dona Elvira[2]
seu amor e hei sa ira,
esto farei, sem mentira:
pois me vou de Santa Vaia[3],
morarei cabo da Maia[4],
em Doiro, antr'o Porto e Gaia.
Se crevess'eu Martim Sira,
nunca m'eu dali partira
d'u m'el disse que a vira:
em Sam [J]oan'e em saia.
Morarei cabo da Maia,
em Doiro, antr'o Porto e Gaia.

Inicialmente atribuída por Carolina Michaëlis, embora com reservas, a Rui Gomes de Briteiros, meu 20º avô, foi depois atribuída a Martim Soares, autor de uma cantiga de escárnio,  Pois bõas donas som desemparadas, em que censura o “rapto” protagonizado pelo infanção Rui Gomes de Briteiros de uma neta do Conde D. Mem Gonçalves de Sousa, o Sousão, como forma de ascensão social. Mais recentemente foi revisitada como uma cantiga de amor, com características menos usuais e da autoria de Rui Gomes de Briteiros[5].

Diz Ribeiro Miranda no artigo de O Tripeiro :

Trata-se de um texto em que o enunciado é assumido por uma voz masculina, declarando a intenção de proceder a uma acção que visa propiciar o favor de uma mulher - Dona Elvira - que adoptara até então uma atitude hostil às iniciativas desse mesmo sujeito masculino. Esta acção em perspectiva que recebe a caução de uma terceira personagem - Martim Sira - que entretanto a aconselhara traduz-se na ideia expressa no refrão Morarei cabo da Maia,/em Doiro, antr'o Porto e Gaia.

E conclui, e com ele, eu também: 

Se é verdade que o cantar dos trovadores veio a consagrar por intermédio da linguagem da vassalagem amorosa uma conservador atitude de aceitação dos princípios do serviço vassálico e, sobretudo de resignação dos mais jovens perante a dificuldade da Imposição social por via do casamento hipergâmico*, tal não significa que a própria cultura trovadoresca não tenha sido capaz de dar forma a atitudes completamente opostas fossem elas no plano da idealidade, fossem na transposição literária de casos e situações do domínio concreto. Este texto é disso exemplo paradigmático. Embora o nosso trovador manobrasse também com destreza os modelos retóricos e temáticos da vassalagem de amor […] a sua opção é agora diversa porque bem diferente parece ser a sua atitude ao fixar a atenção no mundo feminino. Afinal estamos para por genuíno cantar de amor ao qual, no plano da realidade, venha corresponder um rapto, como se entre a ficção literária E essa mesma realidade houvesse uma insuspeitada continuidade narrativa.


[1] Ver a versão integral do poema escrito em 1963 e incluído no livro _Praça da Canção (1965) escrito por Manuel Alegre . A versão cantada por Adriano Correia de Oliveira é musicada por António Portugal aqui
[2] Elvira Anes da Maia (ou de Sousa) - uma das netas do poderoso Conde D. Mem Gonçalves de Sousa, o Sousão. Nascida por volta de 1210, e desde 1226 à guarda da linhagem materna por morte do pai, terá sido raptada por Rui Gomes de Briteiros, talvez em 1230, com ele casando e dele tendo tido sete filhos. Leontina Ventura e Resende de Oliveira desconfiam da efectividade deste "rapto", que não é referido no Livro Velho, que refere apenas o casamento), mas apenas pelos dois seguintes (o Livro do Deão e o do Conde D. Pedro).
[3] Existia uma igreja de Santa Ovaia de Arouca, para além de duas povoações chamadas Santa Ovaia no distrito de Viseu, uma perto de Tondela e outra perto de Oliveira do Hospital
[4] Maia era o território do pai de D. Elvira, João Peres da Maia
[5] António Resende de Oliveira e José Carlos Ribeiro Miranda, Dois estudos trovadorescos, Porto, 1993.

* Nota minha: Hipergamia é um termo usado em Sociologia, para o acto ou prática de uma pessoa de uma determinada condição social se casar com outra de condição social superior.




10 de julho de 2019

10 de julho de 2019 por Manuela Alves comentários
As cantigas trovadorescas galego-portuguesas são um dos patrimónios mais ricos da Idade Média peninsular. Produzidas durante o período, de cerca de 150 anos, que vai, genericamente, de finais do século XII a meados do século XIV, as cantigas medievais situam-se, historicamente, nas alvores das nacionalidades ibéricas, sendo, em grande parte contemporâneas da chamada Reconquista cristã, que nelas deixa, aliás, numerosas marcas. [...]

1 de julho de 2019

1 de julho de 2019 por Maria do Céu Barros comentários
São conhecidas as tentativas, frequentemente bem sucedidas, por parte dos cristãos-novos, ou dos seus descendentes. de acederem a cargos que lhes estavam interditos, quer na vida eclesiástica quer administrativa. Como medida contra esta infiltração, a 12 de Julho de 1636 o papa Urbano VIII proíbe a entrada no Capítulo da Real Colegiada a todos os que não tivessem provado a limpeza do seu sangue. Em cumprimento desse Breve, a Colegiada passou a conduzir interrogatórios a testemunhas conhecedoras da geração dos habilitandos, a fim de inquirir sobre a existência, ou não, de sangue judeu, mouro, ou de outra reprovada nação.


A Igreja da Colegiada e o Padrão da Oliveira, gravura de Pedroso sobre desenho de Nogueira da Silva.
Arquivo Pitoresco, 1863. p. 353. 

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